Corno por Vontade Própria (Parte 2)

  • Temas: Fantasia de marido, chifre de verdade, arrependimento
  • Publicado em: 08/03/25
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  • Autoria: PNoel
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Conforme comentei na primeira parte deste texto, é comum o fetiche masculino de ser feito de corno pela mulher, companheira ou namorada, embora haja muito mais homens que mantêm isso em segredo absoluto, do que aqueles que assumem publicamente o fato de serem chifrudos e se expõem, sem constrangimento, porque acham isso excitante.


Há casais que levam o fetiche ao extremo, passando da fantasia para a prática; há os que não têm a coragem de correr esse risco; mas também há os que se arriscam e depois se arrependem, porque o relacionamento conjugal fica mais complicado do que estava antes, quando resolveram apimentá-lo com esse tipo de abertura.


Como profissional, conheci e acompanhei, de perto, um caso desses. Casal de meia idade, com dois filhos adolescentes, ambos em muito boa forma, com 45 e 40 anos. Uma faixa etária muito propícia para uma situação dessas, porque a sensação de que o casamento está precisando de novos estímulos para ser revigorado vem, com frequência, com esse tempo de vida e de matrimônio. E costuma ser percebida, tanto pelo marido, quanto pela mulher.


Ela, meio cheinha de corpo, sem ser gorda, mas uma mulher atraente, de pele clara e pernas grossas. Desejável, para resumir, por qualquer homem que não estivesse em busca de ninfetas. Começaram o processo de abertura do casamento, fantasiando sobre essas liberalidades, nos momentos em que faziam sexo. Depois passaram a frequentar sites pornô e de encontros, na internet. E, assim, chegaram a manter contato direto, por e-mails e telefonemas, com alguns pretendentes a participarem do que seria a primeira experiência de ménage masculino do casal.


Conferidas as afinidades com alguns, enviaram fotos, sempre ocultando o rosto, que foram retribuídas por outras, nas quais o “candidato” a plantar os primeiros chifres na cabeça do marido se mostrava inteiramente nu, para exibir o corpo e o seu dote, com o evidente propósito de impressionar a esposa e — por que não admitir? — o marido também. É o que acontece na maioria dos casos, porque, nas fantasias de um homem com a sua esposa, quanto ao sexo extraconjugal, é sempre excitante imaginar que seja um cara bem e muito mais dotado do que ele. Faz parte desse tipo de fetiche e os homens têm mesmo essa mania de fazer comparações.


Tiveram o primeiro encontro, com um dos internautas, mas não rolou muito bem. Estavam pouco à vontade, o seu parceiro dessa noite também não parecia ter grande experiência naquele tipo de situação e ela, nervosa, não queria que o marido se sentisse diminuído ou menos importante do que o cara. Coisa de iniciantes no “ménage” ou no “swing”. De qualquer maneira, com o pai de seus filhos devidamente corneado, voltaram para casa excitadíssimos com a nova situação e, por algum tempo, aquilo rendeu frutos na relação íntima do casal.


O sexo entre eles ficou bem mais intenso e, sempre que transavam, ficavam falando sobre o que acontecera e como se sentiam em relação àquela noite incrível. Lembravam dos detalhes mais picantes e, a pedido do novo corno, a esposa descrevia as sensações que havia experimentado, enquanto era fodida pelo convidado daquela vez. O relacionamento sexual entre eles ficou tão melhor do que vinha sendo, que isso os estimulou a terem uma segunda experiência do mesmo tipo. Então, fizeram contato com outro pretendente, entre os que haviam selecionado anteriormente.


Só que o parceiro, dessa vez, além de ser bem mais dotado do que o primeiro, também era muito mais acostumado com aquele tipo de aventura sexual. E, por isso, foi ele quem dominou a situação e tomou todas as iniciativas durante o encontro. Deixou pouco ou nenhum espaço para que o marido sugerisse ou tentasse evitar alguma coisa, que o comedor quisesse fazer com a mulher dele. Aí, o cara se serviu: meteu a rola nela do jeito que quis e a fez passar por todas as possibilidades, do sexo oral ao sexo anal, até o limite do que ela conseguiu aguentar.


Excitadíssima, sua mulher aguentou praticamente tudo, com uma expressão de intenso prazer e, às vezes, de algum sofrimento, estampada no rosto. E, somente naquela noite, foi que o seu marido descobriu que ela era multi orgásmica, ao vê-la gozar sucessivas vezes, enquanto era penetrada, de forma vigorosa, pelo convidado do casal. Ao corno da ocasião, que nunca vira sua esposa ter orgasmos seguidos, daquele jeito, o que restou foi se masturbar, assistindo toda a cena, que foi tão excitante, quanto humilhante para ele. Porque deixava perceber que, durante aquele encontro a três, a mulher se entregava e se submetia somente ao comedor, tornando nulo o seu papel de macho oficial do casal.


Só que, depois dessa experiência, o clima entre eles mudou e nunca mais foi o mesmo. O que fora motivo de fantasia e excitação para os dois, agora parecia distanciar o casal. Para o marido, a lembrança daquelas cenas, que não lhe saíam da cabeça, não era mais motivo de tesão, como da primeira vez em que fora corneado, mas de agonia e ciúmes. Ele começou a desenvolver uma espécie de desconfiança da mulher, como se, a partir daquela prazerosa experiência que tivera, ela pudesse querer tomar iniciativas e marcar encontros pelas suas costas e sem a sua participação. Mesmo que não tivesse nenhum motivo concreto para esse tipo de desconfiança, o que bateu nele foi, mesmo, uma brutal insegurança.


Até a ultima vez que tive notícia deles, continuavam vivendo juntos, mas não sei se conseguiram recuperar o lado mais lúdico do relacionamento conjugal. As fantasias, os fetiches de um casal podem e devem ser levados para a prática — por que não, se for prazeroso para ambos? — mas somente até o limite em que ambos estejam bem seguros de que querem aquilo mesmo e de como aquilo irá repercutir no seu relacionamento e na sua intimidade.


Porque existem maridos que gostam de saber, quando outro homem comeu e até de participar, quando ainda está comendo a mulher deles. E isso os deixa cheios de tesão, que se converte em prazer para o casal. Também existem aqueles que, ao descobrirem que são chifrudos, aceitam a situação, mas fingindo que não sabem, porque acreditam que isso os poupará da pecha de “corno manso”. Ainda existem os que não admitem, de nenhuma forma, compartilhar suas esposas ou companheiras com outros homens. O que, também não significa que elas não irão fazer seus maridos de cornos, às escondidas.


Mas é neste último grupo, ironicamente, que costumam estar aqueles maridos que cultivam essas fantasias sexuais, de ver suas mulheres na cama com outros machos. O que, às vezes, pode trazer ótimos resultados, apimentando e revigorando a intimidade do casal. Só que é melhor avaliar bem — principalmente os maridos devem fazer isso — antes de tentar uma experiência desse tipo. Sem o quê, corre-se o risco, que não é pequeno, de se detonar um casamento, por causa de um fetiche realizado.


(Final)

*Publicado por PNoel no site climaxcontoseroticos.com em 08/03/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.


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