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Para você, Tatiane

  • Conto erótico de lésbicas (+18)

  • Temas: Amor
  • Publicado em: 30/03/23
  • Leituras: 3985
  • Autoria: LustSlut
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Esse conto é uma continuação dos anteriores, “Uma noite de sexo a três” e “Tati, me perdoa. Sentei no seu namorado”.

Para melhor compreender o que está por vir, recomendo a leitura destes.


Logo no dia seguinte, acordei ansiosa. Mal podia esperar por Tati desamparada para consolá-la o resto da semana. Esperei a manhã toda, a tarde... a minha vontade de ligar para ela era grande, mas decidi segurar. No dia seguinte, ligo para Pietro para saber o que aconteceu. “Eu conversei com ela no mesmo dia, logo ela foi para casa”, foi a explicação que ele me deu. Tentei tirar mais informações dele, mas o mesmo afirmava que não me devia nada e fez a parte dele do acordo. Ok, ele fez... então por que Tati estava demorando tanto para vir até mim?

Enquanto perdia meu tempo teorizando, meu celular toca. Meu coração quase pula da boca ao ver que era Tati. Vou resumir. Ela estava muito alegre e me convidou para passar alguns dias no apartamento dos pais na praia. Melhor do que isso? Impossível. Combinamos então de na madrugada do dia seguinte, ela passaria na minha casa para me buscar junto com seu pai. Mal pude me conter de felicidade. Finalmente teria Tati somente para mim de novo.

O grande dia chegou. Foram longas horas de viagem. Queria manter as aparências. O pai dela ainda não sabia do nosso romance. Quando chegamos no apartamento, o pai dela saiu para trabalho. Então, a casa foi toda nossa durante essa viagem. Nem preciso mencionar que esses dias foram recheados de loucuras e sexo, não? Mal podíamos nos conter. Realmente foram momentos maravilhosos que passei ao lado dela. Momentos esses que fizeram me apaixonar ainda mais por Tati. Os dias passaram rápido, em um piscar de olhos. Fodemos em todos os cantos daquele apartamento e em alguns lugares na praia. No dia em que iríamos embora, acordamos cedo para aproveitar o resto do dia de uma forma mais suave. Fomos novamente a praia logo de manhã, caminhamos pela areia que ainda estava fresca da noite. Tomamos café juntas, almoçamos, e logo voltamos ao apartamento, pois Tati prometeu que iria dar os melhores orgasmos da minha vida. Mas todos eram os melhores ao lado dela. Adentramos o quarto aos beijos. As mãos firmes dela arrancando minha roupa e então ela me empurra para a cama. Ela estava séria, com um olhar diferente. Dominante. Estava amando tudo aquilo enquanto a encarava com um sorriso malicioso. Ela se aproximou, ficando por cima de mim. Nos beijamos novamente. Ela desceu chupando meus peitos, logo descendo mais depositando alguns beijos no meu abdômen. Abri as pernas, convidando-a para saborear minha intimidade, que era apenas dela. Com a ponta do dedo com um pouco de saliva, ela passou a massagear minha buceta. Passou pelos lábios primeiro, me dando um pequeno vislumbre de um orgasmo quando ela sugestivamente parou o dedo na entrada, que logo tirou. Alisou mais um pouco os lábios parando agora no clitóris. Eu já estava alucinando com tais provocações. Mal esperando o momento em que ela tocasse sua boca macia entre minhas pernas. Ela passou mais alguns minutos me atiçando, provocando. Tati então se levanta, mas logo se deitando ao meu lado. Mais alguns beijos, agora cheio de tesão e com um pouco de agressividade do lado dela. Até que subitamente, ela penetra dois dedos na minha buceta, passando a me masturbar violentamente enquanto sussurrava algumas putarias. Que mal me lembro o que eram, no momento nem prestei atenção, apenas me concentrava em não enlouquecer nas mãos dela. Pude sentir meu orgasmo chegando, o que fez com que Tati aumentasse a velocidade. Ela sempre sabia o exato momento em que estrava prestes a gozar. Até que veio. Minhas pernas tremiam e minha voz ficou entalada na garganta. Não conseguia pensar em nada, e realmente aquele era o melhor orgasmo da minha vida. Tati não parava de me masturbar, mesmo com meu orgasmo quase acabando. Me forçando a gozar novamente. Eu parecia um animal tendo tantos orgasmos consecutivos. Então finalmente ela tirar seus dedos melados de dentro de mim. Me dando um tempo para respirar. Ela me ordena a abrir a boca, a qual obedece sem pestanejar. E então ela enfia os dedos. Os chupei com vontade, limpando-os. Logo nossas línguas estavam dançando na boca uma da outra novamente. Após alguns amassos, me deixando descansar um pouco.

— Fica de quatro — Ela sussurra — Daquele jeito bem putinha que eu gosto.

Arrepiei até a alma. E fico na posição que minha amada deseja. Sem apoiar as mãos e com o quadril arrebitado. Meu corpo estremeceu por inteiro ao sentir a língua quente e macia no meu cuzinho. Dou alguns gemidos baixinhos enquanto rebolo em sua boca.

— Aí... — Dei um gritinho manhoso quando ela deu o primeiro tapa na minha bunda.

Outros tapas vieram a seguir. Me senti uma menina malvada que estava tendo sua punição. Sua boca deslizou até parar na minha buceta. Que aquele ponto já estava sensível e pingando mel. Sua língua molhada tentava adentrar minha pequena gruta. Mas a única coisa que conseguia fazer era recolher o mel em abundância que meu corpo expelia por aquele canal. Logo veio de novo aqueles dedos.

Aqueles malditos dedos que me faziam gozar tão facilmente. Assim que ela os introduziu, já podia sentir o orgasmo. Então ela começou a balançar seu braço, como se estivesse me fodendo com aqueles dedos maliciosos. Agora chegando tão fundo quanto jamais chegou. Eu tentava controlar os gemidos. Falhei miseravelmente. Meus gemidos percorreram por todos os cômodos daquele apartamento. Cravando as unhas no lençol. Novamente fui arrebatada por um orgasmo incessante.

Enquanto ainda gozava. Tati me virou brutalmente, me fazendo ficar deitada. Ela na mesma intensidade, abriu minhas pernas. Não perdeu tempo, sua boca foi direto na minha buceta. E rebolava e gemia como uma puta no cio. Rebolando em sua boca. Agarrei seu cabelo e forcei contra meu corpo. O orgasmo foi se intensificando. Ela não estava brincando quando disse que iria me dar os melhores orgasmos da minha vida.

Mas no meio da brincadeira, acabei perdendo a consciência. Tati não brincava quando o assunto era prazer. Aquela foi a última vez que senti sua mágica e alucinante boca, que sempre me fazia gozar.


A PARTE SEXUAL TERMINA AQUI. DAQUI EM DIANTE, É APENAS DRAMA, DEPRESSÃO E LÁGRIMAS. SE NÃO QUISER LER, EU ENTENDO. MAS PRECISO COLOCAR PARA FORA ALGO QUE ME ATORMENTA HÁ MUITO TEMPO. OBRIGADA POR LEREM ATÉ AQUI, OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS, MENSAGENS, E TODO O CARINHO QUE RECEBI DESDE QUE COMECEI A ESCREVER POR AQUI!


A noite estava quase caindo quando despertei. A luz vermelha do sol era a única coisa que iluminava o quarto. Vejo Tati em frente e janela do quarto, observando o horizonte. Me levanto e coloco uma camisa preta dela que estava na beira da cama. Alguns passos silenciosos até chegar até ela. A abraço por trás. O cheiro doce do seu cabelo me deixa um pouco desconcertada, A abraço mais forte dando um beijo em suas costas. Ela se vira, damos um selinho. Então aquelas palavras saíram de sua boca...

— Essa vai ser a última vez que vamos nos ver.

Quase fiquei sem ar. Estômago embrulhado. Fiquei olhando em seus olhos sem reação.

— Por quê? — Foi a única coisa que consegui falar.

— Eu sei de tudo, não precisa ficar fingindo.

— Aquele idiota te contou, não foi?

— Sim, contou. Mas obriguei ele a falar depois que vi vocês dois transando após fazerem aquele acordo. Eu já não esperava nada dele mesmo, gostava muito, mas era algo passageiro. O que me deixou puta foi ver o nível da sua manipulação, Yana — Tati tirou alguns fios de cabelo da frente do meu rosto, colocando-os atrás da minha orelha enquanto alisava minha bochecha — Transando com o namorado da sua própria amiga, para supostamente, me ter apenas para você. Eu desconfiava da sua possessão antes, mas acho que não queria enxergar que era esse tipo de pessoa.

— Me perdoa, Tati — Digo com a voz embargada pelo choro preso na garganta — Te prometo que nunca mais vou fazer isso.

— Já tomei minha decisão, querida.

— Por favor — Me ajoelho no chão, suplicando por perdão — Eu posso mudar, você não precisa mais se preocupar com isso.

— Para, é vergonhoso ver você se humilhando desse jeito — Ela se agachou, ficando no mesmo nível do que eu — Não quero uma pessoa como você na minha vida, então vamos apenas superar e seguir em frente, ok?

— Não... — Ainda relutava, não podia acreditar no que estava acontecendo.

— Você vai superar — Ela se levantou e pegou as próprias malas que já estavam prontas — O carro já está pronto, arruma suas malas, vamos te esperar lá embaixo.

Fiquei ali, ajoelhada. Por longos minutos. Em estado de negação. Por que aquilo aconteceu? Tudo o que fiz era para que nós ficássemos juntas no final. Onde que foi meu deslize? Anos depois descobri que foi uma série de fatores... digamos que naquela época eu não era o melhor tipo de pessoa para você se relacionar. Possessiva. Surtada. Ciumenta. Essas eram algumas das minhas características que fui descobrindo ao longo do tempo. Arrumei minhas malas tendo que lidar com o meu choro incessante. Me arrumei e fui até o carro. Tentando disfarçar, mas os olhos vermelhos e inchados provavelmente me entregavam. Passamos a viagem toda sem troar uma palavra. Eu no banco de trás, e Tati no da frente enquanto seu pai dirigia. Ela não parava de olhar o horizonte pela janela. No que ela estava pensando naquele momento? Estava escuro. Chorei muito durante aquelas longas quatro horas de viagem. Disfarçando muito bem, claro. Mas depois de um tempo acabei pegando no sono. Até que chegamos na cidade. Me deixaram em frente à minha casa. Entrei pelo portão. Abri a porta de casa e acendi as luzes. Passei tanto tempo com a Tati naquela residência que a casa parecia mais espaçosa que o normal. Mas agora, voltei a ficar sozinha. Caminhei pelos cômodos com passos lentos, observando ao redor... lembrando dos nossos momentos juntas. Até que fui para o quarto...


...meu maior erro...


Me deitei na cama, o lençol ainda tinha seu cheiro, seu perfume. E para me quebrar completamente, havia uma camisa de Tati que estava na cabeceira da cama. Peguei a peça de roupa e fiquei observando por alguns minutos. Lembrando de mais momentos nossos. Cheirei a camisa. Seu cheiro agora mais forte que antes. Me deitei... nunca chorei tanto na minha vida como chorei nessa noite. A partir daquele dia, nunca mais tive notícias suas, você simplesmente sumiu do mapa, Tatiane. Como você está? Onde você está? Me tornei uma pessoa tão apática desde que você se foi. Recuperei meu brilho aos poucos, mas nunca mais fui a mesma pessoa.

Quando postei o primeiro texto “Uma noite de sexo a três”, eu ainda estava confusa sobre essa situação ser culpa minha, por burrice ou inocência. Acho que ao longo das palavras, acabei me contradizendo. No fundo, eu sempre soube que foi culpa minha. Mas sempre quis jogar essa culpa para outras coisas. Não aceitava! Suspeito que acabei revelando isso para vocês de antemão, pois, enquanto escrevia, acabei eu mesma tendo essas revelações. Hoje sei que naquela época, eu era extremamente difícil de lidar. E isso ficou ainda mais claro agora. Mas felizmente evoluí. Hoje sou uma pessoa totalmente diferente.

Para você que leu até aqui, muito obrigada. Sei que o site é focado em contos eróticos. Mas aqui descobri uma pequena paixão em escrever e aprendi que a escrita pode ser um grande alívio para a alma. Esse é um peso que, por muito tempo, me corroía aos poucos... mesmo que esse acontecimento já faça 15 anos...

Ainda penso como seria nossas vidas se nada disso tivesse acontecido... e acabo chorando feito uma criança como naquela noite. Se soubesse o quanto sinto sua falta... mas fizemos nossas escolhas.

Para você, Tatiane. A primeira e única pessoa que eu verdadeiramente amei em toda minha vida.

Ok... estou chorando de novo. ;)

*Publicado por LustSlut no site climaxcontoseroticos.com em 30/03/23.


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