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Cúmplices - Capítulo 1 - Sem vergonha

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Temas: Exibicionismo, Heterossexual, Cúmplices
  • Publicado em: 09/01/23
  • Leituras: 2050
  • Autoria: TurinTurambar
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A ausência de cortinas faria daquele apartamento um atrativo para olhares vizinhos se não fosse seu vazio. Com edifícios tão próximos, os vizinhos sabiam alguma coisa sobre seus antigos moradores. Eles não eram fofoqueiros, dedicados a acompanhar a vida alheia, mas suas rotinas entediantes os deixavam ávidos por novidades. Então qualquer coisa nova visível pelas janelas poderia animar seu dia a dia. Visitas incomuns, brigas ou festas distraiam os olhares despretensiosos daqueles que nada entendiam o que acontecia devido à distância, mas imaginavam dentro de suas próprias capacidades em criar narrativas. O apartamento vazio também esvaziou essa atividade quase involuntária de espiar a vida alheia, até o momento em que homens corpulentos entraram carregando caixas e móveis.


Os vizinhos podem olhar e imaginar qualquer coisa, mas o motivo da mudança de Roberto e Isadora é o novo emprego dela. Depois de uma longa entrevista foi contratada para ser secretária de uma empresária muito bem sucedida. O salário bem acima do mercado justificou a mudança dos dois, principalmente por Roberto poder trabalhar em home office, sem se apegar a qualquer cidade. Era a possibilidade de uma vida melhor para os dois.


Todos ali entravam e saiam carregando coisas e quem olhasse do prédio ao lado reconheceria o casal por serem os dois a orientar a colocação dos móveis. Roberto, de calça jeans e uma camisa polo listrada, mostrava a melhor posição do sofá. Tinha o corpo magro e a pele negra. O cabelo era baixo, raspado nos lados. Gesticulava bastante demonstrado orientar excessivamente a posição dos móveis, parecendo ser alguém muito atento a detalhes. Era o oposto a Isadora, que entrava e saia com suas caixas, apenas aprontando a localização de uma mesa, sem se preocupar em assistir se ela seria colocada do jeito certo. Aparentemente, para ela qualquer jeito servia, desde que colocado logo. Isadora vestia uma camiseta e uma short e despertava olhares por onde passava. Seu cabelo afro lhe dava um charme especial, assim como seu fácil sorriso.


O quadril volumoso e suas pernas grossas, expostas pelo short eram dificilmente ignorados pelos entregadores. Geralmente faziam mais esforço para olhar quando Roberto não estava perto. Mesmo assim havia momentos onde uma espiada acontecia, sendo silenciosamente reprimida pelo olhar severo de Roberto. Mesmo algum vizinho espião do prédio ao lado conseguia ver o constrangimento daqueles homens quando flagrados. Esse telespectador só não deve ter entendido porque nada foi dito para repreender quem a olhasse com cobiça.


Quem olhasse com mais atenção, provavelmente percebeu Isadora levando uma caixa grande para um dos quartos e colocando-a cuidadosamente no chão. Nesse momento, ela olha para os homens estáticos, olhando para o seu corpo ao invés de continuarem a montar o armário. Aparentemente, nada foi dito e ela foi o voltou mais vezes, colocando várias caixas naquele quarto enquanto interrompia os trabalhos dos montadores.


Quando não cabia mais caixas no quarto, ela as colocou na sala, onde Roberto orientava exaustivamente o posicionamento do rack. Curiosamente, os homens paravam para descansar no mesmo momento em que Isadora entrava e dobrava seu corpo inteiramente para frente, exibindo seu quadril e suas pernas para os carregadores enquanto descansavam de empurrar móveis. Roberto gesticulava como se pedisse um último movimento, ignorando a presença de sua mulher e os efeitos causados naqueles trabalhadores.


Fora algumas horas de carregamento de caixas, montagens constantemente interrompidas, arrumações exaustivas e olhares indevidos até os dois ficarem sozinhos. Quem olhava a distância podia vê-los conversando enquanto arrumavam suas coisas, sem fazer ideia do que diziam. Talvez, isso nem importasse, pois o não dito soava mais interessante. Roberto diminuía o ritmo de sua arrumação enquanto olhava para o corpo de Isadora, toda vez em que ela levava uma caixa do quarto para a sala. Ela, talvez por acaso ou não, sempre colocava as caixas no chão de costas para ele, com um sorriso sapeca no rosto, fingindo ignorar as reações dele.


O teor da conversa não pode ser ouvido por quem olhou de sua janela, mas foi provocante o bastante para Roberto correr em direção a Isadora e abraçá-la. O desejo mútuo era nítido pela linguagem corporal durante o longo beijo dos dois. Os corpos se pressionavam como se quisessem ocupar o mesmo espaço. As mãos percorriam os copos, apertando partes do outro, parecendo querer arrancar pedaços. O beijo parou quando ele levou a mão dela para dentro de sua calça. Nesse momento os dois olharam e depois ela olhou para a porta de vidro da varanda, até o outro edifício, onde alguém debruçado em sua janela estaria olhando. O receio era nítido pela forma como trocavam os olhares entre si com os olhares para o prédio vizinho. Apesar disso, o desejo vendeu e Isadora se ajoelhou.


Ainda com receio, ela abocanhou apenas a cabeça daquele membro. Seus lábios grossos massagearam a glande antes de engolir tudo lentamente. Com um movimento de vai e vem regular, ela fechou os olhos e mergulhou uma de suas mãos no short e a outra invadiu sua camiseta até encontrar um dos seios. Roberto, também de olhos fechados, virava o rosto para cima. Sua mão se escondia no cabelo de sua esposa, lhe fazendo um afago e seu quadril fazia seus próprios movimentos. Quando abriu os olhos, ele a fez se levantar.


De uma maneira meio desesperada, Roberto tirou o short e a calcinha de Isadora. Ela ainda olhava para o prédio ao lado enquanto era despida, porém seu marido não lhe deu tempo. A suspendeu pelo quadril, pôs contra a parede e a penetrou. Dava para saber o exato momento da penetração pelo sorriso em seu rosto e o jeito como ela apertou o corpo dele contra si. As pernas deram a volta em sua cintura o prendendo, permitindo a ele apenas o movimento de sua bunda. Roberto comia Isadora de pé e nenhum dos dois se importava de estarem sendo vistos. Apenas se beijavam.


Ser comida contra a parede pareceu ter deixado Isadora a vontade: ela empurrou o marido e o pôs deitado no chão. Montando em cima dele, Isadora rebolou deliciosamente. Primeiro, com os olhos fechados, depois olhou para quem os assistisse do prédio vizinho, sem deixar de mexer o seu corpo. Guiava as mãos do marido por suas coxas, subindo até apalparem seus médios seios. Fazia movimentos longos de ida e volta, engolindo o pau inteiro e depois saindo dele, deixando apenas a cabeça. Se mexia de maneira a esfregar o clitóris no abdômen dele. De repente, seu quadril parou de se mexer e seu rosto virou para cima. A boca aberta e os olhos fechados indicavam o último e mais poderoso gemido.


Após sair de cima dele, Isadora foi puxada contra o marido de forma ríspida. Olhava para trás buscando contato visual mas virou seu rosto para frente no momento da penetração. Ao se separar com a porta de vidro e a visão do vizinho espião, virou o rosto para baixo, mas Roberto a obrigou a olhar para frente, puxando seu cabelo. Os braços de Isadora faziam força para resistir às estocadas. De quatro e sendo comida por trás, ela olhava o vizinho do outro prédio enquanto sentia a rola do marido entrar e sair até o momento em que entra mais fundo do que qualquer outra vez. É a vez dele abrir a boca como se urrava, enquanto puxava a mulher pela cintura contra si.


Os dois desabaram no chão e quanto recuperaram o fôlego, se deram conta de estarem nus, observados pelos vizinhos. Pegaram as roupas no chão e foram correndo se esconder no banheiro e só saíram de lá para comprarem cortinas novas urgentemente.


*Publicado por TurinTurambar no site climaxcontoseroticos.com em 09/01/23.


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