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Sedução: Um jogo de Luz e Sombras

  • Conto erótico de gays (+18)

  • Publicado em: 09/08/22
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  • Autoria: Prometeu
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Ele era um pouco mais velho que eu e por isso gozava de regalias que eu ainda precisaria esperar para ter; eu o observava de longe, discretamente para não chamar a atenção, já que tudo relativo ao tema “sexo”, além de tabu também era digno de reprovação. De início era apenas uma enorme admiração, pois ele era bonito, charmoso e sempre muito elegante com suas calças “boca de sino”, de vinco perfeito, suas camisas de tons sóbrios e ainda as jaquetas que lhe concediam um certo ar de rebeldia típico da época. Adorava vê-lo conduzindo seu Karmann Ghia vermelho com capota branca conversível ostentando um Ray Ban de lentes verdes com o rosto emoldurado pelos longos cabelos castanhos e minha admiração apenas crescia sem medidas.


Sempre cercado por lindas garotas ou mesmo pelos poucos amigos que desfrutavam de sua companhia sua presença era sempre marcante, mesmo sabendo que ele sequer fazia ideia da minha existência, um adolescente gordinho, CDF e sem graça cujo único atributo era “vender”, por alguns trocados, trabalhos escolares prontos salvando os compradores da reprovação certa ou mesmo da segunda época, e ainda assim invisível para todos. Por tudo isso meu coração quase saltou pela boca quando, certo dia após as aulas, ele veio até mim ensaiando trocar umas ideias; eu não conseguia crer que aquele deus grego tinha mesmo algo para dizer para mim e fiquei na expectativa com o corpo todo tremendo.


-Oi, tudo bem? Eu sou o Gustavo – disse ele já sacando o maço de cigarros do bolso – me disseram que você costuma fazer favorzinhos …


-Oi! …, hã …, que tipo de favores! – respondi pensando que tirara a sorte grande.


-Do tipo trabalhos escolares pra quem tá pendurado! – respondeu ele aproximando-se ainda mais de mim e furtando minhas expectativas.


-Ah, isso! Sim …, do que você precisa? – perguntei já com tom distante para tratar de negócios.


-Tome …, são esses três – respondeu ele sacando um pedaço de papel do bolso da jaqueta estendendo-o para mim – basta fazer e dizer quanto custa …, não esquece de pôr o meu nome.


-Pera um pouco aí! – intervi com alguma energia na voz – Eu te dou o trabalho mas você precisa reescrever com a sua letra para não dar bandeira …


-Não se preocupe com isso, gordinho! – respondeu ele com tom irônico enquanto acendia o cigarro pendente no canto da boca – duvido que algum professor conheça e minha letra …, então dá uma mudada e tá tudo bem …, quando estiver pronto me avisa, viu!


Com essas palavras Gustavo encerrou o assunto dando-me as costas e se afastando com seu andar de macho. Enquanto voltava para casa sentia algo úmido na virilha e pensei que tinha mijado nas calças; mal entrei já corri para o banheiro constatando a cueca manchada …, a presença de Gustavo me excitara tanto que eu experimentara um curto orgasmo! Esse era o preço que eu pagava por sentir desejo por ele! Após o almoço procurei um amigo e pedi que ele reescrevesse os tais trabalhos, ao que ele concordou já pondo seu preço que combinamos de acertar depois. Quando tudo ficou pronto eu me pus a pensar como fazer para abordar Gustavo avisando-o de que seu pedido estava disponível; eu tinha muita vergonha de me aproximar tanto dele como de seus amigos, já que eu me sentia sempre desconfortável quando próximo deles.

Para minha surpresa, foi ele que me procurou alguns dias depois durante o intervalo entre aulas querendo saber sobre sua encomenda. Fiquei tremulo ao vê-lo tão perto de mim chegando a sentir seu hálito quente misto de tabaco e chiclete soprando em meu rosto e temi umedecer minha cueca mais uma vez. “E aí, garoto! O bagulho tá pronto?”, perguntou ele com seu tom enfático de sempre me encarando com aqueles olhos profundos. Precisei de alguns minutos para me recuperar antes de respondê-lo.


-Então, tá …, mas guarda isso! – disse ele quando lhe estendi o envelope com os trabalhos – Não é bom a gente transar isso agora …, faz o seguinte, vai até a minha casa lá pelas duas da tarde e a gente acerta tudo, combinado?


Sem esperar por minha resposta, Gustavo deu de costas e saiu andando deixando em mim aquela impressão de que eu era apenas uma sombra …, uma sombra com alguma utilidade, mas uma sombra. Fiquei muito reticente em ir até a casa dele primeiro porque me sentia frustrado e segundo porque não sabia o que encontraria por lá; todavia como compromisso é compromisso, pouco antes do horário eu estava diante da casa dele; era uma linda casa térrea ladeada por jardins com uma rampa lateral que dava acesso à garagem e também à varanda da entrada principal; enquanto avançava pela rampa vislumbrava a beleza do lugar e também o carro de Gustavo.


Mal eu havia tocado a campainha e a porta se abriu fazendo Gustavo surgir diante de mim vestindo apenas uma minúscula sunga exibindo seu peitoral largo e de poucos pelos e um tórax que parecia ter sido esculpido tal era a sua perfeição; fiquei embasbacado engolindo em seco e me deliciando com aquela visão divinal até perceber o sorriso maroto estampado no rosto dele. “Oi! Entra aí! Estou na piscina …, me segue!”, convidou ele sem muita ênfase dando-me as costas mais uma vez.


Atravessei a espaçosa casa sem tempo de atentar para os cômodos que pareciam suntuosos temendo perder Gustavo de vista; quando chegamos na piscina vi que ele não estava só; um bando de rapazes e moças de seu círculo de relacionamento também estavam lá; todos seminus bebericando e conversando animadamente; alguns até olharam para mim, porém sequer me deram atenção …, afinal, eu era apenas uma sombra.


-Toma …, sei que você não bebe – disse Gustavo estendendo uma garrafa de refrigerante – fique à vontade …, daqui a pouco a gente conversa.


Eu, é claro, sentei em uma cadeira mais à sombra e me encolhi distante do grupo enquanto sorvia o refrigerante gelado. Passava das quatro da tarde quando os presentes começaram a se despedir do anfitrião passando por mim com olhares indiferentes. Gustavo nadou pela última vez saindo da piscina com a água escorrendo pelo seu corpo causando um enorme comichão em mim; e enquanto ele se aproximava centenas de milhares de pensamentos libidinosos dançavam ao redor da minha mente sendo que em todos eles éramos apenas eu e ele e um enorme desejo de ser feliz.


-Vem cá …, vamos até a sala – sugeriu ele enquanto se secava – vou pegar a carteira pra te pagar pelo serviço.


Ele apontou o sofá onde eu me sentei mantendo uma posição de coluna ereta e olhar perdido. Gustavo sentou-se ao meu lado e puxou o envelope de minhas mãos atirando-o na poltrona que estava ao lado. “Vem cá, moleque …, me diz uma coisa …, cê já beijou alguém na vida”, perguntou ele me encarando com um olhar intimidador.

Minha vontade era dizer que o único beijo que eu queria era o dele, mas limitei-me a menear a cabeça baixando meu olhar; repentinamente senti a mão dele segurando meu queixo me fazendo encarar seu rosto ao mesmo tempo em que seus lábios vinham na direção dos meus até se encontrarem em um beijo que começou tímido por minha causa, mas que foi ganhando intensidade alucinante. Eu sentia meu coração bater tão forte que pensei que morreria ali mesmo e se isso acontecesse eu tinha a certeza de que morreria feliz.


O beijo se prolongou pela impetuosidade de Gustavo cujas mãos já me apalpavam por todos os cantos. “Uau! Cê beija gostoso, gordinho! Quero mais! Tira a roupa!”, disse ele em tom exigente e decidido; naquele momento eu não era mais a sombra e sem pensar em mais nada, me levantei e comecei a me despir; mostrei-me nu perante o olhar cobiçoso de Gustavo cuja expressão era cheia de lascívia enquanto ele me puxava para que eu me deitasse com a cabeça sobre seu ventre. Sua mão grande e quente percorria a minha pele provocando uma onda de arrepios que mais pareciam pequenos choques elétricos causando uma excitação alucinante.


Pouco depois ele puxou sua sunga para baixo até libertar o membro que surgiu com suas dimensões majestosas ostentando uma pétrea rigidez que fazia meus olhos faiscarem; sutilmente, Gustavo esfregou a glande túrgida em meu rosto e em meus lábios causando um enorme estardalhaço de sensações confusas e lascivas que enevoavam minha mente. “Toma, gordinho safado …, chupa minha rola …, eu sei que você quer isso há muito tempo!”, sussurrou ele sem parar com a esfregação. Rendendo-me à tentação que me fustigava corpo, mente e alma, segurei o mastro pela base e comecei a lambê-lo com certa ingenuidade que logo deu lugar à um frenesi delirante.


Não demorou para que eu desfrutasse daquela vara rija do homem que era meu único objeto de desejo, mostrando a ele toda a minha volúpia em pertencer sem receios; eu chupava e lambia incessantemente, e quando o fazia ia da glande até a base descendo até as bolas que eu abocanhava com carinho; os gemidos e suspiros roucos de Gustavo me deixavam arrepiado e minha excitação avantajou-se em uma escalada alucinante quando senti os vigorosos tapas que ele desferia em minhas nádegas reverberando em meu membro cuja ereção era indescritível.


Não contive um gemido abafado quando ele cutucou meu buraquinho com a ponta do dedo pouco antes de enfiá-lo impiedosamente em se interior realizando movimentos circulares como se quisesse laceá-lo para algo mais. Permanecemos naquela cumplicidade que eu sonhara há muito e mesmo quando ele enterrou dois dedos no meu selinho eu arrebitei meu traseiro em um gesto provocativo que fez Gustavo soltar um grunhido rouco. A certa altura ele segurou minha cabeça e começou a projetar seu membro para cima golpeando contra minha boca o mais fundo que era possível; ele agia com tanta fúria que algumas vezes eu cheguei a perder o folego e quase engasgar, mas mesmo assim não recuei mostrando a ele o quanto eu o desejava.


Finalmente todo o meu esforço dedicado obteve seu êxito com o macho contorcendo-se enquanto seu membro inchava e pulsava vigorosamente dentro de minha boca até o instante em que seu clímax pôs fim a tudo! Por mais de uma vez cheguei a engasgar tal era o volume de sêmen que o membro expelia em minha boca, mas ao final fui capaz de reter toda a carga engolindo-a em seguida. Quando dei por mim meu gozo também explodiu sobre o couro escuro do sofá em que estávamos e eu me senti envergonhado. Gustavo segurou meu rosto mais uma vez e sorriu pouco antes de nos beijarmos mais uma vez. Ali, deitado no colo da minha paixão eu descobri que não era mais uma sombra; eu me tornara luz pela luz dele em mim …, mesmo que nunca mais nos víssemos, eu jamais voltaria a ser apenas uma sombra.

*Publicado por Prometeu no site climaxcontoseroticos.com em 09/08/22.


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