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As Inquilinas do Seu Abelardo - Final

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 10/03/22
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  • Autoria: Prometeu
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Na manhã do dia seguinte, Abelardo teve que se esforçar para acordar e recobrar discernimento do que o cercava; zonzo e sentindo-se extenuado o aposentado entreabriu os olhos olhando ao seu redor a fim de identificar o ambiente; não foi difícil perceber onde se encontrava: no quarto e na cama de Angelina, assim como não tardou em relembrar os tórridos acontecimentos da noite anterior; percebeu também sua nudez e explorando ao redor viu-se sozinho na cama; a custa de muito esforço, levantou-se, pôs a cueca e saiu cambaleante a procura da jovem. Encontrou-a na cozinha sentada em uma cadeira com as pernas envoltas pelo braço e o queixo pousado nos joelhos.


-Tem café fresco no bule! – disse ela em tom expansivo ao ver Abelardo demonstrando felicidade no olhar – Que bom que acordou!


-Olha, Angelina …, precisamos conversar – disse Abelardo após pegar uma xícara de café e sentar ao lado da moça – É sobre o que aconteceu na noite passada …


-Espere um pouco, meu amor – interrompeu ela colocando seu dedo indicador sobre os lábios do aposentado – Antes é preciso que você ouça a minha história …


“Nasci em um país onde mulheres que se tornam mães solteiras são rejeitadas e vilipendiadas tendo como destino certo prostituir-se para sobreviver; e esse foi o destino da minha mãe, que vendeu seu corpo para me dar o que comer …, e quando conseguimos fugir daquele purgatório caímos no inferno de milícias revolucionárias que tratavam mulheres como objeto de barganha; minha mãe faleceu quando que tinha dezesseis anos e desde então o que fiz foi fugir das ameaças que me rondavam; fui vendida a um chefe de uma das milícias e obrigado a servir como sua escrava por quase três anos …, meu pai somente veio em meu socorro porque foi chantageado e viu-se obrigado a comprar a minha liberdade …, infelizmente não o reconheço como alguém que possa confiar …, mas com você é diferente …, você me dá uma segurança que nunca senti em toda a minha vida …, me dá carinho e me trata como mulher …, então, Abelardo o que aconteceu ontem a noite foi porque eu assim o quis!”


Abelardo esforçou-se para impedir que as lágrimas rolassem pelo seu rosto e sentiu-se gratificado pela sinceridade das palavras proferidas por Angelina. Todavia, um problema ainda persistia.


-Angel …, você me fez muitíssimo feliz na noite passada – comentou Abelardo com voz embargada – Me deu um sentimento de renovação …, mas sabes que sou muito amigo de teu pai …, e não acho justo fazer isso com ele!


-Fazer o que, meu amor? Se esquece que ele só foi atrás de mim porque foi obrigado? – inquiriu Angelina com tom enfático – Se esquece que ele me trouxe até você porque sente vergonha da minha existência? Injusto é o que ele faz comigo!


Abelardo viu-se sem argumentos; sorveu o café e foi para seu quarto onde se vestiu e saiu sem nada dizer. Pegou seu carro e quando deu por si estava na frente da casa do amigo Mendonça; com a mente turvada de pensamentos, dúvidas e hesitações, Abelardo não sabia o que fazer; se por um lado sua amizade com Mendonça além de antiga também era sólida o que impunha que ele soubesse do acontecido, por outro o aposentado não tirava as palavras de Angelina de sua mente assim como o êxtase que ainda estava impregnado em seu corpo. E ele ficou lá olhando para o vazio e tomado pela inércia.

Acabou voltando para casa sentindo-se sem rumo; e ao lá chegar outra decepção o aguardava: Angelina havia desaparecido; Abelardo desesperou-se temendo o que ela poderia fazer e para onde iria já que não conhecia a cidade; pensou em ligar para a polícia, mas logo desistiu ficando ainda mais atarantado …, de repente bateram à porta. “Abelardo! Ainda bem que você está aí! Vem comigo!”, disse Nádia com tom impaciente, deixando o sujeito confuso.


-Ir com você pra onde? O que está acontecendo? – perguntou ele com o peito arfante.


-É a Angelina! Vem comigo! – gritou a polaca tomando a mão do sujeito – Ela está lá em casa e eu preciso que você fale com ela! Vamos logo, sujeito!


Ao entrar no boteco do portuga, Abelardo viu Chicão caído no chão com a testa sangrando; olhou para o proprietário e notou que ele tinha nas mãos seu porrete de madeira que ele chamava de “bico doce”; o aposentado olhava para a cena atônito sem nada compreender e esperando que alguém lhe explicasse.


-Ó pá! O gajo quis abusar da moça e eu lhe apresentei meu bico doce! – disse o portuga olhando para Abelardo – Ninguém abusa de mulher na rua quando eu estiver por perto!


-Deixa isso pra lá! – interferiu Nádia encarando o rosto de Abelardo – Vá lá …, a moça está na sala …, dei um chá de camomila …, emprestei um penhoar …, vá até lá e converse com ela!


Abelardo encarou o rosto da polaquinha e viu o quanto ela estava falando sério; avançou pelo corredor que dava acesso à residência do casal e encontrou Angelina sentada no sofá ainda choramingando; ele se sentou ao lado dela e tomou suas mãos enquanto lhe segurava o queixo para que ela o encarasse. “Angelina …, me perdoe …, eu não posso …”, balbuciou ele logo sendo interrompido pela moça cuja expressão era triste e desamparada.


-Olhe, seu Abelardo, eu entendo a sua situação – explicou ela com voz cheia de tristeza – Meu pai é seu amigo e você se sente a cometer uma traição …, mas compreenda que eu também jamais tive alguém que cuidasse de mim …, e você …, você mostrou-me seu lado mais terno e também viril …, se não posso ficar ao teu lado prefiro vagar por aí …, aqui neste país deve ter muitos puteiros que aceitem uma moça ainda nova como eu e …


-Chega! Pare, por favor! – interrompeu Abelardo mirando o rosto de Angelina – Eu te quero mais que tudo! Vem …, pega as suas coisas e vamos pra casa …, pra nossa casa!


Imediatamente o rosto de Angelina encheu-se de brilho e ela enlaçou o aposentado colando seus lábios aos dele arrematando um beijo tardio e muito ansiado. Abraçados eles foram até o boteco onde Angelina agradeceu ao casal que a acolhera enquanto Chicão ainda jazia no chão sem saber bem o que estava acontecendo. “Preste bem atenção, sujeito! Não deixe essa moça escapar de você! Ela precisa de alguém assim: safado, mas confiável!”, sussurrou Nádia ao ouvido de Abelardo que abriu um enorme sorriso.


Pouco depois quando a noite chegou eles jantaram felizes e quando Angelina ensaiou passos em direção ao seu quarto, Abelardo segurou-a pela mão. “Aonde você pensa que vai?” perguntou ele com um tom brincalhão. A moça mirou o rosto dele com uma expressão cheia de dúvidas. “Vou para o meu quarto …, porque?”, questionou ela com um sorriso delicado. Abelardo sorriu de volta e conduziu-a pela mão até o quarto que ele ocupava. Pararam junto a porta e Angelina mirou o rosto de Abelardo querendo compreender o que estava acontecendo.


-A partir de hoje, vais dormir aqui …, comigo! – afirmou ele com firmeza enquanto abria a porta do cômodo – Afinal …, temos uma cama de casal aqui!


Angelina ficou eufórica abraçando o aposentado e beijando seu rosto várias vezes; em seguida ela se afasto dele entrando no aposento; permanecendo de costas para o parceiro, Angelina despiu-se lentamente até exibir sua nudez aos olhos cobiçosos de Abelardo que veio até ela, enlaçou-a por trás e beijou seu pescoço sentindo o calor morno de sua pele; em poucos minutos ele também pôs-se nu e foram para a cama, onde Abelardo fez questão de aninhar-se entre as pernas de Angelina mergulhando seu rosto entre elas ansioso por apreciar o sabor do néctar que já fluía copiosamente da gruta lisa da fêmea.


E ele não se cansava de linguar aquela vulva linda e suculenta provocando uma onda de orgasmos que faziam Angelina estremecer entre gritos e suspiros sempre a elogiar a destreza de seu parceiro. “Espera, meu amor! Também quero te chupar!”, murmurou ela com tom gaguejante causado pela avalanche orgásmica que tomava conta de seu corpo e mente. Mudaram de posição permitindo que se saboreassem mutuamente com ela abocanhando o mastro rijo do aposentado e fazendo-o desaparecer dentro de sua boca.


Deitados um ao lado do outro em posições invertidas, Abelardo e Angelina pareciam um único corpo cuja finalidade essencial era obter e propiciar o máximo de prazer mútuo, e aquele sexo oral delirante era uma prova inequívoca de que eles estavam unidos para sempre. Quando decidiram mudar de posição, o macho veio sobre a fêmea e mais uma vez deixou que seu membro fosse ao encontro da gruta sem usar as mãos e ao momento em que o enlace concretizou-se ele arremeteu com vigor o mais fundo que pôde arrancando mais gritos e gemidos da parceira que o envolveu com seus braços e pernas incitando o início de movimentos pélvicos quase furiosos.


-Ahhh! Meu …, meu homem! …, dá-me tudo isso sempre! – implorava ela aos murmúrios soluçados assolada por gozos ininterruptos que incitavam ainda mais a virilidade do macho.


Subitamente, Angelina valendo-se de uma agilidade felina girou seu corpo levando Abelardo com ela de tal maneira que ele ficasse por baixo, permitindo que ela o cavalgasse o que fez com a maestria de uma exuberante amazona; enquanto ela subia e descia sobre o parceiro este segurava seus peitos com as mãos apertando-os e fazendo Angelina gemer mais e mais; sentindo-se revitalizado, Abelardo ergueu o tórax até que sua boca alcançasse os mamilos intumescidos que ele tratou logo de saborear alternando-os em sua boca.


E foi assim que o casal varou a noite e a madrugada com breves intervalos para que pudessem recuperar algum folego para uma nova retomada; Abelardo ainda não era capaz de compreender de onde viera tanto vigor que o alimentava de uma forma tão intensa e exacerbava sua virilidade a ponto de ser ele capaz de realizar uma noite de sexo ardente com uma mulher jovem e também muito fogosa sem que esse ímpeto desalentasse em algum momento.


No momento em que viu-se tomado por fortíssimas contrações musculares seguidas de espasmos que retesavam e relaxavam todo o seu corpo, Abelardo compreendeu que tudo estava a se consumar; mirou o rosto de Angelina que agora jazia sobre ele dominada pelo gozo que sucedia-se sem parar e intensificou ainda mais seus movimentos pélvicos até que um estertor pôs fim a tudo com ele atingindo seu clímax e inundando as entranhas de sua parceira com seu líquido quente e prolífico permanecendo dentro dela a espera do desenlace. Era quase manhã quando eles, finalmente, adormeceram.

Assim os dias se sucederam com o casal deliciando-se mutuamente não apenas com o sexo intenso e prazeroso, mas muito mais por desfrutarem da companhia um do outro; Mendonça continuou enviando dinheiro por meio de um portador desconhecido até que, sem aviso, a fonte secou; para Abelardo aquilo nada significava já que se mantinham muito bem com a renda do aposentado. Certo dia veio a notícia …, Mendonça falecera em um acidente automobilístico, notícia essa que não afetou Angelina que sempre afirmava que ele jamais agira como seu pai.


Aproveitando-se da situação, Abelardo saiu a procura de um amigo despachante pedindo-lhe orientações para a regularização da estadia de Angelina sem que esta soubesse; valendo-se de canais de contato ele soube que o casamento resolveria isso com facilidade. Ao narrar a notícia para a parceira viu seus olhos encherem-se de lágrimas, só que desta vez de felicidade. “Quer dizer que vou ser por ti desposada?”, perguntou ela com tom ansioso e entre sorrisos nervosos, obtendo com resposta uma frase inesquecível: “Você já é minha mulher …, o que vamos fazer é apenas oficializar isso!”. Dias depois em um cartório, cercados de alguma pompa, Abelardo desposou Angelina e logo depois conseguiu obter sua cidadania.


Nádia e o portuga fizeram questão de dar uma festa para os recém-casados que desfrutaram da companhia de poucos amigos e nenhum conhecido; partiram para uma breve lua de mel em uma casa de praia cedida por um conhecido do portuga, onde usufruíram de alguns dias de mais sexo ardente; andavam nus pela casa sempre aos beijos e abraços; Abelardo sentia-se feliz e realizado e sabia que os sentimentos eram recíprocos. Certa tarde estava ele em uma espreguiçadeira na varanda dos fundos da casa quando veio Angelina ter com ele trazendo-lhe um suco de frutas.


-Toma isto, meu amor …, e prepare-se, pois tenho um presente para ti – disse ela ajoelhando-se ao lado do marido e pousando sua mão sobre o membro já em franco processo de ereção.


Assim que ele findou de sorver a bebida, Angelina tomou sua mão e juntos foram para o quarto; assim que entraram, ela se pôs de joelhos a sua frente e começou a lamber a glande já inchada para a seguir tomá-lo inteiro em sua boca. Algum tempo depois, ela abandonou a carícia oral e foi para a cama ficando de quatro sobre ela, apontando para a mesinha de cabeceira onde jazia um pequenino pote de manteiga. Abelardo sentiu um arrepio percorrer seu corpo enquanto a excitação atingia níveis nunca antes pensados. Após untar bem a região assim como seu membro ele avançou arremetendo com fortes estocadas obtendo êxito em varar o pequeno orifício causando enorme excitação na parceira.


Foi uma cópula intensa e alucinante, com o macho golpeando sem parar enquanto a fêmea implorava para que ele não arrefecesse. Trocaram de posição adotando a “concha” com o marido por trás e seguindo com intensidade, ao som dos gemidos e gritinhos de Angelina que desfrutava de orgasmos produzidos não apenas pelo sexo como também pelo hábil dedilhado que Abelardo aplicava em sua gruta. E um gozo estrondoso explodiu no macho que ejaculou em golfadas inundando sua fêmea com sua carga espermática volumosa. Abraçados frente e frente trocaram beijos e carícias até adormecerem.


Abelardo e Angelina conviveram em uma harmoniosa união selada pela cumplicidade que desfrutavam na cama e fora dela; o aposentado deixou de lado suas aventuras tresloucadas …, não que tivesse cedido à fidelidade conjugal eterna, mas sim porque tornara-se homem de uma única mulher que lhe provia de todo o prazer e satisfação que necessitava, não havendo que procurar fora o que tinha dentro de casa em abundância.

*Publicado por Prometeu no site climaxcontoseroticos.com em 10/03/22.


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