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Ritual

  • Conto erótico de aventura (+18)

  • Publicado em: 12/05/18
  • Leituras: 3442
  • Autoria: loupdrigues
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RITUAL


(No jardim do bem e do mal não existe destino. Cada um vale por aquilo que possui. Por aquilo que faz de melhor ou de pior.)




Dois minutos para a meia noite. E a noite estava sombria. Os raios do luar, vez ou outra, surgiam por entre as frestas das espessas nuvens que escondiam as estrelas.

Ele vinha caminhando pela alameda escura. Sua figura imponente poderia chamar a atenção de qualquer ser que o visse de longe. Seu tórax forte e seus ombros largos (frutos de horas diárias de natação), de certa forma impunham respeito. Seus cabelos pretos emolduravam um rosto perfeito, de traços fortes e penetrante olhar azul.

Ele caminhava calmamente, como se a cidade fosse sua e os perigos que existem não pudessem atingi-lo.

Estava satisfeito com o resultado da noite. Sua empresa havia feito um grande negócio e sua participação havia sido muito importante para que houvesse um resultado positivo.

Seu pensamento estava agitado quando dobrou a esquina e se deparou com o parque principal da cidade, deserto àquela hora, com excessão de uma pessoa que ele pôde perceber, sentada em um dos bancos, de frente para a rua.

Ela estava com um vestido longo, que mais parecia uma bata indiana. Seus longos cabelos loiros caí­am em cachos por sobre seus ombros. Tinha lindos pés delicados que, ele percebeu, estavam descalços.

Ela estava entretida em uma leitura e parecia que não o havia percebido chegando. À cada passo que chegava mais perto dela ele percebia sua beleza sob as luzes da praça. Se bem que, quanto mais se aproximava, ele percebia que havia como que uma luz à volta da moça. Era como se ela estivesse iluminando todo o local e não o contrário.

Ele já havia decidido passar direto por ela. Apesar de ser um grande sedutor, alguma coisa o impediu de tomar uma iniciativa de sedução para com ela. Mas quando passava diante dela ele ouviu-a dizer sem levantar os olhos da leitura:

''Você deve saber que é muito perigoso passear a pé pela cidade à essa hora, não é mesmo?''

Ele surpreendeu-se com o poder daquela voz aveludada e estancou o passo. Voltou-se calmamente para ela, olhando-a por completo e percebendo o quanto ela era maravilhosa. Sua pele irradiava uma certa luminosidade e seus lábios, cobertos com uma leve camada de batom carmim, eram carnudos e pareciam pedir para serem beijados.

''E você,'' - disse ele, tentando formular direito as palavras - ''não acha, também, que é um tanto perigoso ficar lendo no parque à esta hora? Aliás, você ao menos sabe as horas?''

''Sim, eu sei...'' - respondeu ela, fechando o livro e levantando para ele seus grandes olhos castanhos, destacados ainda mais por um lápis e sombra escura - ''É meia-noite. Horário no qual as bruxas saem pela cidade em busca de diversão e idéias para novos encantamentos...''

Ele sentiu um vento frio passando por eles, seguido de um arrepio na espinha. Se não fosse tão seguro de si, diria, até mesmo, que sentira um certo medo de ouvi-la falando aquelas palavras. Olhou para a capa do livro que ela estava lendo e ficou curioso pelo tí­tulo:

''Encantos e sortilégios? Não vai me dizer que você é uma dessas bruxas que saem à noite à caça de ví­timas?'' - perguntou ele, curioso, tentando manter a naturalidade.

''Talvez eu seja. Quem sabe...?'' -respondeu ela, com um certo ar de mistério na voz - ''Mas eu não disse que as bruxas saem à noite caçando ví­timas. Hoje em dia as bruxas não precisam disso. As próprias ví­timas vêm até elas.'' - ela fez questão de frisar as últimas palavras, percebendo que o assunto incomodava o seu simpático interlocutor.

O vento se tornou mais forte e frio. Ela olhou para o céu e comentou casualmente:

''As nuvens estão carregadas. Dentro de poucos instantes vai chover. Talvez você se molhe se não andar rápido.''

Ele encarou as nuvens, que se moviam rápido e que já haviam coberto totalmente o luar. Ela tinha razão. Ele iria se molhar se não fosse embora rápido. Mas ele, simplesmente, não conseguia sair de perto daquela mulher tão encantadora e misteriosa. Aquele assunto o havia assustado um pouco, mas ele sabia que ela não teria condições fí­sicas de lhe fazer mal algum. Ou será que estava enganado?

''Não faz mal. Um pouco de chuva não chega a incomodar, não é mesmo?''

Ela sabia que ele não estava à vontade naquela conversa. Colocou o livro de lado e levantou as pernas, colocando os pés sobre o banco, deixando o vento levantar o seu vestido vez ou outra, revelando a parte inferior de suas coxas e parte de suas nádegas de pele branca.

''Realmente não. Mas pode trazer um belo resfriado...''

''Mas se eu ficar resfriado você, certamente, poderá me ajudar com algum encanto deste seu livro, não é mesmo?''

''Pode até ser. Mas para isso você teria de ir até a minha casa. E você estaria preparado para entrar na casa de uma bruxa?'' - perguntou ela, com certa malí­cia na voz.

Ele encarou os olhos encantadores daquela mulher. Seus receios começaram a desaparecer aos poucos.

Ela, com certeza, queria apenas seduzí­-lo. Afinal de contas ele sabia que muitas mulheres fariam qualquer coisa para conquistá-lo e esta deve ter achado que este assunto lhe chamaria a atenção.

Bom, de certa maneira ela havia conseguido. Agora ele queria ver até onde ela levaria esta história. Pois, com aquele par de pernas, ele a acompanharia até o inferno. Ele só não sabia que ela poderia levá-lo, realmente, para lá.

''Se você deixar que eu te acompanhe,'' - respondeu ele olhando as pernas macias que se revelavam algumas vezes - ''eu posso me decidir se entro ou não em sua casa. Afinal, mesmo para as bruxas deve ser perigoso andar sozinha por aí­ à esta hora, não é mesmo?''

''É, eu acho que você tem razão.'' - disse ela, levantando-se e pegando o livro - ''Então vamos, meu elegante senhor. A minha casa fica logo depois do parque.''

Ela deu a volta no banco e começou a dirigir-se para o interior do parque, mas logo parou, ao perceber que ele mal se movera.

''E então, você vem ou não?''

Ele estava receoso. Já ouvira muitas histórias sobre pessoas que haviam desaparecido ao ousar andar por aquele parque à noite. Aliás, ele nem sabia por que ele mesmo resolvera tomar logo este caminho para ir embora.

''Não vai me dizer que o senhor está com medo de um lugar um pouco escuro?''

''Não é exatamente isso. Mas por quê nós não damos a volta pelo parque ao invés de passarmos por ele?''

''Porque assim nós economizamos, pelo menos, meia hora de caminhada. E a chuva não não vai demorar nem isso para chegar.'' - disse ela, enquanto analisava aquele homem sedutor que estava à sua frente. Definitivamente, não seria nada mal cavalgar aquele macho, ouvindo-o implorar por um pouco mais de prazer - ''Mas tudo bem, se não quiser me acompanhar eu posso muito bem ir sozinha...''

''Não!'' - adiantou-se ele - ''É claro que não seria certo deixá-la sozinha neste parque à esta hora, mas é que às vezes a gente ouve certas histórias que nos faz pensar em não ser tão descuidado, não é mesmo?''

''Olha, eu sou meio despreocupada com muitas coisas, sabe? Muitos dizem que eu só vou tomar jeito quando 'alguém me der uma lição'.'' - disse ela, encarando-o de forma provocativa, antes de retomar o caminho.

Ele a seguiu calado, vendo-a rebolar delicadamente sob o vestido esvoaçante. Algumas vezes chegou mesmo a ficar excitado, vendo-a caminhar tão sensualmente, mas o ambiente não o agradava muito. Os postes de iluminação do parque pareciam estar desaparecendo, pois a cada passo que dava parecia ficar mais escuro.

De repente ela entrou por uma trilha um pouco mais fechada. As árvores pareciam se dobrar por sobre eles. O rapaz começou a pensar que havia se metido em uma encrenca quando ela, de repente, parou e voltou-se para ele. Seus olhos emitiam um brilho ainda mais intenso e ela parecia ainda mais sensual do que antes. De repente um relâmpago iluminou tudo em sua volta e ele ouviu um trovão que parecia vir de longe, crescendo ensurdecedoramente num estrondo. Logo, porém, tudo voltou a ficar escuro, mas ela continuou toda iluminada, como se irradiasse luz própria. Nesse momento ele a desejou ainda mais. Seu pênis começou a incomodá-lo dentro das calças.

Ela olhou-o no fundo dos olhos, chegando bem perto dele, puxando-o pelo pescoço, até que seus lábios quase se colassem. Encostou a ponta de seu nariz no dele e sussurrou de forma sedutora:

''Olha, se você quiser, não precisa me acompanhar até em casa, não...'' - a chuva começava a cair em pingos grossos e lentos. -''Eu vou entender perfeitamente se você quiser voltar e ir para sua casa ao invés de acompanhar uma jovem bruxa inocente, como eu, apenas para que ela não corra perigo...''

Ele sentia o seu hálito batendo de encontro aos seus lábios - "Eu estou decidido a te acompanhar, nem que seja até o inferno...'' - disse ele, enquanto tentava aproximar os lábios num beijo.

Ela, porém, afastou-se perguntando:

''Mas você não acha que o inferno seria um lugar muito quente para eu te levar?''

''Nada pode ser mais quente do que o desejo que você colocou dentro de mim. Realmente eu estou começando a achar que você é uma bruxa de verdade...''

''Você ainda acha? Então você precisa provar a poção do amor produzida pelo meu corpo. Aí­, então, você vai passar a ter certeza disso.'' - ela disse isso enquanto se afastava dele e abria caminho entre os arbustos, revelando-lhe uma pequena cabana, fracamente iluminada. Neste instante um outro relâmpago iluminou tudo a sua volta e mais um trovão fez tremer tudo.

Ele sentiu aquele arrepio caracterí­stico em sua espinha, novamente e, então, todos os pêlos de seu corpo se eriçaram quando ele viu um gato escuro aparecer em sua frente e começar a se esfregar em suas pernas.

Ela abaixou-se e pegou o gato no colo.

" Oi , meu querido... Está vendo só? Você não foi comigo passear, então mamãe arranjou um outro gato para trazê-la para casa. Espero que você não fique com ciúmes, tá?'' - disse ela para o gato, soltando-o no chão, para que ele voltasse a se enrolar nas pernas do visitante.

''Este é o Nefi, o meu amiguinho de estimação.'' - disse-lhe ela.

"Nefi? Que nome esquisito...''

''Não. Não é esquisito...'' - disse ela de forma infantil - ''Nefi é um diminutivo carinhoso para Nefastus. E parece que ele gostou de você. Isto é um grande trunfo, sabia? Ele geralmente não gosta de visitantes masculinos em nossa casa...''

Tudo estava muito estranho. Ele já havia passado muitas vezes por aquele parque e nunca percebera aquela trilha, e muito menos sonhara que ali houvesse uma cabana com uma moradora tão bonita.

A chuva começou a engrossar quando ela convidou-o a entrar.

Assim que entrou na casa ele sentiu um suave cheiro de incenso perfumando o ar. Percebeu que por dentro a casa era muito maior do que aparentava ser. A sala era muito confortável e, assim como a parte exterior da cabana, não apresentava muito luxo. Além de uma estante enorme e repleta de livros, completavam a decoração três poltronas de lugares únicos em volta de uma mesa de centro, com uma espécie de bola de cristal sobre ela e alguns quadros, visivelmente, antigos.

Ele não sabia exatamente porquê, mas aquele ambiente lhe causava arrepios por todo o corpo.

A chuva caí­a torrencialmente lá fora. Os trovões insistentes e os relâmpagos deixavam a cena ainda mais assustadora.

Ela foi até a cozinha e voltou com duas xí­caras com um lí­quido quente e de aroma muito gostoso. Entregou-lhe uma e convidou-o a sentar-se.

Ele tomou o chá em silêncio, sempre olhando insistentemente para a mulher sentada a sua frente.

Ela havia abaixado a parte de cima do vestido, deixando os ombros nus e parte de seus seios à mostra. Ele degustava cada centí­metro daquela pele branca, totalmente seduzido pelo decote generoso quando, então, lembrou-se que ainda nem sabia o nome da garota.

''Me desculpe, mas eu acho que ainda não nos apresentamos direito...'' - começou ele, após ter depositado a xí­cara sobre a mesinha.

''Bom, eu acho que já nos apresentamos bem demais. Eu sou a jovem bruxa e você é o cavalheiro galante que me trouxe até minha casa para que eu não corresse perigo. Os nomes são desnecessários nessas ocasiões, você não acha?'' - disse ela levantando-se da poltrona para abaixar-se de joelhos em sua frente.

Sem dizer palavra alguma ela tomou-lhe um dos pés e começou a tirar-lhe o sapato.

Ele abriu a boca para dizer alguma coisa mas ela levou o dedo indicador até os seus lábios.

''Shhh... Não diga nada.'' - disse ela - ''Apenas aproveite cada momento como se fosse o último. Nunca se sabe o que pode nos acontecer depois, não é mesmo?''

Abaixada que estava, à sua frente, os seus seios se ofereciam para o visitante numa visão mais do que generosa pelo decote do vestido.

Ele levou uma das mãos até eles, mas levou um tapa ardido, puxando-a de volta com um olhar de assombro.

Ela levantou para ele um olhar reprovador e disse num tom calmo:

''É bom você saber que quem toma as iniciativas aqui sou eu, meu querido...''

''Tudo bem.'' - disse ele, que não era muito acostumado a receber ordens - ''Mas o que eu vou ganhar com isso?''

''Se for um menino obediente eu garanto que vai experimentar um prazer que nunca sentiu antes...''

Ele calou-se enquanto ela pegava o outro pé e repetia o mesmo processo de antes.

''Espere um pouco,'' - disse ela, levantando-se - ''eu já volto.''

Saiu novamente, demorando-se para voltar.

Ele estava começando a ficar um tanto tenso, quando ela apareceu vestida apenas de espartilho preto, salto alto e meias sete-oitavos. Trazia nas mãos uma bacia com água quente, que colocou sob os pés do rapaz. Saiu novamente da sala, rebolando sensualmente.

Ao vê-la vestida daquele jeito ele ficou excitado novamente.

Ela voltou com uma garrafa de vinho tinto, duas taças e uma sacola plástica com vários í­tens.

Ela amarrou os cabelos num coque sensual, mostrando a pele branca de seu pescoço.

Ele estava petrificado diante de tanta beleza.

Ficou observando-a preparar o local como se estivesse preparando um ritual.

Ela afastou as outras poltronas e a mesa de centro. Colocou algumas folhas picadas na bacia d'água, onde ele estava com os pés, espalhou velas de todas as cores num cí­rculo, em volta deles e, depois de acendê-las, apanhou um punhal prateado, aquecendo-o na chama de cada uma delas, enquanto pronunciava um mantra sussurrado.

Ele se mantinha calado, apenas observando todo o ato, embevecido com cada movimento. Via-a se abaixar diante de uma das velas com movimentos eróticos, acompanhando uma música suave, que ele não sabia de onde estava vindo. Via como ela rebolava as ancas, depois de aquecer o punhal em uma das chamas e depois levantar-se, dando a volta na poltrona em que estava sentado. Via-a passando o punhal, aquecido perto da pele de seu rosto, numa espécie de passe.

Depois de repetir o mesmo movimento em todo o cí­rculo de velas, ela guardou o punhal e chegou-se por trás dele, abraçando-o de leve. Segurou-o por ambas as faces e puxou-lhe a cabeça de encontro aos seios.

Ele sentiu sua cabeça aconchegada entre os montes macios enquanto ela descia as mãos pelo seu peito, desabotoando-lhe a camisa. Desafivelou o cinto e abriu-lhe as calças, colocando as mãos macias dentro de sua cueca para, depois subi-las lentamente, arranhando-lhe a barriga de forma suave e contí­nua, até chegar nos mamilos, os quais torceu delicadamente, fazendo com que o rapaz soltasse um gemido involuntário.

Ela deu a volta na poltrona. Abriu a garrafa de vinho, encheu as duas taças, e pediu que ele esperasse novamente.

Foi até a cozinha e logo depois retornou, trazendo uma cadeira e uma toalha.

Tirou os pés do rapaz da água, secando-os cuidadosamente e ordenou-lhe que se sentasse na cadeira, colocada logo em frente da poltrona. Sentou-se em seu colo de pernas abertas, sentindo o volume do membro que latejava dentro das calças. Então, ele não resistiu. Abraçou-a, enterrando o rosto no meio dos seios, mordiscando a pele macia à sua frente.

''O quê o senhor pensa que está fazendo?'' - perguntou ela enquanto se levantava de seu colo, visivelmente irritada - ''Já te falei que, aqui, quem manda sou eu, não falei?''

''Desculpe, mas não deu para controlar...''

''Ah, não deu pra se controlar, né ?'' - disse ela, arrancando-lhe o cinto - ''Então eu acho que vou ter de tomar uma atitude drástica.''

Ela pegou suas mãos, levando-as para trás da cadeira, amarrando-as com o cinto. Pegou uma das taças e levou-a para perto dos lábios do rapaz.

''Você quer um pouco de vinho para relaxar, meu querido?''

''Acho que um pouco de vinho vai muito bem agora.''

Ela, então, sorveu um grande gole da bebida, deixando-a escorrer pelo canto da boca e descer pelo queixo, caindo sobre os seios, ainda cobertos pelo espartilho. Sentou-se, novamente, em seu colo. Seu pênis estava mais duro que antes. Ele tremia inteiro de desejo por aquela fêmea. Levou os lábios até os dele, num beijo molhado, com sabor de vinho tinto, embriagando-o mais com o seu hálito do que com a bebida. Abaixou uma das alças do espartilho, desnudando um dos seios, derramando, ali, um pouco do vinho sob o bico intumescido. Levou-o até a boca do rapaz que sugou-o com vontade, fazendo-a soltar um gemido de satisfação.

Ela abaixou a outra alça, repetindo o gesto com lentidão calculada. Depois sentou-se na poltrona, diante dele. Depositou a taça no chão. Cruzou as pernas e ficou observando-o. Ele já estava desesperado de tanto desejo.

Lá fora a chuva continuava caindo, parecendo que nunca mais terminaria.

''Tire minhas calças.'' - disse ele.

''Me desculpe, eu não entendi. Você por acaso estaria me dando uma ordem?'' - retorquiu ela.

''Desculpe. Desculpe.'' - sussurrou ele, por fim - ''Por favor, tira minhas calças. Por favor...''

''Ah... Assim é bem melhor...''

Ela levantou-se, segurou-o pelo rosto e lhe deu outro beijo molhado.

Suas lí­nguas se entrelaçaram, como dois seres famintos, buscando satisfação.

Deixou suas mãos descerem pelo pescoço do rapaz em direção ao peito e cravou ali suas unhas afiadas.

Ele soltou um urro dentro de sua boca e ela desceu com as mãos, arranhando-lhe toda a barriga até chegar às calças, segurando-as sem tirá-las.

''Você está louca?'' - gritou ele, quando conseguiu recobrar o fôlego.

''Você ainda não viu nada, meu querido...'' - disse ela, descendo-lhe as calças até ao chão, junto com a cueca.

O pênis ereto saltou para cima e ela agarrou-o com as duas mãos, omeçando a masturbá-lo lentamente.

Ele começou a suspirar novamente, esquecendo do que acabara de acontecer. Já nem percebia o filete de sangue que escorria do ferimento causado pelas unhas da mulher.

Ela beijou a cabeça brilhante, passando a lí­ngua na pequena abertura.

''Isso. Chupa...'' - disse ele, em delí­rio.

Ao ouví­-lo dizer isso ela parou o ato, voltando para a poltrona.

Ele abriu os olhos, descrente.

''Pôrra, menina... O quê foi agora?''

''Você não aprendeu ainda, não é mesmo? Sempre mandando... Por isso, agora vai ficar de castigo, enquanto eu aproveito um pouco a visão...''

Ela tirou o espartilho, ficando apenas com as meias e o sapato de salto alto. Começou a alisar o corpo, enquanto derramava vinho sobre a pele clara.

Ele observava calado, enquanto ela abria as pernas, passando os dedos na vulva inchada, levando-os aos lábios para, depois, enfia-los na vagina, que se oferecia para o seu olhar faminto.

Ele precisava possuí­-la.

Precisava sentir a sua pele.

Precisava sentir o sabor daquela vagina que estava tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante...

Ela pegou a garrafa de vinho, encostando a boca do gargalo na entrada da vagina. Ficou brincando um pouco com ela, esfregando-a no clitóris enrijecido para, depois começar enfiar lentamente, até quase o fim do gargalo.

Ele estava desesperado diante daquela visão. Sentiu todo o sangue de seu corpo se concentrando no pênis, que tremia de tanto tesão. Então, de repente começou a sentir uma convulsão que crescia dentro de si, descendo para o pênis, fazendo-o latejar, num espasmo descontrolado e um jato de esperma foi expelido, com tanta força, que foi parar na coxa da mulher que o estava enlouquecendo.

''Uauuu...'' - festejou ela - ''Mas o que temos aqui?''

Ela passou os dedos no esperma que escorria, levando-o para a boca.

''Huumm... Isso é muito bom...''

''Você é louca...'' - disse ele, sentindo-se esgotado com a experiência que acabara de ter.

Seu pênis havia começado a murchar, quando ela se levantou para colocar um pó branco na outra taça, levando até a boca do rapaz, forçando-o a beber.

''O quê é isso?'' - Perguntou ele se recusando a tomar o vinho preparado.

''É só um produto mágico, para que nossa brincadeira não acabe tão cedo.''

Ele, então, sorveu toda a bebida, ainda um pouco relutante.

Ela abaixou-se, alisando-lhe o peito e a barriga.

Abocanhou o pênis murcho, sugando-o delicadamente, enquanto arranhava as coxas de sua ví­tima. Ele começou a crescer em sua boca, e ela sugava cada vez com mais vontade, fazendo-o bater em sua garganta.

Fechou os lábios na cabeça arroxeada e ficou ali, como se estivesse mamando.

Ele gemia e sentia que seu pênis estava muito mais duro que antes, o que, em situações normais, seria praticamente impossí­vel.

''Caramba! O quê você pôs naquela taça?''

''Ah,'' - disse ela, tirando o pênis da boca - ''É só um temperozinho de bruxa. Assim eu terei certeza de que você vai fazer qualquer coisa que eu quiser para gozar ainda mais duas vezes, antes de eu cortar o teu saco para uma nova poção que eu descobri.''

Ele riu internamente. Era lógico que ela estava brincando. Mas o produto realmente era poderoso... Ele sentia que era capaz de fazer qualquer loucura que ela lhe pedisse pois, com certeza, não brocharia tão cedo.

Ela pegou uma das velas que estavam acesas, trazendo para perto dele.

''Diga-me, meu querido:'' - disse ela, passando a vela na frente dos olhos do rapa- ''você, algum dia já sentiu prazer com a dor?''

Ele não podia acreditar que ela estava pensando em queimá-lo...

Ela chegou a chama da vela bem perto de um dos ferimentos de seu peito, divertindo-se com a cara de medo do rapaz.

''É... Eu acho que você não está se sentindo muito à vontade, não é? Mas o teu cacete parece estar adorando...'' - disse ela, segurando-lhe o membro pela base com uma das mãos, enquanto continuava a passear com a vela pelo corpo de seu visitante.

Ela levou a vela de volta até um dos ferimentos que havia causado e apertou forte o pênis, no momento em que fez a vela virar, derramando um pouco da cera derretida no peito do rapaz.

Ele fez uma careta de dor. Sentiu uma coisa estranha partindo do calor da cera para o seu cérebro, que não sabia explicar. Era como se tivesse centenas de agulhas cravadas nos nervos de seu sistema cerebral e, no entanto, aquilo era muito bom. Tão bom que ele sentiu seu pênis latejar novamente.

Ela virou a vela no outro ferimento e ele teve a mesma sensação. Aquela sensação de dor misturada com o prazer.

''Humm... Eu vejo que você está gostando, meu lindo visitante. Mas eu não quero que você goze. Não agora...''

Ela esticou a mão até a sacola que estava sobre a mesa e tirou dali uma espécie de anel de borracha, colocando-o em volta do membro duro, levando-o até a base.

Ele sentiu uma forte pressão na base do pênis, percebendo que aquilo o fazia inchar ainda mais. Já estava com vontade de sentir o calor da cera quente de novo, mas ela agora parecia concentrada no pênis ereto que pulsava dolorosamente.

''Por favor,'' - balbuciou ele, por fim - ''me dá mais prazer. Eu sei que você também quer...''

''É... Você tem razão... Eu também quero... Só que agora vai ser com esse pau gostoso dentro de mim...''

Ela sentou-se de frente para ele, encaixando o pênis inchado na entrada da vagina, que latejava de desejo. Foi abaixando-se aos poucos, fazendo o membro entrar lentamente, sentindo a maravilhosa sensação de ter um pedaço de carne dentro de si.

Quando sentiu o pênis todo dentro ela pegou outro objeto de dentro da sacola. Algo como quatro prendedores de metal, presos por correntes de prata.

Pegou um deles, prendendo-o no mamilo esquerdo do rapaz e o outro no mamilo direito.

Ele sentiu os dentes dos prendedores machucando-o, mas aquela pequena tortura lhe causava estranhos arrepios involuntários. Sentiu o membro pulsando dentro da vagina da garota, que agora estava colocando os outros prendedores nos bicos dos próprios seios.

Outro relâmpago iluminou toda a sala, enquanto ela começava cavalgá-lo lentamente.

Outro trovão ressoou pelo parque, enquanto ele soltava urros de dor e prazer a cada vez que ela se levantava, fazendo com que o membro saí­sse quase todo de sua vagina, e fazendo com que os prendedores esticassem as correntes, puxando os mamilos de ambos.

Ela pegou outra vela e derramou a cera quente sobre o peito do rapaz, enquanto sua vagina engolia o membro pulsante , esmagando-o com seus músculos internos.

O rapaz estava delirando...

Nunca, em toda sua vida, achou que pudesse sentir tal prazer.

''Vai, filho da puta...'' - dizia ela, por entre os dentes- ''Faz esse pau gostoso gozar dentro de mim, faz...''

Ele levantava os quadris, tentando penetrá-la mais profundamente.

''Você vai me matar desse jeito... Aaaahhhh.''

Ela havia derramado mais cera sobre seu peito. Colou a boca na dele, num beijo desesperado, enquanto aumentava os movimentos dos quadris, ao sentir que o moço estava prestes a gozar novamente.

Seu gozo veio numa corrente de energia a atravessar todos os seus sentidos. Colou-se ao corpo do rapaz, aumentando o rí­tmo da massagem vaginal sobre o membro, e sentiu todas as contrações penianas que antecedem o gozo.

E ele gozou. Gozou abundantemente. Um gozo dolorido, por conta do anel de borracha, inundando-lhe a vagina.

''Isso meu puto... Goza gostoso... Enche a minha xoxota com o teu caldo, meu garanhão, encheee...''

Ela gozou novamente. Mesmo antes de terminado o gozo anterior.

''Huumm...'' - pensou, deliciada - ''Este está valendo a pena. É muito mais resistente do que os outros...''

Agarrou-lhe a cabeça em outro beijo. Levantou-se lentamente, deixando o esperma escorrer-lhe da vagina por sobre as coxas do rapaz, que estava semi-desfalecido e com a cabeça pendida sobre o peito. Tirou os prendedores dos mamilos, sem mexer nos dele. Encheu uma taça de vinho, tomando-a lentamente enquanto dava a volta na cadeira. Desamarrou os pulsos de seu visitante e cochichou-lhe no ouvido:

''Vamos para o quarto, meu querido. Eu tenho outra missão para você realizar...''

Pegou-o pelas mãos arrastando-o para o quarto, onde uma cama enorme os esperava. O ambiente já estava preparado, com velas acesas por todo canto e o cheiro de incenso perfumando o ar.

Ele estava totalmente grogue. Fazia tudo o que ela lhe pedia, sem pensar.

Ela jogou-se de costas na cama, abriu as pernas e ordenou-lhe:

''Vem, delicioso... Vem lamber minha boceta faminta, vem...''

E ele foi.

Deitou-se na cama, colocando o rosto entre suas pernas, aspirando a vagina, que emanava o odor inebriante de sexo. A chuva continuava caindo, agora um pouco mais calma porém, ainda constante.

Outro raio iluminou o quarto no momento em que ele mergulhava os lábios na vulva aberta à sua frente. Lambeu toda a extensão da vagina sequiosa, limpando o esperma com a própria lí­ngua. Chupou o clitóris, que se oferecia desavergonhadamente.

Ela gemia alto, falando palavras incompreensí­veis aos mortais. Seus olhos emitiam um brilho mais forte e intenso. Parecia estar possuí­da.

Agarrou a cabeça do rapaz com as duas mãos, forçando-o a enfiar toda a lí­ngua em seu interior. Virou-se de quatro, fazendo-o lamber o seu ânus, que pulsava em pequenas contrações.

Ele lambia embevecido, enfiando a lí­ngua vez ou outra no buraquinho apertado.

''Uhh...'' - gemia ela, luxuriosamente - ''Isso é muito bom, meu gato gostoso; mas agora mete esse pau gostoso no meu cú, mete...''

Levantou-se, ajoelhando-se atrás dela, que passou-lhe um lí­quido oleoso. Ele untou o membro enrijecido e o ânus que piscava à sua frente, enfiando-lhe um, dois, três dedos em seu interior.

Ela se contorcia de prazer, deliciando-se com cada sensação.

Ele colocou o membro na entrada do buraquinho que piscava insistente e começou a enfiá-lo lentamente. Neste momento o efeito da droga começou a passar e ele começou a voltar a si, porém a sua excitação não diminuiu nem um pouco e, quando percebeu que estava todo dentro dela, enlouqueceu de tanto tesão. Começou a pôr e tirar o membro, alucinadamente no traseiro da garota, que rebolava sem nenhum pudor.

''Puta que pariu...'' - dizia ela, entre gemidos - ''Este preparado é muito bom mesmo. Tenho de usá-lo mais vezes com minhas ví­timas... Oohh...''

Ela sentiu que o rapaz esta próximo de mais um gozo, através das pulsações de seu membro, então levou as mãos até a vagina, masturbando-se frenéticamente, até obter um gozo espetacular.

Quando percebeu que ele iria gozar, tirou-o rapidamente de dentro de si, apanhou o punhal que havia preparado tão cuidadosamente e deitou-se de costas, com a cabeça no meio das pernas do rapaz. Porém, como ele já estava desperto, ao ver o punhal brilhando na mão da garota, broxou totalmente, saindo da cama num salto.

Ela ficou atônita. Jamais pensou que o efeito da droga passaria exatamente no momento crucial.

''Espere aí­!'' - gritou para ele - ''Aonde você pensa que vai?''

Seu olhar estava transtornado e, apesar da beleza, já não era a mesma que ele encontrara horas antes. Sua voz agora estava estranha. Estava mais grossa.

Ele estava parado, nú , sob a soleira da porta. Ela estava à poucos metros de distância. Estava ameaçadora, com o punhal na mão esquerda, pronto para ser desferido num golpe fatal entre suas pernas.

Ela foi para cima dele num salto, e ele escapou por pouco, saindo em disparada. Abriu uma porta, que deu para a cozinha. Viu a mesa de madeira, o armário abarrotado de pequenos frascos e um enorme caldeirão, bem no centro do cômodo. Nunca pensou que aquilo poderia existir no mundo de hoje. Nem sequer havia cogitado a idéia de ser verdade todo aquele papo de bruxa e agora estava ali, pronto para ser capado, para que seu saco servisse de ingrediente principal de uma poção.

''Volte aqui, seu filho da puta!'' - ele ouviu-a gritando. Toda a sensualidade da moça havia desaparecido. Seus olhos estavam injetados de sangue. Ela estava, ameaçadoramente, atrás dele.

Ele abriu outra porta, que deu para os fundos da casa. Saiu desesperadamente sob a chuva da madrugada. Ouvia-a gritando maldições e sentia-a chegando cada vez mais perto.

Conseguiu chegar à trilha principal do parque e já pensava que conseguiria escapar, quando tropeçou no gato, batendo violentamente a cabeça em uma pedra.

Tudo apagou de repente e ele perdeu os sentidos...


Um trovão estridente acordou-o.

Ele estava deitado numa cama de hospital. Um médico estava ao seu lado.

''Ah, vejo que voltou a sí­, meu jovem...''

''Me desculpe, mas, onde eu estou? E, como eu vim parar aqui?''

Ele não se lembrava do que havia acontecido. Tinha noções, apenas, que havia passado momentos de grande prazer.

O médico explicou-lhe que um grupo de jovens estava voltando de uma festa e viram uma mulher, toda nua, sobre ele, com um punhal na mão, pronta para desferir um golpe entre as suas pernas. Quando ela percebeu o grupo se aproximando saiu gritando blasfêmias. Trouxeram-no para o hospital, onde lhe fizeram alguns exames, ficando desacordado por doze horas.

O médico fez mais alguns exames e depois despediu-se, dizendo que à noite viria uma enfermeira dar-lhe alguns medicamentos e medir-lhe a pressão.

Ele caiu num sono profundo e, mais tarde acordou com o barulho de alguém mexendo em alguns vidros ao lado dele.

''Boa noite... Tudo bem com o senhor?''

Ele conhecia aquela moça. Não se lembrava de onde...

Ela levantou sua cabeça e o fez tomar todo o remédio que estava no copo.

Deu-lhe um beijo delicado nos lábios.

Ele achou estranho aquele gesto e tentou afastar-lhe, mas percebeu que estava com os pulsos amarrados na cama. Ia perguntar-lhe o que estava acontecendo, quando ela colocou um esparadrapo em sua boca.

Ele começou a ficar desesperado.

Ela levantou o lençol, metendo a mão no meio de suas pernas. Desesperado, ele, então, lembrou-se de onde a conhecia. Ela olhou diretamente em seus olhos e ele viu o brilho demoní­aco que tanto cobiçara na noite passada.

''Já vi que se lembrou de mim... Eu já estava ficando decepcionada com você...''

Ele sentiu o membro endurecendo na mão daquela bruxa deliciosa. Mas ela largou-o para poder se arrumar sobre ele.

''Você deve saber que está me devendo uma gozada, não é mesmo? Uma gozada e, depois, o meu prêmio, por te dar tanto prazer.''

Ela já estava sem calcinha, bastando apenas encaixar o pênis na vagina, que já estava encharcada.

Ele estava desesperado.

Desesperado e, desgraçadamente, excitado.

''Vem, meu gato arredio... Goza pra tua bruxinha , goza...''

Ela rebolava deliciosamente sobre ele. Sua vagina massageava-lhe o membro duro e ele não estava mais resistindo.

''Vai, meu gato gostoso. Goza. Goza... Porque eu já... Es... Est... Estou

gozan... Gozandooooooohhh...''

Ele não podia mais resistir. Seus olhos estavam arregalados. O suor escorria-lhe pelas têmporas.

''Puta que pariu...'' - pensou ele, desesperado - ''Eu tô fudido...''

Sentindo que ele estava prestes a gozar ela saiu de cima dele. Pegou o punhal que estava na gaveta do criado-mudo e voltou para o meio de suas pernas, colocando o membro na boca, sugando-o sem piedade.

Ele sentiu o gozo chegando. Seu membro começou a pulsar naquela boca deliciosa e, de repente, sentiu a lâmina fria do punhal na parte inferior de seu saco escrotal.

Aquilo, ao invés de broxar-lhe, fez com que ele gozasse de uma vez.

Ele sentiu o mundo explodindo num gozo infernal e, tudo que ele ouviu, antes de apagar totalmente, foi:

''Adeus, querido. Você foi o melhor de todos até agora...''


Wander Rodrigues

*Publicado por loupdrigues no site climaxcontoseroticos.com em 12/05/18.


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