Quer acender o meu cigarro? II
- Temas: casual, amor
- Publicado em: 19/04/18
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- Autoria: Brends
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Era dia 22 de dezembro e me assustei ao receber uma mensagem no celular. Era da minha ex-vizinha — não nos falávamos há meses. Li a mensagem, que demonstrava um singelo arrependimento, e logo a respondi. Escrevi:
— Meu ano não terminaria bem sem essa mensagem. Eu sei que nossa história não acabou!
Ela logo replicou:
— Me desculpa pelo que fiz... Eu não deveria ter sumido daquela forma. Sabia que o que fizemos era errado, mas... fizemos juntos.
Respondi:
— Eu te perdoo... se você também me perdoar pelo que eu fiz. Se quiser, podemos nos encontrar ainda hoje. Você quer?
Ela sorriu e disse:
— Que horas vem me buscar?
— Às 23h, como de costume!
Depois dessa conversa, senti uma felicidade enorme por tê-la de volta. Não como um objeto, mas como alguém que quero pra vida. No horário combinado, já pronto e ansioso, fui até o lugar onde marcamos. Assim que nos encontramos, ela entrou no carro e seguimos até a distribuidora para comprar bebidas.
Depois, fomos para uma cidade vizinha onde costumávamos ir ao motel. No carro, havia o tabaco natural que sempre fumávamos juntos. As bebidas estavam no banco de trás. Adorava vê-la bolando — com aquelas mãos lindas e delicadas, o cuidado ao montar a seda, o filtro, selar com a saliva e acender com o isqueiro que eu mesmo tinha dado nos nossos primeiros encontros.
Perguntei:
— Você ainda tem esse isqueiro?
— É o mesmo que você me deu!
Sorri. Saber que ela guardava aquele presente singelo me deixou feliz — e, confesso, excitado. Ela acendeu e deu o primeiro trago. Enquanto fumava, só pensava em como ela colocava a boca em mim... Estava muito excitado desde que saí de casa para buscá-la. Mas quando ela tragou ao meu lado, eu já estava de pau duro.
Seguíamos trocando olhares safados. Coloquei a mão na coxa dela — vestia uma minissaia preta — e subi até sua bucetinha, tocando-a com o dedo. Ela não sabia se gemia ou continuava fumando. Me deliciava com o prazer que aquele momento me dava. Não queria, nem podia, pensar na ausência que ela representava. Ela é casada. Fui eu quem escolheu estar com ela, sabendo que seria um tipo de relacionamento diferente.
Sofri bastante... ninguém fazia sexo como ela.
Chegamos ao motel. Já dentro do quarto, a beijei — um beijo safado, mas ao mesmo tempo apaixonado. A joguei na cama. Tínhamos aquela intimidade. Deitei-a com delicadeza, subi sua saia e comecei a chupá-la enquanto ela ainda fumava. Ser chupada e fumar ao mesmo tempo não tem explicação: dois prazeres aliados, foi o que ela disse.
Ela olhava para o teto espelhado. Eu a ouvia gemer e observava a fumaça que saía de sua boca. Meu —
pau latejava de tão duro dentro da calça. Tirei sua roupa, chupei seus seios e depois a beijei. O cigarro já estava apagado, ela o colocou de lado e me beijou enquanto tirava minha blusa.
Logo trocamos de posição. Ela desceu minha calça, tirou meu o meu pau pra fora e começou a chupar como da primeira vez. Foi tão gostoso... Depois daquela chupada, com ela quase pelada, meti com vontade. Eu poderia ter gozado só de sentir a cabeça do meu pau entrar, porque não era só tesão: era história. Era alguém que desapareceu e retornou... isso me deixava completamente fora de mim.
Transamos muito naquela noite. E marcamos de nos ver mais duas vezes antes do fim de 2017.
Na véspera do ano novo, resolvemos nos encontrar em outro estado. Ela estava com os parentes e eu, sozinho, com uma mochila nas costas e nenhum lugar pra ficar. A cidade estava cheia. Eu simplesmente comprei a passagem sem pensar em onde dormir.
Cheguei às 20h do dia 31. Dei algumas voltas tentando encontrá-la, sem sucesso. O celular quase descarregado. Minutos depois, ela liga. Conseguimos conversar e combinamos de nos encontrar em frente à delegacia, para fumar um cigarro que era o ponto mais próximo entre nós dois.
Quase chegando, a vi de longe: linda, acompanhada da irmã. Me apresentou como um "amigo". Apenas cumprimentei. Fomos para a praça em frente à igreja, onde havia a maior concentração de pessoas. Lá passamos a virada juntos. A contagem regressiva, os fogos, os olhares... mas nenhuma intimidade — estávamos diante da família dela.
Mesmo assim, foi marcante. Era proibido. Era nosso. Depois da virada, nos vimos mais uma vez. E encerramos nossa relação.
Mas sei que não tem como fugir dessa história. Quando eu menos esperar, ela vai voltar. E eu sempre vou me ceder a isso.
Porque ela é, e sempre será o meu ponto fraco.
Até a próxima.
*Publicado por Brends no site climaxcontoseroticos.com em 19/04/18. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.