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Desejos Ocultos - cap 2

  • Conto erótico de gays (+18)

  • Publicado em: 04/02/18
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  • Autoria: Pepperboy
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Sabe aquelas horas em que o cérebro congela e ficamos perdidos numa dimensão paralela? Eu sorri, mas nada disse. Ele me olhava, esperando alguma reação, enquanto eu controlava a vontade quase incontrolável que eu estava de beijá-lo ali mesmo, mas eu sabia que seria precipitado.

Me aproximei e olhei nos seus olhos.


- Como você ta?


Foi o que eu consegui dizer.


- Ah... ainda não sei. Não sei como vai ser agora. Eu sempre fui apegado a ele... quase uma dependência... mas acho que foi o melhor.


- É.... Acho que sim.


Eu respondi, sorrindo.


Não nos demoramos ali. Fui para o trabalho pensativo, com um sorriso bobo no rosto, pensando que agora finalmente estávamos ambos solteiros e quem sabe, poderia rolar algo. Alguns dias depois, ele me falou que o ex queria conversar e um milhão de coisas passaram pela minha cabeça.


- Você vai voltar pra ele?


- Não. Claro que não.


- E se ele te convencer? Fizer chantagem emocional?


- Eu só vou conversar com ele, Biel. Só.


Ele afirmou.


É claro que, enquanto eu sabia que ele estava com o tal cara, minha cabeça estava a mil. O tempo todo com o celular na mão e nada de chegar qualquer mensagem dele. Depois de algumas horas, ele me avisou que estava indo pra casa e que não estava bem, que a conversa tinha sido tensa e que ele estava chateado.


Achei melhor deixá-lo em paz e disse que estaria ali caso ele precisasse de mim. Foi o suficiente para que ele tivesse um rompante, dizendo que o larguei quando ele mais precisou, que estava tirando o corpo fora e mais um monte de baboseiras sem sentido. Ainda tentei alegar que só estava respeitando o momento dele, mas não adiantou.


Então, resolvi ir até lá e desfazer o mal-entendido. Ele estava transtornado, cheio de raiva, mas no fundo eu sabia que não era comigo.


- Cara, para com isso. Eu não quis forçar uma barra, por isso tentei respeitar seu momento... achei que você não quisesse falar do assunto... Eu tô aqui, me fala o que aconteceu.


Eu disse.


Ele respirou fundo, procurando se acalmar.


- Ei, vem cá.


Eu disse, puxando-o e abraçando-o.


Ele começou a dizer o quanto foi horrí­vel, chorando e soluçando, contando que o ex namorado o havia humilhado quando percebeu que ele não voltaria, pegando nos seus pontos fracos.


Eu alisei seus cabelos e ouvi tudo em silêncio. Quando ele levantou os olhos, ainda com o rosto vermelho, segurei a sua nuca e o beijei. Era um beijo tão esperado, que não demorou para que a minha boca engolisse a dele com fome, nossas lí­nguas se enroscassem naturalmente.


Depois daquele beijo, ele me disse para irmos devagar, já que ele tinha acabado de terminar o namoro e não queria estragar tudo. Concordei. Talvez realmente estivéssemos indo rápido demais, mas a verdade é que a gente pouco se importa com isso quando estamos apaixonados.


As coisas estavam indo bem, a gente estava se curtindo, até que ele me falou que havia conversado com a sua mãe e ela o convencera que não era uma boa um novo relacionamento no momento. Ele tentava me explicar que ela era muito apegada ao seu ex e que ele havia ido chorar a ela, que tudo aquilo havia mexido com ele.


Eu não estava acreditando naquilo. Apesar de eu alegar mil coisas, falando tudo que poderí­amos viver e que ele estava jogando fora, não adiantou. O que ele queria é que fossemos amigos.


Confesso que fiquei arrasado. No entanto, acatei. Não iria mendigar afeto nem tampouco ficar insistindo em algo que ele nem sabia se queria. Depois do clima estranho e dias sem se falar, fomos voltando o contato timidamente, e quando eu vi, já estávamos nos falando o tempo todo como antes.


Ele tinha rompantes de ciúmes dos quais não sabia explicar e eu achava graça, já que havia sido ele que disse que não queria. A gente brigava pelos motivos mais tolos, mas existia uma vontade latente ali, que não conseguí­amos disfarçar.


Um dia, conversando sobre assuntos aleatórios, em meio a uma alfinetada ou outra, percebi que ele olhava minha boca ao invés dos meus olhos. A voz cessou e ele foi se aproximando, lentamente, até que seus lábios encostaram no meu. O beijo foi ganhando forma, ao mesmo tempo tí­mido, mas com volúpia, até que ele se desvencilhou e me olhou.


- Eu quero.


- O que?


Eu perguntei.


- Eu quero tentar. Quero ficar com você. Quero fazer isso dar certo.


Ele disse.


Eu sorri, já que aquele era meu desejo também.


Assim voltamos a ficar e as coisas a esquentarem como era de se esperar. Apesar dele ser versátil, ele sabia que o que eu curtia era ser ativo e não viu problemas nisso. Aos poucos fomos nos descobrindo, intensificando as carí­cias.


No entanto, nossas brigas eram frequentes, por qualquer motivo. Ele era baladeiro e eu caseiro, isso me deixava inseguro e enciumado. Já ele, tinha ciúmes de tudo e todos que se aproximavam de mim. Parecí­amos que falávamos lí­nguas diferentes, já que um simples "oi" mal interpretado, era motivo para discussão. Parecí­amos dois fios desencapados.


Um dia, depois de mais uma discussão besta que agora não me recordo o porquê, encontrei a Leticia no posto de gasolina. Ela me deu uma long neck e sorriu, tentando me animar.


- Hey meu bem, toma que você tá precisando. O que foi que aconteceu agora?


- A gente discute por tudo. Parece que falamos lí­nguas diferentes. A gente simplesmente não se entende. E aquele Ex dele parece uma praga. Agora persegue ele em todos os lugares, no trabalho, em casa, sei lá mais aonde. E eu não sei o que fazer... Se eu falo algo, ele fica bravo. Se eu não falo nada, também.


- Complicado, meu bem. Vocês já transaram?


- Leticia! Que pergunta é essa?! O que isso tem a ver?


- Ué... Você é super sexual e tá aí­ todo afim desse garoto, segurando uma barra atrás da outra e nem transou com ele. Você não acha meio estranho? Eu nem acho que vocês têm a ver um com outro... ele é bonito e tals, mas sei lá, não combina.


- Às vezes eu também acho, mas eu quero. Eu tô afim dele mesmo e eu quero. Vou fazer dar certo.


Eu disse.


Depois de muita conversa e até algumas risadas, eu saí­ do posto mais leve, mais calmo e disposto a resolver aquela situação. Fui pra casa dele e assim que ele abriu a porta, já começamos a discutir de novo. Diferente dos outros, ele batia de frente comigo e não abaixava a cabeça por nada. Era orgulhoso, com um sarcasmo elevado, que escondia toda uma insegurança e fragilidade que quase ninguém conhecia.


Eu já estava cansado de discutir. Agarrei-o pela cintura e o beijei com volúpia. Engoli a sua boca com paixão, apertando seu corpo no meu, sentindo a sua resistência se dissipar. Senti suas mãos escorregarem para dentro da minha blusa e suas unhas arranharem minhas costas, enquanto nossas bocas devoravam-se, famintas. Ele começou a tirar a minha blusa e eu percebi que o bendito momento havia chegado.


Nos despimos devagar, entre beijos e arranhões. Deitado, me fitando com aqueles olhos verdes e a mexa de cabelo loiro caí­da na testa, não parecia mais o cara valente de minutos atrás. Era só um garoto. Eu beijei seu corpo, mordiscando-o, com um pouco de urgência, até que cheguei no seu pau. Cheirei, esfreguei a barba, depositei vários selinhos em sua extensão, até que chupei por minutos a fio, fazendo-o arfar.


Se eu continuasse, ele iria gozar. Então, olhei-o nos olhos e ele me puxou, fazendo com que eu deitasse em cima dele. Afastou as pernas para que eu me encaixasse entre elas e engoliu minha boca, em um beijo quente, com as lí­nguas se enroscando sem parar. Olhei-o com os lábios semi abertos, entregando a camisinha, que ele colocou com delicadeza.


- Vai devagar, faz tempo que eu....


- Vou no seu ritmo.


Eu respondi, mordendo seu lábio e puxando.


Eu fui empurrando o quadril lentamente, até sentir a cabeça entrar e fui colocando, devagar, parando sempre que ele segurava minha cintura. Ele foi relaxando e nossos quadris foram ganhando movimentos próprios, enquanto a minha boca percorria seu pescoço. Senti suas mãos apertando a minha bunda, me fazendo ondular, entrar e sair de dentro dele.


Os cabelos loiros começaram a molhar com o suor e grudar em sua testa, enquanto nossos quadris se esfregavam e eu sentia seu pau ralar na minha barriga. Apoiei os braços e aumentei o ritmo, flexionando o corpo para frente e para atrás, vendo-o jogar a cabeça pro lado, com os lábios abertos, ofegando.


Ele segurou o pau e começou a se punhetar, no ritmo das minhas estocadas, me beijando faminto, gemendo na minha boca. Senti seu cu mastigar minha rola e sua mão movimentar-se mais rápido, até que seu pau esguichou, melando a sua barriga. Meti mais algumas vezes e em seguida gozei, apertando os olhos e apertando seu corpo no meu, misturando nossos fluidos.


Não dormi com ele. Preferi ir pra casa. Ainda não tí­nhamos intimidade para isso e ele havia me alertado que se mexia muito durante a noite, que certamente não me deixaria dormir. Fui sorridente, lembrando daqueles momentos na cama, certo que as coisas iriam melhorar, mas eu estava errado. Qualquer coisa era motivo de discussão. O Luciano era do tipo "explosivo" e eu não conseguia lidar.


Já ele, tinha ciúme até da própria sombra. Qualquer pessoa que se aproximasse de mim, mensagens, colegas, amigos. Para evitar brigas, fui me distanciando das pessoas, evitando lugares, para que assim pudesse ter um pouco de paz ao seu lado. Um dia, estávamos assistindo um filme e meu celular apitou.


- Quem é?


Ele perguntou, desconfiado.


- A Lê.


Eu respondi, sem dar muita importância.


- Você ainda tem contato com aquele carinha que você ficava?


- Tenho o contato no cel, mas faz tempo que não nos falamos.


- Hum.


Ele fez.


Eu continuei prestando atenção no filme.


- Por que você ainda tem o contato dele? Garanto que ele ainda é apaixonado por você.


- Eu não tenho motivos pra deletar ele da minha vida. Ele não fez nada.


- Não gosto disso.


Ele falou, visivelmente irritado.


É claro que aquilo culminou em mais uma discussão e com custo o convenci que não tinha nada a ver. Eu já estava ficando cansado de tantas brigas, de sempre pisar em ovos quando eu estava com ele, mas algo me fazia continuar.


Eu estava saindo do mercado, com algumas sacolas na mão, quando ouvi alguém chamando meu nome. Olhei e vi que era o Enzo. Na hora abri um sorriso e ele se aproximou.


- Quanto tempo, grandão.


Ele disse, me dando um abraço.


- Verdade. Como você ta?


Eu disse, alisando seu cabelo.


Deixei as sacolas no chão e ficamos ali conversando, como dois amigos, na frente do mercado. Ele me contava que ia entrar na faculdade e o que andava fazendo. Depois de algum tempo, me despedi e fui pra casa.


Mais tarde, fui para a casa do Luciano e resolvi fazer um jantarzinho com um vinho, embora ele preferisse cerveja. Estava picando as coisas e ele me observava apoiado no balcão.


- Hoje o Renato foi fazer escândalo de novo no meu trabalho. To com medo de perder o emprego por causa dele.


- Lu, isso aí­ já está indo longe demais, você não acha? Ele já fez escândalo pra sua famí­lia, amigos, no trabalho. Esse cara é psicopata. Eu posso falar com ele, dar um chega pra lá.


- Não. Eu não quero que ele saiba da gente. Ele não nos deixaria em paz. Além que tá muito recente ainda. Daqui a pouco ele desencana.


Ele disse.


- Já parou pra pensar que você fica me escondendo e com esse louco você fala?


- Eu não fico conversando. Só queria que as coisas acabassem amigavelmente. Eu não quero mais nada com ele. Eu quero você.


Ele disse sorrindo.


Dei um sorriso amarelo, meio aborrecido com aquilo, mas não iria estragar a noite por conta daquele babaca. Continuamos conversando e ele me contava as histórias engraçadas da sua infância, da sua famí­lia e estávamos dando boas risadas. Me servi mais de vinho e enchi um pouco a sua taça, olhando em seus olhos e sorrindo em seguida. Me aproximei e suguei seus lábios devagar, sorrindo. Começamos a nos beijar, mas paramos ao ouvir o apito do meu celular.


A tela acendeu e olhamos ao mesmo tempo para o visor.


" Foi muito bom te ver hoje. Eu estava morrendo de saudades. Te amo, vou te amar pra sempre..."


Ele olhou pra mim, sério.


- Gabriel, o que é isso?




.... Continua.


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Essa é um novo conto de Biel sabatini, conhecido pelos contos "Diários de um hetero" e "Que porra é essa?! Eu não sou viado, mas...". Os contos do Biel Sabatini já ultrapassaram a marca de 100 mil visualizações, que fez com que o autor criasse um blog para atender a imensa demanda dos leitores.


O grande sucesso que arrasta centenas de seguidores é que Biel, como é carinhosamente chamado, conta histórias reais, em relatos envolventes e rico em detalhes. Seu jeito de escrever é único e em breve seus relatos se transformarão em livro devido à grande repercussão das suas histórias.


Sempre carinhoso com os seus seguidores, Biel Sabatini desenvolveu várias colunas em seu blog para atender aos diversos pedidos que recebia, além de criar um espaço com entretenimento, informação e os contos tão amados pelo público.


Se você quiser saber mais sobre a encantadora história de amor de Allan e Gabriel: leia Bielsabatini. Wordpress. Com>


Se você ainda tiver curiosidade de ler o primeiro conto do autor, Que porra é essa?! Eu não sou viado, mas..., também poderá encontrá-lo completo em:


Bielsabatini. Wordpress. Comconto-que-porra-e-essa-nao-sou-viado-mas


Todos os capí­tulos, de ambos os contos, estão numerados por ordem e te desafio a conseguir parar de ler.


Siga no twitter: @biel_sabatini


Conheça o blog:

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*Publicado por Pepperboy no site climaxcontoseroticos.com em 04/02/18.


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