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O estranho do metrô

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 19/05/17
  • Leituras: 7365
  • Autoria: escarlate
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Era uma sexta feira abafada, como todos os dias são em São Paulo. Para variar, meu patrão fizera o favor de me impor que refizesse uma planilha. Eram quase oito da noite quandofinalmente cheguei à estação. De pé, eu passeava impaciente para lá e para cá. O salto do sapato fazendo toc toc, chamando a atenção de quem passava. A alguns metros, alguém me olhava. Ignorei e parei de andar. Passaram-se quinze minutos. O metrô não vinha e ele não parava de me olhar. Foi quando ele se levantou e veio até mim.

- Boa noite...

A voz era grave. Ele era bastante alto, devia ter entre 1, 90m e 2, 00m. Ombros largos, barba por fazer, um olhar cinza e o cabelo penteado para trás. Usava um terno azul marinho e uma gravata verde vômito.

- Eu sei... A gravata é horrí­vel. Mas foi presente de minha mãe e hoje fui almoçar com ela, então, nada melhor que agradar....

Sorri de leve, ainda desconfiada.

- Posso?

Estendeu a mão para mim e eu o toquei. Estava quente. O toque firme e seguro.

- Se está esperando o metrô para o Centro, relaxe. Só vem às 21:45.

Suspirei. Eu ainda teria que esperar quase uma hora e meia.

- Sou Paulo... Prazer.

- Micaela... Igualmente.

Conversamos amenidades. Ele era bem estranho, apesar de atraente e misterioso. Era sério, mas possuí­a um charme diferente. Não sei bem, mas prendia a minha atenção. O sorriso discreto, seguro. Quando finalmente o metrô assomou, eu suspirei.

- Já era hora!

- Foi um prazer conhecê -la, Micaela.

Estranhei.

- Você não vai embarcar?

- Não... O meu passou há 30 minutos.

Ele riu. Eu fiquei sem entender, mas levantei e me apressei ou perderia também. Quando a porta se fechou, vi-o colocar as mãos nos bolsos e ficar ali, de pé, até que sumiu de vista.

Quando saltei do metrô eram quase onze horas. Estava estressada e cansada. A rua deserta. Eu podia ter ouvido minha mãe, ter ido morar com ela. Mas, preferi morar só. Agora estava ali, cruzando as quadras que faltavam para chegar em casa. O único som que ouvia era o toc toc insistente dos sapatos.

Foi quando senti algo. Como se alguém tivesse me olhando. Me vigiando. Nunca fui muito medrosa, sempre achei que aconteceria o que tivesse que acontecer. Virei a cabeça umas três vezes para trás para me certificar. Não havia ninguém. Apressei o passo. Tive a sensação de ouvir passos atrás de mim. Não quis olhar. Sem perceber, acabei virando o pé, caindo sobre a calçada fria, ainda úmida da garoa fina da tarde. Minha bolsa abriu-se e espalhou tudo o que havia nela.

- Saco!

Quando consegui reunir tudo, saí­ mancando de volta ao meu caminho. Meu tornozelo doí­a. Só faltava isso. Ouvi novamente passos atrás de mim e gelei quando, passando por uma parede, vi um vulto atrás de mim, se aproximando. Tentei gritar, mas fui impedida. Senti duas mãos agarrando meu pescoço. Os dedos pressionavam minha garganta e eu me debatia, sem resultado. Senti uma leve tontura e vi tudo escurecer. Desmaiei.


Acordei num quarto estranho. Estava tudo claro lá fora, mas aqui dentro havia uma sombra por causa das cortinas. "Cor de vômito".

- É, Minha mãe tem um péssimo gosto para cores...

Gelei quando ouvi aquela voz. Ainda atordoada tentei levantar. Fui impedida. Ao olhar por cima da minha cabeça, vi que estava amarrada à cabeceira da cama. Uma cama escura, de madeira antiga. Só então notei que estava sem a camisa do trabalho. E sem saia. O que eu estava pensando? Eu estava completamente nua. E amarrada, mãos e pés.

- O que... você fez? É louco? Me solte agora ou vou gritar!

- Pode gritar à vontade. Vou gostar de ouvir seus gritos.

- Como você ousou tirar minha roupa?

- Não precisa ter vergonha. Tem um corpo lindo. Tive que ter muito sangue frio para não estupra-la enquanto a desnudava. Mas, quero você acordada. Bem acordada, para que possa sentir e reagir a cada ação minha.

- Ação sua? O que vai fazer?

- Uma mulher tão inteligente não deveria estar fazendo essa pergunta...

Eu fiquei desesperada. Aquilo não podia ser real. Eu não estava vivendo aquilo. Ele se apeoximou de mim, com o olhar sério, sentou-se na cama, que rangeu sob seu peso. Se debruçou sobre mim e eu tremi.

- Colabore... Pode ser até que você goste e peça bis...

Ele estendeu a mão por sobre minha cabeça, até uma taça sobre o criado mudo. Trouxe duas pedras de gelo, as quais colocou sobre os meus mamilos. Me contorci. Segurei o gemido, Mas era impossí­vel. A insistência do gelo sobre minha pele começava a arder e eu me debati para que ele tirasse.

- Relaxe... Vai aprender que o que dói também pode provocar prazer...

Dizendo isso ele deslizou as pedras de gelo até meu pescoço, fazendo o caminho de volta, indo até a barriga. Aquela água gélida se espalhava sobre a minha pele.

- Você está quente. Isso é bom...

Se apossando de mais uma pedra da taça, Ele a passou por minhas coxas. Eu estava inebriada. A sensação do gelo na minha pele era entorpecente. Me assustei, no entanto, quando ele direcionou a pedra por minha virilha, por minha pelve exposta por causa das pernas abertas. Ele abriu os lábios vaginais devagar, encostando o gelo em meu clitóris. Gritei, desesperada e excitada. O choque e a mistura de sensações de dor e prazer estavam me enlouquecendo. Foi quando ele penetrou-me com o gelo que eu não suportei e gozei. Foi um orgasmo demorado, molhado, insuportavelmente delicioso e eu não queria aceitar que aquilo tinha sido bom.

- Lembra do que eu disse?

Ele se ergueu e me deixou ali, pasma de prazer e espanto. Pude notar certa alteração em sua calça. O volume indicava que ele estava excitado.

- Estou sim... E não é pouco. Mas não agora. Não vou come-la agora. Vou fazê-la implorar para ser cosida por mim...

De seus bolsos ele retirou dois prendedores de ferro. Eu já havia visto alguns como aquele em bateria os para carro. A intenção dele ao aproximar-se me fez gritar.

- Não! Não faça isso! Por favor, não!!!

Foi como se nada tivesse dito. Ele prendeu cada um dos meus mamilos aquelas peças de aço. Pareciam cortar minha pele e senti lágrimas rolarem de meus olhos. Vi-o sumir por uma das portas e voltar com uma vela acesa, colocando-a sobre o criado mudo.

Quando o vi pegar uma venda, solucei alto. Não imaginava o que viria a seguir. Estava com medo.

- Por favor, não...

- Quanto mais você implora, mais tenho vontade de vê -la chorar, sofrer em minhas mãos...

Eu me calei e ele me vendou. Agora eu estava com todos os sentidos aguçados. O menor ruí­do me assustava. A dor dilacerava meus mamilos. Senti minha pele arder e gritei. Mais uma vez, em minhas coxas. O que ele estava fazendo eu não sabia. Sabia que me queimava. E ardia. E mais uma vez, na barriga. Nas pernas. Nós braços. Foram infinitas as queimaduras. E eu estava ansiosa. Pelo que viria depois. Foi quando senti sua mão abrindo-me novamente. E a dor rasgar meu corpo. De alguma forma, Ele queimara meu clitóris. Dor. Prazer. Tentava me soltar. Gritei. Chorei. Sem perceber, um dos orgasmos mais alucinantes que tive. De um só golpe, Ele me girou na cama, encaixando-se dentro de mim sem pestanejar. Pude sentir as veias alteradas e só consegui gemer, enquanto as mãos dele me agarravam o pescoço. Sentir-me sem ar. Ele penetrava loucamente, fazendo a cama inteira sacudir. Eu gritava. Uma das suas mãos soltou meu pescoço e tampou minha boca. Um intenso vai e vem, mais profundo e rápido até que achei que iria morrer. E Ele gozou. Gemeu alto e as mãos se afrouxaram em meu pescoço e minha boca. Ele deu dois tapas em minha bunda, arrancando a minha venda.

- Descanse, querida. Só descanse.



*Publicado por escarlate no site climaxcontoseroticos.com em 19/05/17.


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