Tentações cruzadas 08 — O livro em branco
- Temas: Descobertas
- Publicado em: 30/04/25
- Leituras: 246
- Autoria: TurinTurambar
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Caio se sentiu mais sozinho do que jamais esteve. Sem ter com quem compartilhar as agonias que sentia, ele dedicou seu tempo livre a um lugar onde poderia exercer a solidão absoluta. Sua casa, apesar de morar sozinho, não era esse lugar, pois Renan costumava bater em sua porta constantemente para conversar. Havia, então, criado seu próprio refúgio, que nem mesmo Renan conhecia. Era um lugar longe das buzinas, dos gritos da rua e dos sons da cidade. Longe, de Renan, Lívia e Úrsula.
Havia uma trilha na reserva florestal, quase coberta pela mata de tão pouco acessada. Era um lugar escondido, onde ele podia se sentar em um tronco de árvore e admirar o silêncio da natureza e o próprio vazio. Foi uma surpresa para ele ter mais o que admirar.
Um casal aparecer em seu campo de visão já era surpreendente, dado o fato de ser uma área mais remota. O fato de fazerem sexo ali o deixou impressionado. Caio sabia, em seu íntimo, que não deveria assistir à intimidade alheia e entendia que aqueles dois escolheram um lugar remoto justamente para não serem vistos. Ele não os julgava, mas também não conseguia deixar de assistir. Sentia tesão com aquela cena, mesmo se sentindo culpado. Em dado momento, a mulher parecia olhar em sua direção, como se tivesse percebido sua presença. O comportamento mudou, tornando-se ainda mais lascivo e Caio pensou se aquilo não seria exibicionismo para ele. Ele só conseguiu sair após o casal terminar. Foi uma experiência curiosa, que o fez se desligar dos problemas com mais eficácia do que a própria meditação. O que ele não esperava era que aquela mulher entraria no mesmo elevador que ele no dia seguinte.
Deu um “boa noite” fraco, como se a voz não quisesse sair da boca. Em um instante, viu o rosto e a reconheceu. Lembrou-se da cena com ela quatro com a bunda empinada, volumosa e as coxas grossas e percorreu os olhos por suas curvas. Isso tudo em segundos quando percebeu que ela o olhou e voltou seus olhos ao chão. No seu andar, ele desceu, mas antes de abrir a porta do apartamento, ele conheceu a voz daquela mulher.
— Ei, posso conversar com você um instante?
Havia acabado de descobrir ter espionado o sexo de seus vizinhos. Caio já ouvira falar de Sonia, uma advogada conhecida por alguns casos difíceis que morava na cobertura. Sentiu medo dela ameaçar de alguma forma. Talvez o processasse, o denunciasse ou qualquer outra forma de prejudicá-lo por estar no lugar errado e na hora errada. Queria fingir não ter ouvido o pedido, batido a porta e se escondido no apartamento, mas não conseguiu. Apesar da fama de advogada implacável, Sonia tinha uma voz doce, para a qual não conseguia dizer “não”. Pelo contrário, um chamado daquela voz parecia um privilégio.
Passando por cima de seus medos, Caio a deixou entrar.
O apartamento de dois quartos, sendo um deles uma suíte, era grande demais para um homem viver sozinho. Os poucos e pequenos móveis davam ainda mais noção de vazio, refletindo sua solidão. Caio puxou uma cadeira na pequena mesinha de jantar e a ofereceu a Sonia para se sentar. O tamanho reduzido da mesa deixou ambos bem próximos.
— Você sabe porque quero conversar com você, não sabe?
— Sim, sei. Olha, não quero problemas, tudo bem? Meu único amigo nesse prédio agora me odeia e não converso com mais ninguém aqui, então não se preocupe, que ninguém vai ouvir de mim sobre o que vi. Não queria espiar a senhora. Aquele era só um canto onde costumo ficar sozinho. — respondeu Caio numa velocidade que transparecia seu nervosismo.
Sonia arregalou os olhos.
— Querido, calma. Primeiro, por favor, não me chame de senhora. Eu que devo pedir desculpas. Sou advogada e sei bem que não devia fazer o que fiz. Eu gostaria, sim, que você não contasse nada sobre isso a ninguém, mas acho que não preciso me preocupar com você.
— Então, por que quer falar comigo?
— Quero te conhecer melhor.
— Bom, o que quer saber de mim?
— Primeiro, se gostou do que viu.
Caio enrubesceu. Sonia fazia aquela pergunta, olhando nos olhos. Tinha o tom de voz doce, mas uma expressão enigmática que deixava seu interlocutor com medo de dar a resposta errada. Sem saber o que dizer, ficou calado. Para a advogada em sua frente, era sinal de que teria mais trabalho do que imaginava. Era um bom sinal.
— Desculpa, eu chego fazendo essas perguntas e deixo você nervoso. Acho melhor eu falar de mim primeiro. Bom, meu nome é Sonia, sou advogada, como já falei, e moro na cobertura daqui. Eu e meu marido, Sebastião, abrimos nosso casamento alguns anos depois de nossos filhos saírem de casa. A gente já fez bastante coisa incomum para um casal normal e o que você assistiu foi apenas uma delas.
Sonia percebeu o semblante do rapaz mudar. Ele não parecia assustado, e a olhava com atenção. Para ganhar a confiança dele, precisava confiar nele antes.
— Por exemplo: outro dia, peguei um vestido bem curto e fui num canto isolado da cidade, onde mulheres fazem programa. Fingi ser uma delas e o Sebastião fingiu ser um cliente. Ele me fez subir o vestido no meio da calçada e mostrar meu corpo para ele, e então ele me pediu para entrar no carro. Começamos a transar ali e estava ótimo até os curiosos aparecerem e cercarem o carro.
Caio franziu o cenho, assustado.
— Fique tranquilo, não aconteceu nada além do susto.
— Por que vocês fazem isso?
Sonia abriu um sorriso discreto pelas primeiras palavras curiosas de Caio. Depois, torceu os lábios, olhando para o teto, procurando em sua memória o começo desse capítulo em sua vida.
— Talvez pela monotonia. Antes de nos conhecermos, eu era bastante namoradeira e Sebastião não era diferente. Quando começamos a namorar, tínhamos uma relação tão boa que nem pensávamos em ficar com mais ninguém. Casamos rápido, tivemos filhos, os criamos, mas quando eles foram embora, o vazio tomou conta de nossa casa. Foi quando começamos a pensar em conhecer outras pessoas. Começamos indo em uma casa de swing, apenas para olhar. Com o tempo, começamos a transar com os outros casais. Era gostoso, mas sentia falta de algo. De lá para cá já fizemos de tudo um pouco. Já transei com outros homens, com mais de um, até. O Tião já pagou caras para ficarem comigo, mas sempre falta algo.
— O que acha que falta?
— Eu ainda não sei. O ambiente de casas de swing costuma ser seguro, mas nunca tive nenhum vínculo legal com ninguém por lá.
— Imagino que lá não seja o lugar para criar vínculos.
— Exato! Daí já tentamos aplicativos de relacionamento, mas nunca me senti segura com os homens que conheci. Tenho uma carreira que pode ser arruinada se arranharem a minha imagem. Para buscar sigilo, tentamos garotos de programa, mas eles são robóticos demais. Enfim, sempre falta algo.
— Entendo. Você sente falta de conexão.
— Isso mesmo!
— Você sente falta de conexão com o seu marido?
A pergunta fez Sonia abrir um sorriso. Percebeu no tom da pergunta uma curiosidade genuína, ao invés de um julgamento.
— Pelo contrário. O Sebastião é incrível. Nenhum homem me deu prazer como ele até hoje. Aliás, só fazemos isso porque a conexão com ele é perfeita.
Caio franzia o cenho, numa expressão de quem ficou com mais dúvidas do que certezas.
— Já teve um momento com uma mulher, em que sentiu essa conexão nascer? Quando você compartilha algo com alguém e tem uma emoção forte que faz parecer que o tempo parou?
Lembrando imediatamente de sua conversa com Lívia, Caio assentiu com um gesto com a cabeça.
— Então, esse sentimento só acontece na primeira vez. Quando a gente está se conhecendo, se entregando. Depois, tudo muda. É diferente do amor, que dura ao longo dos anos. Quando confessei ao Sebastião que sentia falta de algo, ele disse que me ajudaria e tem feito isso até hoje. É o que me faz amá-lo ainda mais.
— Entendo. Onde entro nessa história?
— Eu e Sebastião já fizemos coisas com pessoas assistindo. É gostoso quando as pessoas só olham, mas logo querem fazer algo comigo num momento em que não queria nada com mais ninguém… — Sonia faz uma pausa e respira antes de decidir mudar o tom do discurso. — Para você ter uma ideia, uma vez eu estava numa casa de Swing, cavalgando um homem em cima de um sofá. Todos estavam olhando e aquilo me excitou demais. Eu rebolava, me exibindo para todos eles, mas aí apareceu outro homem e começou a tocar o meu corpo. Eu queria ser só olhada naquele momento, mas estava tão excitada que não reclamei. Achei que ficaria só nisso quando percebi ele se ajeitando para meter no meu cu.
Caio arregalou os olhos, assustado.
— Por sorte, Sebastião estava junto e intercedeu na hora, mas eu já tinha perdido o tesão. Você foi o primeiro que se manteve olhando o tempo todo sem sair do lugar. Isso me deixou à vontade para me exibir. Gozei tão gostoso que pedi para ele me comer de quatro só para você assistir. Daí, hoje, eu sou surpreendida com você, no mesmo elevador que eu. Você abaixa a cabeça com vergonha, mas antes me olha de um jeito que conheço muito bem.
— Me desculpe por isso. Não queria constranger a senhora.
Sonia balança a cabeça negativamente, mas com um sorriso discreto no rosto.
— Querido, acho que você ainda não entendeu. Não quero que peça desculpas por querer me comer. É exatamente o oposto.
Caio engoliu em seco.
— Sei que você é bem tímido e não vou ficar pressionando você. Só queria te dizer que pode ficar à vontade comigo. Adoraria que me olhasse daquele jeito que me olhou hoje, antes de abaixar os olhos.
Sonia tinha uma voz doce, somado a isso, ela contava suas histórias e se abria sobre seus desejos com naturalidade. Aquilo excitava Caio na mesma proporção na qual o deixava desconcertado. Ele a olhou nos olhos e não viu um olhar lascivo de alguém desesperada por saciar desejos, mas sim um convidativo a uma troca sincera. Não havia pressão alguma e aquela troca de olhares deixou o rapaz mais à vontade. Seu olhar saiu dos olhos dela e escorregou até os botões abertos na camisa, buscando um vislumbre dos seios espremidos pelo sutiã. Sonia exibiu um sorriso de satisfação e abriu mais dois botões de sua camisa, deixando seu busto um pouco mais exposto. Ela entendia já ter quebrado um pouco da timidez de Caio, mas se surpreendeu quando ele finalmente se expressou espontaneamente.
— Fique sabendo, eu adorei o que vi naquele dia.
Mordendo os lábios, Sonia sentia seu rosto queimar. Era uma mulher experiente, que, com o consentimento do marido, já havia experimentado diversas experiências sexuais. Já transou com homens de todo o tipo, mas era a primeira vez em que se esforçava em quebrar a timidez de alguém. Imaginou precisar de mais tempo para isso e já se sentia satisfeita em ter a confiança dele. Uma postura mais explícita foi uma surpresa.
— O que gostou mais, me ver de quatro?
— Sim, o seu corpo é incrível.
— Tenho quarenta e cinco, acredita?
— Está em ótima forma.
— Pode falar que sou gostosa. Eu deixo. — disse Sonia, com um sorriso um pouco mais sapeca no rosto.
Caio sorriu, sem graça.
— Gostosa de olhar e de ouvir.
Sonia suspendeu as sobrancelhas.
— Seu gemido é tão doce quanto seu jeito de falar.
— Nossa, você pode me ouvir de lá?
— Sim. Se está preocupada com outras pessoas te ouvirem, fique tranquila. Por mais alto que tenha sido, ainda é tão suave que quem mais tenha ouvido o confundiu com os sons da natureza. Só quem viu o que você fez iria apreciar.
Sonia sorriu, envaidecida.
— Minha voz é isso tudo?
— Não é só a sua voz, é o seu jeito. Você transmite muita suavidade enquanto fala. Eu mesmo me sinto mais calmo conversando com você. Sua voz é bonita, calma e continua assim mesmo fazendo o que você fazia.
— Fazia? O que eu fazia, Caio?
Caio olha para os lados, sem saber como responder. Sonia percebia aquele mais solto, mas ainda com limitações.
— Eu estava fodendo, querido. Não precisa ter esse cuidado para falar comigo. Meu marido estava me fazendo de puta no meio do mato, me comendo de quatro.
Recostando-se na cadeira, Sonia abriu um sorriso. — Falar putaria é bom, não se reprima.
Caio sorriu, meio sem jeito. Sonia percebeu o rapaz ainda desconfortável e decidiu falar mais sobre si.
— Acho fofo você reparar isso tudo na minha voz, mas não gosto disso. Já é difícil me impor no tribunal com essa voz e é ainda mais quando quero que um homem me trate do jeito que gosto. Sou uma puta casada, Caio. Você viu eu fodendo com o meu marido ao ar livre na sua frente, rebolando no pau dele, quando percebi você me olhando. Tem alguns homens que querem me tratar como uma bonequinha quando eu só quero ser uma piranha qualquer. Eu não queria parecer doce, queria ter mais jeito de vagabunda.
O desabafo de Sonia fez Caio sorrir, mas não um sorriso sem jeito. Aquela mulher se abria com ele desde que entrou em seu apartamento, mas pela primeira vez ela não se mostrava tão plena.
— Já parou para pensar que é justamente isso que te deixa… — Caio olha para o teto, gesticula enquanto procura a melhor palavra para usar, sem sucesso. — Mais gostosa?
Um sorriso curioso brota no rosto de Sonia. — Como?
— Bom… — Caio faz uma pausa e respira fundo — É algo que faz você única. Se o seu jeito sugere ser uma mulher mais doce, mas seu comportamento na cama for o oposto, quer dizer que você oferece uma experiência exclusiva.
— Você fala bonito demais, mas parece não dizer nada. — respondeu Sonia, com uma expressão mais fechada.
Respirando fundo mais uma vez, Caio olhou para o lado e mordeu o lábio, tentando medir as palavras. A essa altura, já entendia não precisar disso, mas ainda lhe faltava coragem para se soltar. Respirou fundo mais uma vez e deixou as palavras saírem — Seu jeito doce e seu comportamento de piranha fazem de você uma puta diferenciada. Foi isso que quis dizer.
Sonia gargalhou. Mesmo o riso solto mantinha a suavidade habitual. Sonia não era escandalosa nem mesmo quando pega de surpresa.
— Adorei, querido! Mais ainda por ver você se soltando.
Num clima mais leve, Sonia percebia Caio ainda mais relaxado. Sentindo o rapaz mais à vontade, foi mais ousada e quis saber mais sobre ele. Perguntou sobre os relacionamentos e uma pergunta foi puxando a outra. Assim, o clima ameno da conversa virou, pois a cada pergunta respondida, Caio deixava um rastro de desabafos. Por um longo tempo, falou sobre sua solidão, a dificuldade nos relacionamentos, a relação com Renan e Lívia e a forma brusca como a amizade foi interrompida. Contou sobre a admiração por Úrsula e a forma cruel como o ex-amigo usou isso para atingi-lo. Sonia percebeu que ali havia mais do que mera timidez, mas não sentiu pena. Pelo contrário, naquelas horas conversando, sentiu-se mais próxima dele e com um desejo natural de ajudá-lo, mesmo que para isso precisasse de palavras mais duras.
— Vou falar algo desagradável, mas estamos sendo sinceros aqui. Boa parte do que aconteceu com você é culpa sua.
Caio arregalou os olhos. Era a primeira vez que conversava com alguém sobre os últimos acontecimentos e também a primeira em que se abria para alguém que não fosse Renan ou Lívia. Sempre foi uma pessoa fechada e, ao se abrir, não esperava ouvir algo mais duro. Sonia, foi além.
— Pelas dificuldades que você tem, você aceitou uma amizade com alguém que dita tudo na sua vida. Você se apegou demais a ele, como uma zona segura. Entenda, todos devemos ter amigos, mas não podemos ficar dependentes de um só. Ele foi covarde com você, mas todos falhamos. Pessoas falham. Não sei como deve ser difícil para você se relacionar, mas não pode usar isso como desculpa para sobrecarregar de expectativa a primeira pessoa que se aproxima.
Pego de surpresa, Caio não respondeu. As palavras eram duras, mas sensatas. Mesmo assim, parecia injusto sentir aquela agonia após passar o que passara, quando finalmente estava tendo um momento agradável. A vergonha se impôs e Caio voltou os olhos para o chão. Sonia sentiu aquele rapaz regredir e se levantou. Deu a volta na mesa e se sentou ao lado dele. Com as mãos, segurou o rosto dele, fazendo-o olhar em seus olhos.
— Não abaixe a cabeça. Não se esconda! Ouvir essas coisas dói mesmo, mas estou te dizendo isso porque quero ser sua amiga. Você precisa entender que não pode viver se cercando apenas pelos que falam o que você quer ouvir e abaixando os olhos no primeiro desconforto que tiver. Amadurecer dói mesmo.
Os dois se olhavam nos olhos. Os de Caio lacrimejavam, em meio à confusão de sentimentos. As mãos macias lhe seguravam o rosto, guiando seus olhos para um olhar cheio de ternura. Os dois mantinham-se conectados pelos olhos e Sonia deixou seus lábios tocarem os de Caio. Foi um toque breve, delicado, mas assim que fez menção a se afastar, Caio a puxou de volta contra si, dando-lhe um beijo afoito. Ela precisou de um pouco mais de força para se afastar.
— Vamos devagar!
— O que fiz de errado?
— Nada de mais, mas você está nervoso. Pode ser pela nossa conversa, mas é melhor você se acalmar. Posso tomar um banho aqui?
Confuso, Caio deixou. Separou para ela uma camisa sua e uma toalha. O apartamento, grande demais para ele, tinha dois banheiros e decidiu tomar seu banho no banheiro da suíte. Seu banho foi demorado, ao ficar com a cabeça sob a água fria por vários minutos, tentando processar o turbilhão de sensações que estava sentindo. Saiu do boxe, se enxugou e vestiu um short e uma camiseta. Na saída do quarto, ainda confuso, sem imaginar o que aconteceria, encontrou Sonia sentada no sofá. Com as pernas cruzadas, ela se mantinha elegante, mesmo vestindo apenas uma camisa. Ela se levantou e se aproximou dele. A camisa se moldava nos seios dela e se estendia até um pouco além do quadril. As pernas de Sonia eram grossas e Caio não tirava os olhos delas. O mesmo olhar que Sonia percebera no elevador.
— Fecha os olhos — disse Sonia ao ficar bem próxima a ele.
Caio obedeceu.
— Agora me abraça. — pediu ela. As mãos de Caio se envolveram em sua cintura, puxando-a contra si.
Os seios se espremeram no corpo dele e as coxas de ambos roçavam.
— Você vai sentir a minha língua e vai relaxar. Não precisa fazer força e nem se esforçar. Só pense no quanto o carinho está sendo gostoso e vai perceber que seu corpo reage sozinho.
Assim, Sonia aproximou os lábios dos de Caio, que tentou beijá-la assim que a sentiu mais próxima. — Calma! — disse ela ao afastar o rosto. Ela aproximou os lábios mais uma vez e o provocou, passando a ponta da língua pelos lábios dele. Ao perceber Caio se contendo, ela invadiu lentamente a boca do rapaz. Dessa vez, não houve afobação, com as línguas se esfregando em harmonia, provocando gemidos mútuos.
— Que beijo gostoso, Caio! — disse Sonia, antes de dar outro beijo. — Se me deixar sentir a sua língua, seu beijo fica mais excitante. É tudo sobre isso, querido. De sentirmos mutualmente e deixar rolar.
As mãos de Caio descem pela bunda de Sonia e a apertam. Os dois se beijam mais uma vez.
— Isso, querido! Meu corpo é todo seu, pode me apertar como quiser.
Caio suspendeu a camisa, deixando a bunda de Sonia exposta e a apertou diretamente. Mais gemidos abafados pelos beijos eram ouvidos e os dois gradualmente entrelaçavam suas pernas. Ele subiu mais a mão e encontrou os seios dela.
— Deixa eu te mostrar uma coisa — disse Sonia. Ela levou a boca ao pescoço dele. Distribuiu beijos e lambidas, arrancando gemidos diversos dele.
— Entendeu o que fiz? Faz em mim agora. — Disse Sonia. Caio imitou sua amante, explorando o pescoço dela com beijos e lambidas. Prestava atenção aos arrepios e gemidos dela, decorando os pontos onde ela gemia mais.
— Você aprende rápido! — disse Sonia, entre gemidos.
Com os corpos entrelaçados, a ereção crescente de Caio era cada vez mais evidente. Sonia se ajoelhou e abaixou o short dele. Segurou o membro dele com um sorriso travesso no rosto. O masturbou lentamente e, no meio dos movimentos, deslizava a língua em sua extensão. Caio gemia, se apoiando na parede com a mão para não perder o equilíbrio. As lambidas esporádicas lhe causavam um suspense por não saber se ela o colocaria na boca em algum momento.
Em dado momento, ela simplesmente o engoliu de uma vez só.
Sentir seu membro na boca de Sonia fez Caio gemer mais alto. O vai e vem úmido e macio o deixava inquieto, com gemidos descontrolados e espasmos de alguém que não sabia lidar com tamanho prazer. Caio logo gozaria e Sonia fez questão de parar antes disso e o levar para o quarto. Antes de subir na cama, ela tirou a camisa, se pondo nua de quatro sobre o colchão.
— É assim que gosta de me ver, não é? Então, vem e me come!
O pedido naquela voz doce o enlouquecia. Caio subiu apressado na cama, mas logo se lembrou das dicas dela sobre o beijo e tratou de evitar afobações. Penetrou-a devagar e sentiu cada centímetro do seu pau invadir aquele espaço úmido e apertado. Seus gemidos ressoaram com os de Sonia. Ao entrar inteiro, ele puxou para fora, no mesmo ritmo lento, até ficar apenas a cabeça dentro dela. Ele se deliciava com as sensações no seu pau enquanto Sonia torcia o pescoço para olhar por cima do ombro.
— Seu pau é gostoso, Caio. Continue assim, comendo a sua putinha.
Ele continuou assim, metendo devagar, buscando a melhor velocidade e testando Sonia pelos gemidos.
— Tenta mais forte agora, querido.
Caio apertou a cintura de Sonia e começou a meter mais forte, ouvindo aqueles gemidos doces ganharem intensidade.
— Meu cabelo, Caio. Puxe o meu cabelo!
Com o puxão de cabelo de Caio, Sonia arqueou ainda mais as costas, olhando para frente. O rapaz sentiu o poder de subjugar aquela mulher. Sonia era dele e sentiu-se no poder de fazer o que quisesse. Assim, foi quando deu o primeiro tapa em sua bunda.
— Ai, querido. Está aprendendo rápido a me comer. Pode bater mais forte e me fode gostoso.
A provocação surtiu efeito e Caio a estapeou com a mão mais pesada. Seu quadril se movia com mais contundência até ele não aguentar mais. Ele se debruçou sobre Sonia e a abraçou, enquanto gritava. Seu corpo tremia e seu quadril fazia movimentos rápidos e curtos de vai e vem enquanto gemia descontrolado. Sonia sustentou o corpo dele sobre si e levou uma mão para cima, buscando lhe afagar a cabeça, enquanto os lábios buscavam os dele para um beijo.
Foi um m orgasmo forte para Caio, que custou a se recuperar. Sonia passou a noite naquela cama, mas nenhum dos dois dormiu. Ela o viu como um livro em branco, e passou a noite escrevendo nele por inteiro.
*Publicado por TurinTurambar no site climaxcontoseroticos.com em 30/04/25. É estritamente proibida a cópia, raspagem ou qualquer forma de extração não autorizada de conteúdo deste site.