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A Herança

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 13/02/17
  • Leituras: 3286
  • Autoria: Medusasexy
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Meu telefone tocou na manhã daquele domingo, era meu chefe pedindo que eu fizesse um programa naquela noite, ele atenderia ao pedido de um cliente especial.

- O cachê desta noite é muito bom, Mila. Eu cobrei bem do cliente.

Ele sempre falava isso quando sabia que ouviria um não, em seu mundo o dinheiro movia todas as coisas.

Ele não deixava de ter um pouco de razão, mas não totalmente.

Eu já sabia do lance daquela noite, porém eu fui excluí­da da relação, e se ele estava pedindo para eu ir, e até pediu por favor, é porque ele não tinha meninas suficientes para atendê-lo.

Mesmo eu tendo receio de ir ao lugar onde seria o evento, eu atendi seu pedido, não queria fechar as portas, pois a gente nunca sabe como será o dia de amanhã.

A grana também era boa mesmo, visto que acompanharí­amos senhores refinados em uma festa que aconteceria em uma boate famosa por rolar eventos fechados a um público exclusivo e privilegiado.

Dois homens, eu e mais seis meninas da agência seguimos até o inferninho badalado. O proprietário era um cara famoso nas altas rodas, tanto quanto era no submundo; seu apelido era God, pois diziam, em conversas reservadas, que ele é quem decidia quem vivia e quem morria na sua comunidade.

A maioria dos convidados (homens) era proveniente de bairros nobres e com um poder aquisitivo elevado. Todos, de alguma forma, tinham uma ligação um pouco mais estreita com o God; ou eram negócios ilí­citos em comum ou o "rabo preso" por algum motivo.

Quanto as meninas... Eram garotas de programa em sua grande maioria, mas havia também as "peguetes" dos caras. Ninguém levava a esposa ou namorada, pois a festa era um vale tudo.


O evento era fechado e acontecia com frequência, e era nomeado pelo dono. Aquele foi batizado com o nome singelo de "Princesas Pistoleiras".

Eu ainda estava bebendo do meu primeiro drink quando aconteceu o que eu temia... O irmão mais novo do God se engraçou comigo. Fui aconselhada pelas meninas a ser gentil e aceitar o convite do cara. Ele praticamente ordenou que eu o acompanhasse a um dos quartos nos fundos daquele Oásis da periferia. Fiquei temerosa, pois nós meninas já sabí­amos da sua fama de doidão e ligação com o narcotráfico, e costumava ser violento com mulheres sem precisar de motivos significativos. Eu não daria motivo nenhum, meu desejo era fazer o meu trabalho direitinho e sair inteira daquele lugar, não seria apenas a profissional, seria a sua cadelinha se fosse preciso.


Após ele fechar a porta e ficarmos somente nós dois naquela suí­te, eu não senti mais medo, a adrenalina de situações de risco sempre mexem com meus hormônios, comecei a curtir aquele momento e relaxei dentro do possí­vel. Relaxei ainda mais quando vi aquela cadeira erótica tipo o "S" do Senna. Pirei grandão, desde sempre desejei transar em um bagulho desse.

Havia uma garrafa de uí­sque, copos e gelo em uma mesinha, porém ele quis o sexo em primeiro lugar.

Foram segundos para ele deixar-me pelada e melada com sua baba em minha boceta e seios. Só depois ele se despiu e invertemos a posição, ele deitou na longa e curva cadeira, eu deitei com meu tronco sobre suas pernas, fui subindo devagar serpenteando meu corpo e deslizando meus seios por suas coxas enquanto eu o mirava com minha carinha mais safada e meu sorriso de vadia. Brinquei com seu membro em minha boca por algum tempo. Depois o apertei entre meus seios, todavia, o bruto ficou impaciente e mandou eu subir logo em cima dele.

Minha escalada terminou quando meus lábios alcançaram os dele, e claro, com um puxão nada delicado que ele me deu. O cara me chamou de putinha safada e agarrou meus cabelos e me beijou com ferocidade. Lí­ngua e dentes judiaram da minha boca, senti que meu lábio inferior sangrou com suas mordidas animalescas. Levantei o tronco e direcionei seu membro em minha vagina, rebolando e soltando meu corpo e o deixando ir cada vez mais fundo em minhas entranhas. Ele agarrou meus seios os apertando e espremendo em suas mãos... Ahh! Gemi bem vadia "quicando" sobre seu pinto em uma cavalgada alucinante.

Meu peito estava todo vermelho e dolorido quando ele finalmente gozou; só então parou de apertar meus seios e de dar tapas na minha bunda e pernas, que também já estavam doloridas. Eu acabara de gozar pela segunda vez, sentia dores em meu corpo, mas eram dores que proporcionavam prazer devido aos momentos de pegação que acabara de viver naquela cadeira.


Eu estava imaginando as várias posições que ainda poderí­amos explorar naquela obra de arte quando ouvimos barulho de carros que chegaram rápido e frearam bruscamente. No mesmo instante ele levantou e pediu para eu servir um uí­sque para nós enquanto ele ia urinar. Um minuto depois eu ouvi um barulho de vidro quebrando no banheiro, era como se alguém tivesse atirado algo grande na janela e a destruí­do. Antes que eu perguntasse o que foi que aconteceu, quase desmaiei ao ouvir um estrondo enorme e ver a porta do quarto vir a baixo após ser arrebentada, e vários policias invadiram o quarto gritando ao mesmo tempo:

- NÃO SE MOVA! MOSTRE AS MÃOS!

Fiquei aterrorizada ao ver aquele monte de homens armados. Eu estava nua e não sai do lugar. No susto larguei a garrafa do Jack Daniels e o copo em que havia colocado uma dose dupla do lí­quido precioso. Vi tudo movendo-se lentamente, garrafa e copo se espatifando quando chegaram ao chão, e um homem todo de preto levantando o braço empunhando uma arma e mirando em minha direção. Era uma sensação estranha, como se eu estivesse assistindo a um filme em câmera lenta. A velocidade voltou ao normal quando ele ficou cara a cara comigo e vislumbrei o buraco daquele cano enorme apontando para minha testa. Ergui os braços tremendo de medo e murmurei quase sem voz:

- Não atira, moço.

Policias correram para o interior do banheiro e gritaram que um indiví­duo saltara pela janela. Os policias acharam uma arma e munição que estava junto com a roupa do fugitivo.

Após dar uma explicação rápida sobre o que eu fazia ali e com quem estava, e que não sabia nada de arma e do cara, mandaram eu me vestir.

Eu tentava fazê-los entender que eu estava trabalhando e repeti inúmeras vezes que não sabia de nada sobre o cara. Fiquei um tempão me explicando para um policial que deveria ser o chefe, e mais um outro que ficava me ofendendo.

O suposto chefe, que depois fiquei sabendo que era um tenente do Grupo de Operações Táticas (GOE) me liberou. Eles vieram cumprir um mandato de busca e apreensão, o irmão do God era suspeito de homicí­dio e eles vieram na sua captura.

O peladão conseguiu se safar - é sangue ruim mesmo.

Os policias não acharam mais nada de ilegal naquela festa, só gente bêbada e disposta a liberar uma grana para continuar se divertindo sexualmente.

O susto foi enorme, mas a diversão foi até de madrugada.


Ouvi sons de sirene da polí­cia tocando em minha cabeça... Jesus! Que alí­vio, era meu interfone. Estava desmaiando de sono, e mal consegui levantar, havia chegado da festa a menos de três horas, precisava tanto dormir mais umas 5 horas.

Atendi. Era manhã de segunda-feira. O porteiro disse que tinha uma encomenda em meu nome e que eu teria que descer, visto que o motoboy só entregaria para mim.

Voltei da portaria com uma caixa leve, de uns 50 cm e sem remetente. O motoboy também não disse quem a enviou, ele só faz a entrega. Abri o bagulho com medinho (vai que tem uma bomba dentro... rs). Continha uma pasta de plástico e dentro dela havia uma documentação e um bilhete que dizia:

"Mila, perdoe a minha maneira rude de ser e meu modo estranho de gostar. Agradeço os momentos únicos de alegrias e prazeres que você me proporcionou nos meses em que convivemos. A cada encontro o seu carinho fez com que eu esquecesse o mundo de hipocrisias em que estava atolado.

Antecipei minha partida porque fiquei sabendo que corria riscos, mas você estará segura, pois não tem nenhum envolvimento com meus negócios ou com minha famí­lia. Alguém invisí­vel estará cuidando de sua segurança por algum tempo, quanto a mim, permanecerei muito distante, talvez para sempre."

Eu que já estava muito assustada, fiquei completamente apavorada com aquelas frases que acabara de ler. Continuei lendo:

"Você ainda é muito jovem, tente esquecer esta história e recomece sua vida. Acredito que já tenha aberto a valise que sua amiga retirou do guarda volumes da rodoviária. Use com inteligência e muita discrição os 250 mil dólares, não voltarei para pegar, o dinheiro agora é seu, assim como a residência em que mora. Siga as instruções anexas para formalizar a posse do imóvel.

Recomendo que não conte para ninguém que eu lhe dei o apartamento e que possui esse dinheiro. Peço também que queime este bilhete após ter lido e não comente nem com pessoas de sua inteira confiança que teve contato comigo após aquele sábado em Camboriú.

Seja feliz menina.

Beijos com amor e carinho.

Matheus."


"Então eu estava certa por desconfiar que estivesse sendo seguida." Pensei, e só fiquei com mais medo ainda.

Verifiquei os documentos da pasta... Geeente! Era mesmo a transferência do apto em que moro para o meu nome, me bastaria aceitar o presente. Junto tinha instruções e um endereço para eu ir resolver a parada. Esse homem realmente me surpreendeu, daria pulos de alegria se não estivesse tão apavorada.

As datas impressas nos documentos eram de um dia depois do sumiço dele. O danado esteve em Campinas na segunda-feira.

"E quanto à chave que encontrei na valise? Ele não disse nada!" Fiquei me perguntando, mas não queria nem saber, vou esconder a bicha e deixar quieto.

Fui até a cozinha e coloquei o bilhete em uma vasilha de barro e após acender o fósforo fiquei pensando em guardar aquilo que serviria como prova de que recebi o imóvel e os dólares como doação e por livre e espontânea vontade do Matheus... Aiii! A chama do fósforo alcançou meus dedos, joguei o danado longe. Pouco depois de molhar meus dedinhos doloridos eu refleti melhor sobre o bilhete, logo depois eu o queimei.

Consegui marcar com o advogado indicado pelo Matheus (em seu bilhete) na tarde daquele mesmo dia. Fui até seu escritório e após deixar-me inteirada de tudo ele me acompanhou até o cartório... Uhuuu! O apto era meu, nem acreditei, estava tão feliz que transaria com o Doutor como agradecimento se ele se mostrasse interessado, porém não rolou.

Eu já sabia que os dólares era dinheiro de verdade e o próximo passo era esconder a minha fortuna, já que usaria aos poucos sem dar na vista. O esconderijo seria em meu apto e já tinha planejado como: sai para comprar um cofre e pagaria para um conhecido deixá-lo invisí­vel em algum lugar do imóvel.

Após combinar por telefone com o seu Tobias, um marceneiro e também um faz tudo, na manhã seguinte ele saiu cedinho de Brotas e veio atender meu pedido. O conheci quando ele prestava serviços para a imobiliária que trabalhei algum tempo atrás naquela cidade. Era um senhor simples e eu sabia que poderia confiar nele e em sua discrição.

O homem trabalhou duro, ao final do dia o serviço estava feito e superou minhas expectativas, tanto que dei uma boa gratificação quando paguei pelo serviço. Ele se foi no táxi fretado que chamei para levá-lo para casa.

Seu Tobias fez um fundo falso em um dos meus móveis (Ham ham! Não vou contar em qual móvel foi... rs.) e instalou um cofre Multi-lock modelo com códigos que são digitados em um teclado.

O mesmo foi parafusado no piso com buchas especiais, resistentes e enormes. Ou seja, mesmo se alguém descobrisse "minha caixa forte", não conseguiria abrir ou retirar a coisa do local (a menos que por livre e espontânea pressão, claro, me fizesse contar o segredo).

O dinheiro estava seguro. Já havia ligado para meu chefe e passaria na agência ainda naquela semana para encerrarmos nosso ví­nculo.

Deixaria a Yasmin responsável pelos pagamentos de serviços e taxas referentes ao meu apartamento, eu depositaria o dinheiro na conta dela sempre que fosse necessário.

Após resolver os detalhes finais com as minhas relações profissionais e uma ou outra emocional, iria dar um perdido em Miami por algum tempo, pois estava morrendo de medo de toda esta situação.



Beijos e até o próximo conto.

*Publicado por Medusasexy no site climaxcontoseroticos.com em 13/02/17.


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