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Tempo Perdido

  • Conto erótico de casual (+18)

  • Temas: romance, amor, chupada, boquete, cinema, escuro, fantasia, punheta, beijo,
  • Publicado em: 12/04/15
  • Leituras: 5125
  • Autoria: Peristilo
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Naquela manhã, ela acordou sem saber bem o que faria com seu dia de folga. Após ir ao banheiro, andou pensativa pelo apartamento onde morava sozinha. Estava nua, e o vento frio da manhã entrava pela varanda acariciando seu corpo com uma sensação agradável e erótica. Nos últimos meses vivia num constante estado de excitação. Talvez tivesse ficado tempo demais sem ter prazer de verdade, sem ter um homem. Quanto tempo perdido! Uma decepção não é a morte de uma pessoa.


Mas ainda seria atraente o bastante para fazer conquistas? Não se lembrava de ter sido cortejada por ninguém nos últimos meses. Quando fora a última vez que sua beleza recebera elogios de um homem? Já não se lembrava. Fazia tempo que não se cuidava. Estaria gorda demais?


Foi para o quarto e ficou diante do grande espelho da porta do guarda-roupas. Sabia que de rosto não era feia. Lá estavam os grandes e belos olhos castanhos, o nariz arredondado, mas charmoso, a boca pequena e carnuda.


De seios estava muito bem, obrigada! Ela tinha vinte e sete agora, mas lá estavam eles, fartos, firmes e empinados como foram na adolescência.

Olhou para a barriga. Apertou-a com as duas mãos. Não estava tão gorda assim, estava?! Alguns homens acham aquela gordurinha sexy. O fato de estar um pouco mais roliça não poderia ser um problema. Ao menos era preciso acreditar que não!


De tarde foi ao cabeleireiro. Na volta, sem saber o que faria em casa até a noite, decidiu passear um pouco pelo centro da cidade. Sentia-se bem no novo vestido, curto e florido. Era simples e naturalmente elegante. Ela tinha pernas alvas e bonitas. Queria que as vissem. Não as esconderia mais em calças jeans velhas e sem graça.


Olhou vitrines, tomou um sorvete numa lanchonete, desfilou por uma pracinha em direção ao cinema. O que estaria em cartaz?


Andou pela calçada do cinema passando os olhos despretensiosamente pelos cartazes. Nenhum dos filmes parecia ser do seu gosto. Surpreendeu-se muito atenta a todos os homens ao redor, observando-os de canto de olho. Não havia percebido que inconscientemente os estava avaliando e esperando um gesto, um sinal qualquer. Quem sabe seu prí­ncipe salvador não era um daqueles jovens em volta? No fundo, não tinha grandes esperanças, pois não era a primeira vez que se aventurava assim sozinha a procura de alguém, sem resultados satisfatórios.


Sentiu-se um pouco cansada e foi sentar-se um instante num dos bancos de madeira da praça em frente. Havia muita gente sentada ali, certamente aguardando a próxima sessão do cinema. Antes de se sentar, teve que enfrentar um pequeno dilema: sentaria entre a moça e o velho, ou entre aqueles dois rapazes? Ficou com os últimos, um de cada lado, separados dela por poucos palmos de banco vazio.


Colocou a bolsinha sobre as coxas e ficou ali olhando só pra frente, pra fachada do cinema. Estava tensa porque notara que um dos seus vizinhos a olhava insistentemente. Ela girou os olhos e viu de relance que ele não era tão jovem. Talvez sua mesma idade, talvez um pouco menos. Bonito? Talvez também. O rosto era delicado, mas as sobrancelhas eram grossas. Pele alva e cabelos pretos lisos.


- Eu conheço você! ele disse de repente, assustando-a.


- Me conhece?! ela reagiu, levando a mão ao peito com um sorriso de surpresa. Ora! Mas de onde você me conhece?! Não estou lembrando!


- Eu lembro...mas você está diferente! Mexeu no cabelo? Ficou bem mais bonita assim!


- Ah! Obrigada! Mexi sim. Fiz escova hoje...mas de onde nos conhecemos?!


Ela estava confusa. Não conseguia se lembrar do rosto dele de lugar nenhum.


- Eu me lembro muito bem de você. No hospital, você atendeu meu pai. Ele tinha um prego no pé. Não havia médico e você mesma arrancou o prego e fez curativo. Mas isso não faz um mês! Você não se lembra mesmo de mim?!


Ela teve vontade de dizer que se lembrava, sim. Mas estaria mentindo. Eram tantas pessoas que ela atendia num único dia que não dava pra guardar todos os rostos na memória.


- Seu nome é Margarida, certo?


- Margarete.


- Isso! Margarete! Tá vendo?! Quase guardei seu nome!


- Foi mesmo! ela disse sorrindo e se sentindo mais relaxada.- Mas que coincidência, não? Se bem que meu trabalho tem dessas coisas mesmo; vivo me encontrado por aí­ com pessoas que já atendi.


- Vai assistir a esse filme?


- Não sei...você vai?


- Sim, claro! Adoro tudo do Superman! Esta é a segunda vez que assisto a esse mesmo filme.


- Nossa! Mas é tão bom assim?! Se for, quero ver também.


- Você vai adorar! Entra comigo pra assistir!


Ela sorriu. Olhava-o bem no fundo dos olhos. Ele parecia bastante entusiasmado, mas ela não sabia dizer se era com ela ou com o filme. Respondeu que sim, que iria assistir ao filme com ele. Fosse como fosse, estava agradavelmente surpresa por descobrir como era fácil arranjar uma companhia masculina. Tudo que se precisa fazer é ajeitar o cabelo, pôr um vestido novo e sentar-se num banco de praça sozinha. Se soubesse, muito antes já teria saí­do da concha onde se escondia. Olha como é a vida! sem esperar, de repente lhe aparece aquele rapaz simpático e agradável que a convida ao cinema! E agora ele a estava olhando com um sorriso bonito que parecia dizer: "Gostei muito de você, Margarete!"


Se tivesse sorte, após o filme, ele a convidaria a ir até o apartamento dele. Lá conversariam um pouco bebericando um drink e ouvindo uma música suave. Ele pegaria nas mãos dela e as elogiaria. Sim, porque ela sempre teve mãos muito bonitas. Então ele a surpreenderia com um beijo na boca. Ela fingiria espanto e tentaria se afastar, mas ele prenderia sua cabeça com as duas mãos e forçaria aquele beijo até ela amolecer, até ela corresponder e as lí­nguas se tocarem.


Ele certamente iria querer pegar nos seios depois de alguns beijos. Isso ela deixaria passar, mas se ele descesse a mão, reagiria. Não ia deixar pegar lá tão fácil! Só depois, depois de infinitas tentativas. Então acabava deixando a mão boba ficar lá em cima, como que esquecida, acariciando-a.


Em seguida viria a batalha pra tirar a roupa. Ali no sofá mesmo? Isso não! Também deveria haver muita luta dele por isso. Ele teria que querer muito, teria que implorar um pouco antes, e depois que ela dissesse "não" pela milésima vez, ele teria que mostrar um pouco de violência e enfim arrancar sua calcinha. Era possí­vel que ele fosse selvagem e quisesse fazer à força, mesmo com ela implorando que não, gemendo para ele parar, lutando pra manter as pernas fechadas...


Acabava de anoitecer. A sessão das dezoito e trinta iria começar. Margarete entrou com seu novo amigo na sala já escura. Ele a puxou pelo braço para a parte mais sombria, ao fundo, onde ninguém mais se sentava, onde não se via praticamente nada. Ele se justificou dizendo que sempre ficava no "fundão" porque ali o som era melhor. Ela desconfiou da intenção dele. Sorriu e pensou: "Mas que safado!"

Ela sempre fora do tipo que não facilita nada da primeira vez. Jamais havia transado num primeiro encontro. "Mas nunca é tarde demais para uma pessoa se livrar de um mau hábito!" ela pensou e riu da tirada engraçada e imoral. Mas se de fato acontecesse? Será que teria coragem? Não entraria em pânico? Provavelmente sim, mas só saberia se deixasse acontecer.


Sentaram-se. Ela apreciou que estivessem tão bem escondidos ali naquele escurinho, a sós. Mas apertava as mãos com um pouco de nervosismo e ansiedade.


Ele olhava fixamente para a tela, aparentemente concentrado no filme. Mas de vez em quando se virava e fazia um comentário sobre alguma cena. Ele sussurrava muito próximo ao ouvido dela, e ficava claro pra ela que o safado só estava tentando sentir seu cheiro. Aquele cochichar no pé do ouvido dava a ela a sensação de já serem í­ntimos. Houve um momento em que ele falou tão próximo, mas tão próximo, que Margarete teve a impressão de que ele a beijaria naquele instante. Ela apertou as pernas uma contra a outra, apreensiva. Mas ainda não era o beijo.


E se ele fosse muito ousado? Se tentasse tocar seu sexo ali mesmo no cinema? Há homens que se comportam muito mal em situações assim, quando podem abusar de uma mulher sem que ela tenha coragem de reagir, para evitar um escândalo. Se ele se atravesse a tocá-la ali, se caí­sse na besteira de boliná-la naquele lugar público...hum...não faria nada, ora! Pra que ser recatada a essas alturas? Deixava sim!!! Ninguém veria nada mesmo, ora bolas!


Esses pensamentos a deixaram molhada entre as pernas. Se ele a tocasse agora, se metesse a mão por debaixo do vestido e pegasse na vulva por sobre a lingerie, perceberia a umidade que denuncia o desejo de uma mulher. Poderia ser desastroso se ele descobrisse que ela se excitava tão facilmente. Poderia considerá-la uma puta, talvez quisesse obrigá-la a praticar algo indecente ali mesmo. Salas de cinema sempre foram cenários perfeitos para se praticarem as piores sacanagens. Disso ela sabia; já tinha ouvido várias estórias de casais que se desfrutam no escuro de uma sala de cinema.


Uma amiga dela fora ao cinema com o noivo. Essa amiga era virgem, de forma que se guardava e não queria transar antes do casamento. Também não aceitava carí­cias ousadas. O noivo, que já andava aborrecido com tanto recato, exigiu que ela lhe desse uma prova de amor fazendo algo excitante com ele ali mesmo dentro do cinema. Ela ficou horrorizada, mas viu que ele falava muito sério, que sua voz tinha o tom de quem diz: Esta é sua última chance! Mostre que não será uma esposa tão chata! Ela perguntou o que ele queria que ela fizesse. Havia umas poucas pessoas ali dentro e ninguém muito perto. Ele desabotoou-se e mostrou o pênis duro pra ela. Pediu que ela o masturbasse, coisa que jamais havia feito, nem mesmo chegara a tocar o membro dele antes.


Ela olhou ao redor e, enquanto vigiava as pessoas com olhos bem atentos, estendeu o braço e procurou pelo pênis. Não olhou para ele, apenas o agarrou e decididamente começou a agitá-lo. Alguém poderia se virar de repente e flagrá-la em ato tão vergonhoso. Mas ela fez tão discretamente, com o rosto sempre voltado para a tela, como se o filme fosse o único foco de sua atenção, foi tão hábil, que ninguém percebeu nada. Ele gozou e a beijou em seguida. Ela limpou a mão no lenço dele, e os dois deixaram o lugar imediatamente.


Uma outra amiga, que se divertia em escandalizar e que tinha reputação de excêntrica, contou algo ainda mais estarrecedor. Havia se sentado ao lado de um estranho na sala cinematográfica, escura e quase vazia. Tinham boa privacidade ali na fileira do fundo, onde só os dois se sentavam. O estranho era um senhor maduro, de aparência muito comum, um tanto gordo, mas bem vestido, cabelo grisalho penteado com gel e um ar charmoso e sensual. Muito lentamente, ela estendeu a mão e a posou sobre as partes sexuais dele. Ele se assustou, mas quando se virou e viu que a mão pertencia a uma mulher jovem e bonita, ficou quieto. Ela prosseguiu na ousadia. Apertou-o, massageou-o, fez-lhe carinho na parte mais baixa, onde ficam os testí­culos. Estimulou-o dessa forma até notar o pênis avolumar-se dentro das calças. Então, sem que ninguém notasse, ela se abaixou e ficou de cócoras entre as pernas dele, espremida no corredor de cadeiras. Abriu o zí­per e retirou o pênis do seu esconderijo. Era uma verdadeira banana, muito torta, vergando pra cima, grande e gorda no meio. Ela ficou louca ao ver a fruta rara que acabara de encontrar. Sentiu um incontrolável desejo de pô-la na boca e mordê-la. Mas conteve-se. Circundou o belo membro com ambas as mãos e deliciou-se em medir o diâmetro, em sentir a forma, o calor. Estava tão duro e latejante como o pênis de um rapazinho no auge da excitação.


Com a ponta da lí­ngua, ela torturou o homem. Mal o tocava, girando a lí­ngua suavemente ao redor da cabeça vermelha e sensí­vel. Ela o lambeu da forma mais provocante possí­vel, entortando os olhos pra cima pra ver a expressão de prazer dele, sorrindo perversamente. Lambeu como uma gata, descendo lentamente da glande aos testí­culos. Depois não se conteve; abriu a boca, colocou uma boa porção pra dentro e fechou os lábios ao redor. Então chupou, chupou como só ela sabia, sugando com força, mas lentamente, demoradamente, até sentir a boca cheia do esperma.


Depois de asseá-lo com a própria lí­ngua, ela devolveu o pênis ao lugar de origem. Fechou o zí­per dele e limpou os contos da boca com os dedos. Sentou-se e voltou a assistir ao filme tranquilamente, sem olhar para o homem, como se nada de extraordinário tivesse acabado de ocorrer. Em seguida saiu.


Margarete havia duvidado da veracidade dessa estória, mas sempre que se lembrava, ficava terrivelmente excitada. Mas como uma mulher poderia ter coragem pra tanto?! Se bem que tem gente pra tudo. Será que ela mesma seria capaz? E se seu novo amigo pedisse para ela chupá-lo ali? Ora que absurdo! No cinema?! Isso não! Mas que pensamentos! Mal conhecia o rapaz e já estava imaginando uma loucura daquelas!

Chupar um pênis...depois de tanto tempo sem sexo, chupar um pênis lhe parecia uma ideia bem estranha agora. O ex-noivo fora o último. Já fazia tempo, mas ainda se lembrava do gosto meio doce, meio salgado...


Como seria o pênis do rapaz? Homens magros costumam ter membros avantajados. Se ao menos ela pudesse pegar pra sentir! Tentou imaginar como seria tal experiência, pegar no pênis de um quase desconhecido num lugar como aquele. Pegar seria mais fácil do que por na boca. Não era tão comprometedor, não era coisa de puta. Ou era? Não! pegar é normal, mas chupar bem ali já seria demais! Chupar só depois que se conhecessem melhor, num lugar adequado, talvez um motel. Podia ser até aquela noite mesmo. No motel ela chupava sem medo, chupava sem medo e com muito prazer! No motel se pode fazer tudo. Nem tudo! Será que ele ia querer fazer aquilo também, aquela outra coisa? Ela tinha vergonha até de pensar. E medo também.Todo homem quer sempre, mas ela não gostava. Tinha feito umas duas vezes e doera tanto! Talvez um outro homem soubesse fazer melhor. Talvez ela gostasse se ele não fosse grande demais como os outros. Mas... pensando bem, também não podia ser pequeno demais! Ora! que coisa louca esse negócio de pensar em tamanho de pênis! A gente não se decide! Não é a toa que essa questão preocupa tanto aos homens! Bem que podiam ter dois logo, um maior e um menor. Um pra cada uso. Porém, do jeito que são safados, com certeza iam querer meter os dois de uma vez só. Já pensou que maluquice?! Melhor não! Que diabos de imaginação! Só ela mesma pra pensar num troço doido desses!


Margarete estava tão absorta em suas fantasias, que não prestou a mí­nima atenção ao filme. As luzes se acenderam de repente, como se o filme não tivesse durado mais que um minuto. Mas e o beijo? Não houve beijo. Nada! Nem pegar na mão ele ousou!


Ele agora apenas comentava, sorridente, como gostava daquele filme.


- E então? Você gostou? ele perguntou quando estavam na fila para sair.


- Gostei, ela respondeu com um sorriso apagado.

Caminhou desconsolada detrás dele, que só sabia falar do Superman, da Louis Lane, do Lex Luhor, de Kripton...


Ele estava atrasado para um encontro. Saiu apressado dando tchau. Nem um beijinho, nem sequer um beijinho no rosto ela recebeu!




Fim

*Publicado por Peristilo no site climaxcontoseroticos.com em 12/04/15.


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