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Cocktail

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 08/04/15
  • Leituras: 2790
  • Autoria: LOBO
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Ato I


Nada deu certo.


Na última hora ela me liga do celular. Pelo ruí­do de fundo, estava num carro em movimento. Sua voz traí­a um inequí­voco desapontamento. Explicava-me que já estava a caminho quando recebeu um chamado urgente: foi avisada deveria ir a um compromisso. Recebeu ordens de representar sua empresa num compromisso, substituindo alguém que com algum problema repentino não poderia ir.


Tinham sido meses de e-mails e conversas cada vez mais quentes ao telefone. Separados por mais 2000 km de distância, agora este meu compromisso profissional permitiu-me chegar à sua cidade. Tí­nhamos previamente deixado tudo planejado. Mas...


Uma noite de luxúria, acalentada há tanto tempo, evaporou-se em segundos...


E o pior: na manhã seguinte eu tomaria - muito contrariado...- o primeiro voo de volta para São Paulo.


Mas, nada a fazer, senão aceitar que o inevitável sempre manda.


Também já estava pronto quando o celular tocou, já estava de saí­da.


Mas agora, fazer o que?...


Na falta do que fazer, acabo rumando para o Centro de Convenções. Ironicamente, eu passara o dia todo costurando um álibi, com desculpas que me livrassem desse compromisso, já que- o convite da firma anfitriã que me hospedava fora insistente. Não desejava outra coisa senão estar livre para navegar no oceano de uma provocante dama.


Dando de ombros, só me resta desejar que o cocktail esteja bem fornido de bebida de qualidade. Sem poder navegar nas curvas da dama, frustrado, só me resta naufragar nalgum 12 anos...


Muita gente no evento, algumas pessoas que conheço, o que rende algum papo e ajuda o tempo a passar, e o serviço de bar, sim, é bom...


Estava já no segundo scotch, quando uma roda de pessoas que conversava à minha frente se desfaz, abrindo o horizonte para o que havia mais ao fundo.


De repente, os ruí­dos do evento para mim sumiram. Até contabilizo a bebida que já tomei. Não: ainda estou bem sóbrio. A mulher que surgiu ao fundo é a mesma que pouco antes se evaporara de minhas fantasias.


Ela, no mesmo evento em que eu estava. Isso é coisa de bruxas alcoviteiras...


Conversava com outras pessoas, não me nota. Fico aguardando, até que num momento, olha à frente e me nota. Seu copo por pouco não escorrega entre os dedos...


Situação inesperada e altamente promissora. Mas com alguns problemas, pois estamos em meio a pessoas que nos conhecem. Sei lá por que, pareço ouvir Fred Bongusto:


" "...cÂ’í¨ tanta gente qui, qui aveva gli occhi fissi su di noi...""


A aproximação é lenta e calculada. A conversação é formal e fria. Mal imaginariam os que nos circundam que um piloto automático comanda nossas vozes. Sequer as ouvimos. Quem fala, e diz muito, são os olhares...


Uma operação de guerra livrar-se dos outros. Um engenheiro do sul, já bem alto, que tentava se insinuar para ela (até compreendo...), uma amiga, interessando-se por mim, que também queria usá-la para que ela me apresentasse...


Buscamos ser discretos, num caminhar suave e contido pela sala, tentando trocar o palco por alguma privacidade nos bastidores.


Não temos muitas opções sobre o que fazer. Uma caminhada estratégica até seu carro, está no momento vetada. O estacionamento, a céu aberto, é longe. Cai um temporal.


Mas, com toda a discrição que seria possí­vel, chegamos a uma escada de incêndio. A pesada porta corta-fogo se fecha atrás de nós. Mas é inútil para impedir o incêndio que começará...


Palavras? Desnecessárias... nossos olhares já disseram, em meio ao burburinho do salão, tudo havia que ser dito.


Apenas um beijo, um sôfrego, faminto beijo...


Beijo com nossos corpos se encontrando, as mãos explorando cada detalhe.


No escuro daquela antecâmara de escada, toco seu corpo. Ela me revela que estava vestida assim só para mim, leva minha mão a seus seios. Ergue a blusa e me leva a beijá-los, a sugá-los com a voracidade que tantas vezes havia descrito nos e-mails que, separados pela distância, trocávamos todos os dias.


Mas ela tinha preparado mais surpresas...


Sua bela saia de seda, um modelo de amarrar, que forma uma insinuante fenda lateral, facilmente se abre. Os olhos mais acostumados a pouca luz me permitem ver o que oferta: Uma minúscula calcinha fio dental...


Continua me provocando:


- Faz como me escreveu aquela vez...


Vira-se de costas para mim, e seu recado foi entendido: num gesto cuidadoso, porém rápido e decidido, minhas mãos tomam as tênues alças da calcinha e a jogam por terra.


Nesse meio tempo, suas mãos ágeis já haviam aberto meu zí­per e libertado meu membro, cada vez mais rijo.


Depois de tanto tempo de amores virtuais, esse encontro real se deu sob os signos do inesperado e da ousadia.


Em nome da ousadia, há que se seguir sem medo o que manda o desejo.


Naquela posição, de costas para mim, contra a parede, ela separa as coxas. Fala-me num sussurro que grita:


- Vem me sodomizar! Eu quero tanto...


Meu membro ainda nas tuas mãos é conduzido. Sem pressa, com um, depois dois dedos eu a preparo: logo está pronta.


Penetro por trás...


Ela geme, meneia todo seu corpo a cada vez que venho numa nova estocada, leva minha mão ao seu sexo que penetro com meus dedos. Escorre de excitação...


Continuamos assim, num crescendo. Ela tenta conter os gritos de prazer mordendo a manga de meu paletó.


Nosso gozo é intenso...


Celebramos esse nosso primeiro encontro carnal, que se deu dessa forma tão ousadamente deliciosa, com um beijo.


Intenso, claro...


Lá fora, a chuva parou.


Faço uma proposta:


- Que tal, assim que conseguirmos descobrir onde foi parar a sua calcinha, a gente ir para um motel? Conhece algum por aqui? ...



Ato II



Saí­mos do prédio, ambos furtivos como dois colegiais matando uma aula.


Quando chegamos a seu carro, ela me pede que o dirija. Vai indicando o caminho.


Enlaça-se comigo, beija-me, sussurra ao meu ouvido:


- Queria fazer uma coisa, deixa?


Nem tenho tempo de responder. Abaixa-se, abre meu zí­per, liberta meu membro.


Loucura! Tento dizer que é arriscado, estamos nas ruas da sua cidade, ela pode ser vista. Diz que pouco se importa com isso agora.


- Eu quero!...


Alojado entre seus lábios carnudos, " ele" se avoluma.


Rendo-me...


Confesso que fiquei algo preocupado... Felizmente são mais de 11 da noite, as ruas estão desertas, ainda mais depois da chuva torrencial que caiu.

Ainda bem. Afinal, se fossemos surpreendidos em nossa aventura no vão da escada, ainda terí­amos o escuro a nos disfarçar, ainda nos sobraria uma rota de fuga.


Agora, em plena rua, temi que alguém, conhecidos, amigos do marido, pudesse identifica-la. E se vissem o que faz...


Admito que também temo por um acidente que me seria bem pouco agradável...

Mas dizer não a ela? ... Não ceder ao irresistí­vel apelo de mais uma vez roubar um fruto proibido?


Dirijo vagarosamente, olhos atentos a tudo em volta. E ao prazer que minha ousada dama me propicia...


Avisto uma rua com vários motéis, não faço escolha, entro no primeiro.


Ela ainda tem a presença de espí­rito de levantar-se e jogar seu casaco sobre meu colo, de forma que a moça da recepção não veja algo que esta noite é só, todo, dela.


Rapidamente entramos, estacionamos na vaga. Só um ambiente daqueles para não se espantar em ver que o cavalheiro sobe as escadas atrás de sua dama, trazendo para fora da calça seu membro ereto...


Chegamos à porta. Com a pouca luz uma certa dificuldade para abri-la, depois lá dentro algum tempo para encontrar os interruptores.


Ela entrou atrás de mim, e assim que consigo acender as luzes, me abraça. Sinto seus mamilos rijos se comprimindo às minhas costas.


Ao virar-me, nova surpresa: sobre os sapatos de insinuantes saltos altos, ela está toda nua!


Mais tarde eu entenderia como. Seu casaco nas mãos, a tênue blusa de seda, a saia de amarrar, todas foram cúmplices de seu ato de despojamento. A calcinha? Nunca a encontramos...Certamente irá para o folclore do pessoal da manutenção do Centro Empresarial. Certamente se deliciarão quando a acharem, certamente alimentará fantasias por muito tempo...


Agora, as garras de uma gata selvagem arranham meu peito. Por pouco não arrancam os botões de minha camisa. Abre o fecho da calça, e no mesmo tom, puxa de um movimento só a calça e a cueca, deixando-me nu. E todo seu...


Avança, diz coisas plenas de volúpia aos meus ouvidos. Beija-me com todo o desejo que uma mulher pode ter.


Lentamente escorrega por meu peito, põe-se de joelhos...


Apanha carinhosamente meu membro em suas mãos. Passa sua lí­ngua deliciosa, desde o talo até a cabeça, que brilha em seu pulsar de puro tesão.


Suga-me com vontade. Olha para cima, me fita provocante, com meu membro em sua boca.


Não para, até que lhe dou meu gozo. Aproveitado até a última gota.


Levanta-se e segreda-me outra fantástica notí­cia. Tinha armado uma situação em casa que a deixava livre - essa outra preocupação que eu tinha - esta noite. Poderemos ficar até a manhã.


Eu a beijo, carrego nos braços até nossa cama.


Para preparar, lhe dou um longo e completo banho de lí­ngua.


A noite se segue, com minha dama cada vez mais incitantemente devassa.


Deliciosa...


Nua em todos os sentidos, ela agora se entrega a viver fantasias que parece que esperam há tempos para serem vividas. A mulher séria e profissional do cotidiano não entrou naquele quarto. Quem está ali é uma devassa. Uma escrava sexual que deve ser treinada, adestrada. E usada...


Morde os lábios: diz que agiu como uma menina mal comportada que precisa ser punida.


O recado é entendido, assumo a posição enérgica que o momento exige:


Eu a coloco de bruços, apoiada sobre minhas coxas. Vibro a mão espalmada nessa tua deliciosa bundinha. Sinto a maciez das suas carnes, sinto seu corpo estremecer a cada novo golpe, tua respiração arfar.


Sigo na disciplina, até que ela propõem um armistí­cio: pede que seja perdoada, em troca, oferece-me uma noite de prazer.


Posso perdoá-la. Mas apenas se me sentir bem servido...


Avança sobre mim beija todo meu corpo, senta-se, inicia uma cavalgada. A primeira, apenas a primeira...


Mais tarde a madrugada nos abate em nosso cansaço. Adormecemos abraçados.


Deve estar amanhecendo quando tenho um sonho erótico. Nele, num clima de muita sedução, uma bela mulher abocanha meu pau e me presenteia com uma inesquecí­vel chupada.


Ainda cansado, pouco a pouco vou abrindo os olhos:


Não era sonho!


Vou perder meu avião...


LOBO



Direitos autorais reservados.Proibidas sua reprodução, total ou parcial, bem como sua cessão a terceiros, exceto com autorização formal do autor, de acordo com a Lei 5988 de 1973

*Publicado por LOBO no site climaxcontoseroticos.com em 08/04/15.


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