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O Garoto do Mercado - Pt. 12 | Volta

  • Conto erótico de jovens (+18)

  • Publicado em: 30/11/19
  • Leituras: 887
  • Autoria: dri_al
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Ouvi a voz de Kaique no celular, ele me ligou. Respondi:


- Antes de tudo, bom dia! E quero saber por que foi embora tão cedo sem ao menos falar comigo?


- Olha... Eu nem sei direito o que fiz ontem... - Procurava uma resposta.


- Pode ficar tranquilo, apesar de você querer muito transar, a gente não fez nada, apenas te banhei e coloquei pra dormir. - Ouvi o suspiro de alí­vio do outro lado.


- Olha Adriano, eu vi as mensagens e tal, me desculpa se te incomodei ontem cara, não foi minha intenção... - Parece que não se recordava do que houve.


- Você se lembra de alguma coisa de ontem? Sabe o que fez ou falou?


- Muito pouco, tenho alguns borrões de memória... Você me banhando... Um carro com uma mulher louca... Eu dizendo que... Que te... Eh... Não sei, minha cabeça doí­. - Do que será que ele iria falar? Se lembrava de alguma coisa que talvez não queria ressuscitar? Fica no ar, infelizmente.


- Entendo, mas sab... - Fui interrompido!


- Adriano, queria saber se a gente pode... Se... Se você pode ir ao... Ao Parque da Cidade comigo... Hoje à tarde... Quero conversar um pouco com você... Teria como? - Senhor, eu escutei bem? Acho que sim né... Eu fui convidado por ele pra ir ao Parque da Cidade, isso é ótimo. Observei ali a oportunidade. Tento parecer desanimado, óbvio que não funcionou:


- Claro! Adoro o Parque, que horas você passa aqui?


- As duas, aproveitar que hoje é domingo, lá está lotado! - Não gosto muito de lugares assim, mas era o que tinha. Não seja exigente Adriano, já basta que ele te convidou depois de tudo que aconteceu essa semana. Apenas fale alguma coisa:


- Ótimo! Será um prazer senhor Kaique. - Tentei fazer graça, ele acabou entrando na minha:


- Digo o mesmo à vossa excelência! Tenha um almoço divino e aproveite os coquetéis a sua disposição, uma boa estadia até o nosso encontro. - Nossa.


- Até, senhor. Digo o mesmo de tudo o que você falou aí­ agora kkkk tchau. - Desliguei. Agora minha manhã acabara de mudar. Kaique estava querendo conversar, certeza que seria sobre o nosso futuro, assim espero.


CAMPANHA DE JULHO:


22 Un W785 - RM1 (Weapon)


2100 Kg C32 - PBv (Past)


3200 Kg We31 - MPN (Weed)


2 Un C4 - Mex (Blow up)


...


TOTAL: $321, 254. 00


Vasculhava um pouco mais das imagens daquele caderno, aquilo estava intitulado de "CAMPANHA DE JULHO", parecia ser um histórico de vendas do mês, o resultado final era em dólares, uma quantia muito alta se convertida no real. O esquema era maior do que eu pensei:


CIDADES:


RECIFE - RONDí”NIA - PORTO ALEGRE - CUIABÁ - PALMAS - SP - RJ - CURITIBA $503, 200. 00


BRASILIA:


AB - AC - AD ... $250, 150. 00


Em Brasí­lia, algo parecia diferente, as relações eram em letras e combinações. As outras páginas que se seguiam eu não consegui fotografar. A nossa cidade estava com mais detalhes, parecia ser um esquema maior, o faturamento era correspondente a metade das somas de 8 capitais. Era grande, Thiago fazia parte de um enorme esquema. Passei outras fotografias até encontrar uma da última página do caderno, que eu havia fotografado depois das outras só pra saber se teria algo especial:


HISTORICO FINAL:


ATÉ AGORA: $1, 098, 520. 00


RESP. L TASOSTTadm


S KAITO2525


Pronto. Só poderia ser o que imaginava. Corri pro computador e colei aquele link estranho que havia encontrado na foto do seu Instagram, no Tor, a tela mostrou o espaço de login e senha. Digitei. Um sí­mbolo de dois T"s se cruzando servia para informar o carregamento, enfim abriu.


"Bem-vindo à TASUS, escolha uma categoria de interesse: Flores, Canos, Biribas, Pagina."


Eram códigos, cada um representava o tipo de mercadoria, flores referiam as drogas, canos a armas, biribas eram bombas e pagina um local de administração do seu perfil, forma de pagamento, laranjas e espelho (um tí­tulo diferente que sai registrado na fatura do cartão de credito/debito). Tirei prints de tudo. Fui até o "deposito" e conferi o estoque, estava cheio com todos os itens, tinha sido carregado no sábado. Desde contabilidade até estoque estavam sobre o meu conhecimento. Pegar o Thiago iria ser fácil, uma denúncia anônima e tudo explodia. Olhei pro pen drive que estava ali e lembrei que teria de devolvê-lo. Mandei uma mensagem pro Kaique dizendo que iria até a sua casa uns 15 minutos antes de sairmos pro parque pra ele não precisar passar aqui. Assim eu poderia colocar de volta no lugar o que peguei.


Almocei e parti para a casa do Kaique, não sabia se Thiago estaria lá. Cheguei e fui recebido pelo pai:


- Bom dia! Você é o Adriano. Né? - Era um homem alto, mais ou menos 1, 80m, forte e muito bonito a propósito; estava de barba feita, os cabelos lisos e penteados, usava uma bermuda e camiseta polo, parecia ter uns 38 anos. Me convidou para entrar.


- Sou eu sim, eh senhor...?


- Kairo, pode me chamar de kaka. E nada de senhor. - Deu uma risadinha e me acompanhou até a sala:


- Kaique está no quarto, ele avisou que você vinha, pode entrar lá! - Muito gentil. Enquanto caminhava naquele corredor meu coração batia forte, passei por uma porta fechada, depois pela de Thiago, estava aberta, olhei meio rápido e não tinha ninguém. Acho que não andava em casa nessa hora. Segui até o quarto de Kaique, o mesmo estava deitado na cama com um notebook. Bati no portal. Seus olhos viraram e seu rosto sorriu:


- Oi! - Singelo.


- Oi! Posso entrar?


- Deve! - Ele ainda sorria. Seu quarto era grande, tinha alguns livros espalhados por três estantes na parede, uma colmeia ficava no canto com alguns controles de videogame e umas figuras de desenhos. Acima pude notar dois troféus de uma figura chutando o que parecia ser uma bola, olhei por todos os lados e voltei a atenção a ele:


- Fiquei sem graça de pedir, mas estou com sede e queria água... - Se levantou, olhou pra mim:


- Você está em casa, a cozinha é voltando pelo corredor e virando à esquerda. Pode ir lá! - Apesar de não ter vergonha na cara, eu teria que dar um jeito de entrar no quarto de Thiago sem ninguém ver. Tentei:


- Tô com vergonha... - Cara de cachorro sem dono. - Pega pra eu?! - Ele bufou e seguiu rumo a cozinha, antes passou do meu lado e parou de frente comigo, sorriu e saiu do quarto. Era agora! A oportunidade. Contornei e fui direto para o cômodo fétido. Entrei. Olhei direto para o seu guarda roupa, foi lá que encontrei sua mochila. Nessa hora a gente fica meio anestesiado, o medo toma conta. Abri e aporta e avistei o que procurava. Agachei, abri a mochila e joguei o pen drive dentro, fechei a mesma. Levantei e coloquei as mãos nos puxadores, mas meu coração saiu pela boca:


- Posso ajudar você no que procura?


Eu travei, aquela voz... Não movia um músculo. Thiago me pegou! Virei o rosto de algum jeito que não sabia ser possí­vel, olhei pro figura segurando a cintura. O que eu falava?


- Thiago... Eu... Eh... Eu estava... Eh... Procurando... Procurando camisinha... - Infarto culminante mais tremedeira e suor. Será que escapei?


- Ah sim, mas aqui no meu quarto? Estranho... Poderia ter pedido ao meu irmão, ele deve ter... Mas eu não tenho. Gosto de trepar no pelo, sem nada... Sabe? Quem usa capa é o Batman, aquele super-herói que só existe nos quadrinhos e não salva nenhuma pessoa indefesa das besteiras que elas cometem... Principalmente as curiosas... - Houston, estamos sem sinal. Por favor se comunique! Não sentia as pernas, ele me ameaçou?! É isso mesmo?! Tentei responder:


- Eh... Eh... Eu... Eu-eu-e... Não encontrei... Me-me desc-descullpa entrarrrr as-assim no... Seu quarto. - Gagueja seu idiota, faz ele perceber ainda mais. Você tá ferrado, Adriano!


- Ok, já que não encontrou então dá licença! - Sua feição era absolutamente medonha, estava com a cara de um assassino. Abaixei a cabeça e fui no rumo da porta enquanto percebia ele me observando, passo a passo, quando cheguei perto:


- BUH!!! - Meu coração!!! Não sei como ainda tô de pé. Olhou nos meus olhos. Tremi até as orelhas. Meu cabelo ficou em pé. Corri dali para o quarto de Kaique, ele voltava da cozinha, ouvi uns xingamentos quando passou pelo irmão: "Lixo". Entrou segurando um copo cheio de agua, mas antes perguntou:


- Adriano, está tudo bem? Olha você! Sua cor sumiu cara, tá branco... Tudo bem? - Preocupado. Eu não ia contar o ocorrido. Escapei:


- Eh... Tudo sim, só recebi uma mensagem do meu cartão, parecia ser uma dí­vida, mas depois eu resolvo.


- Nossa, você tá suando... Uma dí­vida de cartão fez isso contigo?


- Hehe... Pois é... - Não fazia nada além de olhar arregalado pra ele. Já era hora de sair daquele lugar, o clima não era dos melhores. Levantei da maneira que consegui:


- Vamos logo... - Falei saindo.


- Mas e sua água? Não sentia sede?


- Eh... Já passou! Vamos logo! - Nem disfarcei. Apenas saí­ pelo portão sem falar com ninguém. Ouvi os passos de Kaique logo atrás. Entramos no carro e seguimos até o Parque. Durante todo o caminho eu não falei absolutamente nada. Chegamos. Desci no estacionamento, ele falava:


- Aqui é ótimo pra arejar a cabeça, né? - Sua pergunta ficou sem resposta. Ele insistiu:


- Adriano? Você me ouviu falar? Tem certeza que está tudo bem? - Sacudi a cabeça e dei atenção:


- Hãm? É... Desculpa, eu tô só um pouco distraí­do... Sim, aqui é muito bom... - O desanimo era visí­vel.


- Certo! Vamos dar uma volta lá dentro e depois voltamos no nico (parque de diversões que fica dentro do Parque da Cidade). Deveria acordar pra vida, o sentimento de medo ainda me consumia. Fui pego no flagra. Mas não sei se deu pra perceber que havia mexido na mochila. Quanto tempo ele estava lá me observando? Vai saber... Agora não adianta chorar, Kaique me trouxe pra conversarmos e eu não vou ficar rezando, tenho que voltar à vida. Dei a ideia:


- Ei, vamos tomar um sorvete? - Boa proposta pra quebrar o clima.


- Olha, ele falou!!! Vamos sim! - Seguimos até a banquinha e compramos dois milk-shakes. Fomos conversando enquanto seguí­amos até o banco mais próximos. Sentamos. Já sabia o que estava por vir. Minha cabeça se manteve baixa, mirando o sorvete. Ouvi um suspiro e ele começou:


- Adriano, eu ainda estou um pouco triste. Foi difí­cil pra eu ver aquela cena de vocês dois. Andei lendo a mensagem depois, e refletindo sobre o passado do meu ressentimento com o Thiago. Ele sempre armou pra me destruir... Não sei, tenta chamar atenção ou me machucar... - Olhava pro sorvete. - Eu quero ter um relacionamento com você, eu senti e ainda sinto alguma coisa... Mas quero saber se você não vai me magoar... - Seu olhar foi até mim. O que ele falou me fez repensar as atitudes desde então. Saber que ele gosta de mim e eu fiz algo tão ruim. Respondi:


- Me desculpa! Quando cheguei na sua casa, fui recebido por um cara pelado, ele inventou um banho e depois me segurou, acabei cedendo as suas seduções. Me arrependo muito. Não queria. Tanto que, quando recebi a mensagem até desconfiei, mas fiquei feliz em saber que "você" queria me ver de novo... Foi mágica aquela noite... E até hoje quero que ela se repita mais e mais... Também sinto algo por você... Eh... Eu te amo! - Olhava para a árvore, não consegui ver seu rosto. Sentia vergonha. Ouvi:


- Por isso eu disse que andei pensando, não foi tudo culpa sua. Além do que, a situação não era das melhores para um adolescente. Te entendo, mas tive um baque parecido antes e foi muito pra mim, compreenda isso. Acho que não vou esconder o que senti por você naquela noite e sinto até hoje... Eu também te amo! - Minha barriga mexeu, a emoção fez eu engolir seco. O sorvete foi meio largado de lado. Agora tive coragem de olhar no seu rosto. Ele falou aquilo sem estar bêbado. Era verdade. Parti logo para a atitude. Peguei em sua mão e alisei seu rosto, ele se aproximou e então finalmente fui beijado. A emoção era simplesmente a mais verdadeira possí­vel. O beijo longo e mais gostoso de todos. Era ali naquele parque que de verdade a gente se amou. A alegria corria nas minhas veias. Uma mistura muito boa de tudo o que o ser humano pode sentir de bom.


Depois de mais alguns beijos nos levantamos dali. Corremos igual criança direto para o parque de diversões e a tarde passou como um raio. Montanha russa, chapéu mexicano, loop e enjoo, muito enjoo. Já era 18h quando demos conta que tí­nhamos que voltar. Piadas e caricias durante a viagem de volta. Riamos muito e compartilhávamos nossas experiências. Foi muito emocionante tudo aquilo. Estávamos felizes e sem nada pra atrapalhar. Chegamos na sua casa, ele desceu já me convidando pra entrar. Vi o relógio e pensei em retornar, passava das 19h. Dei um outro beijo nele e falei que ligaria mais tarde. Saí­ da sua porta rindo pra tudo, o sorriso preenchia de uma orelha a outra. Comecei a cantar, Tempo Perdido. Gritava de alegria. Virei a esquina. Noite de domingo tudo ficava vazio, apenas vi o farol de uma caminhoneta. Cantava muito. O farol de xênon cegou minhas vistas. "Selvaaaaaaagem, selvaaaaaaaaageeeem..." a porta da pick-up se abriu. "Então me abraça forte / Me diz mais..." aquelas figuras encapuzadas desceram. "... Deixe as luzes acesas..." eu senti eles me segurando. Fui pego.


Continua... Em breve este conta volta!


Lembrem de avaliar, é muito importante!

*Publicado por dri_al no site climaxcontoseroticos.com em 30/11/19.


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