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Encontro marcado

  • Conto erótico de hetero (+18)

  • Publicado em: 18/03/15
  • Leituras: 3343
  • Autoria: LOBO
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- Hei cara! Onde pensa que está indo?


- Meu nome é Eduardo Aziz Hatoum - encaro-o resolutamente nos olhos - EU sou o dono do buffet que está trabalhando aqui hoje. Ou você larga meu braço e me abre a porra dessa porta, ou seus patrões não terão o serviço que contrataram. E vou fazer questão - apanho o crachá dele - Senhor Inácio da Silva, que eles saibam quem impediu que isso acontecesse...


O segurança larga meu braço. Olha ainda parecendo desconfiado. Retorno-lhe um olhar direto e frio. Ele não pede desculpas, mas finalmente abre-me a porta. O que realmente me interessava...


Foi uma tentativa algo desesperada, inspirada em filmes que sempre vejo. Aliás, não me chamo assim, nem sei de onde fui buscar aquele nome que usei para me identificar. Mas não é que deu certo?!!!


Ainda bem. Pois antes disso, tudo dera errado.


Finalmente, depois de tanto de e-mails tórridos trocados, ela vinha a São Paulo.


Ela faz parte de um grupo de dança do ventre. A mais sublime forma de sensualidade elevada ao patamar da arte. Sua troupe se apresentaria no teatro de um clube da alta aristocracia da colônia libanesa. Claro que eu estava lá, e a assisti enlevado. Seu grupo de dança é excelente. Tanto que, em detrimento de tantos outros existentes aqui, o trouxeram de sua cidade a quase mil quilômetros de São Paulo.


Mas, que me desculpem suas colegas, todas exí­mias dançarinas, além de belas mulheres: eu só tinha olhos para ela...


Senti que ela me encontrou na platéia. Senti que ela percebia um certo calor em seu corpo, queimando sua pele.


Eram meus olhos fixos, atentos a cada movimento, a cada suave meneio de seu corpo.


A apresentação de seu grupo deve ter durado uma meia hora, creio. Tão boa foi, que pode contrabalançar minha ansiedade para que tudo acabasse logo e, finalmente, pudesse estar a sós com ela. Aliás, foi a última apresentação da récita. Grand finale...


Muitos aplausos. Corro, vou para o grande hall de entrada do teatro onde eram servidos canapés e bebidas. O combinado era nosso encontro ali e, de lá, partirmos discretamente rumo a cama disponí­vel mais próxima.


Uma hora, hora e meia passam e ela não vem. Meu celular mantém-se mudo. Ao consultar pela décima vez o aparelho, me desespero ao ver que não há sinal. Estava ali sem comunicação e não tinha percebido isto antes. Corro para o jardim, até achar um ponto em que o sinal melhora. Imediatamente uma mensagem de texto surge. Era dela, parecendo ter escrito furtivamente, às pressas:


" Querido, complicou! Estou em recepção c/ jantar, fechado só p/ diretoria clube/convidados especiais. Pessoas me conhecem e í± me largam. Depois insistem que me levam de volta ao hotel. Minha famí­lia estará lá. Desolada! Perdoe-me... "


Não foi difí­cil descobrir o que havia. Faziam um coquetel no hall do teatro para atender os menos votados. No salão nobre do clube a diretoria recebia num jantar os socialites convidados ao evento e os artistas, com acesso restrito aos que portavam convites nominais.


Dizer ao segurança que esquecera o meu foi ridí­culo. O cara rindo bateu nas minhas costas:


- í” meu: que golpe mais velho!...


Foi risí­vel mesmo. Afasto-me rápido, com cérebro pensando a mil por hora no que fazer. Velhos filmes rodam na minha cabeça, sugerindo entrar pela cozinha.


Mais uma dose de uí­sque, muita cara de pau, e fiz. Para minha surpresa foi mais fácil que imaginava.


Passo pela cozinha, onde num movimento incessante a brigada de cozinheiros trabalha. Ninguém nota minha passagem. Incrí­vel: exatamente como nos filmes...


Há um delicioso aroma de iguarias árabes no ar. Até atiça minha fome. Mas tenho outros objetivos: uma iguaria muito mais saborosa...


No grande e luxuoso salão o jantar acontece. Muita gente indo e vindo, as pessoas servindo-se nos vários buffets locados em cada canto da sala. Minha fome de novo me atiça. Mas minha FOME maior me guia...


Passeio pelo salão, perscruto cada mesa, cada mulher que vejo. Até divisei algumas de suas colegas do grupo de dança, mas não a vejo.


Um garçon passa e me cumprimenta, parece sentir meu estado de espí­rito e serve-me:


- Tome um uí­sque para animar, Doutor...


Aceito. Pelo menos aqui na recepção VIP é 12 anos...


Nada dela. Talvez já tenha voltado ao hotel, onde seria impossí­vel tê-la.


Não fiquei muito tempo com esse uí­sque na mão. Deixei-o cair. Pretendia curtir a tristeza do encontro abortado tomando-o temperado pela brisa da noite, na sacada com vista para os jardins que ficava à direita do salão.


Quando me aproximo, vejo que não há ninguém, exceto uma mulher que se recosta na amurada. Usa sensualí­ssimos saltos altos, um vestido de noite em seda azul marinho que farfalha ao vento. Costas nuas, parecendo que à frente duas alças cruzam-se ao pescoço, abraçando seus seios, sugerindo um decote provocante.


O copo de uí­sque espatifa-se no chão. Funcionários rapidamente acodem para fazer a limpeza, enquanto eu agradeço às boas e velhas bruxas alcoviteiras, que tomaram providências:


Era ela ali na amurada!


Aproximo-me pé ante pé, para surpreendê-la. Não sabia direito como abordá-la, mas meu diabinho favorito soprou-me ao ouvido o que fazer: uma boa e vigorosa palmada desferida certeiramente na sua bunda carnuda...


- Pensou que ia escapar de mim?...


Olha-me entre assustada, surpresa, mas com um certo brilho nos olhos. Aquele que cavalheiros raramente têm a sorte de ver numa mulher. Quem já viveu sabe do que falo...


Quase não trocamos palavras. Muita gente lá dentro pode nos ver. Abraço-a por traz. Tal como pude sentir naquela palmada, a seda cobre sua pele sem a intermediação de qualquer lingerie. Minhas mãos sobem pela sua cintura, entram sob as alças do decote e abraçam seus seios. Mamilos intumescidos recebem minhas mãos.


Ela me fala, ofegante:


- Querido me perdoe...Não consegui livrar-me dessa gente. Mas agora nos resta pouco tempo, e não poderemos sair daqui...


Ela meneia suavemente o quadril, desfruta da ereção que me criou. Joga para traz as mãos e ergue a parte posterior do vestido. Abre as coxas que a dança torneou tão bem e me oferece:


- Tira para fora e me toma aqui. Te quero!


Tiro para fora meu membro. Não foi fácil liberá-lo da calça justa do meu smoking, tão duro estava.


Minhas mãos tateiam sua entrada, que tal como esperava está muito quente, molha-me. Ela com suas mãozinhas ágeis leva-me até lá.


Joga o corpo sobre a amurada, lança para trás o quadril e se abre toda.


Entro nela. De uma vez. Firme e fundo.


Situação complicada: agora para todos que olhem de lá dentro - e lá há vários conhecidos - meu corpo eclipsa o dela. Mas se eu fizer movimentos, ficará claro a todos o que acontece.


Tenho que ficar estático. Ela se move, põe em uso toda sua expertise de dança do ventre: joga o quadril para frente e para traz, rebola à direita e esquerda, para cima e para baixo. . Me faz entrar mais e mais. O tempero da ousadia tão inusitada, que pelas circunstâncias fomos forçados a adotar, torna tudo muito mais denso. Muito mais intenso.


A excitação que a tomou desde daquela primeira palmada logo a leva a um orgasmo. Certamente seria um grito de prazer, que ela, forçada a contê-lo, transforma num longo, cálido, suspiro.


Mas eu ainda não acabara minha função... Beijo sua nuca:


- Querida, o jantar estava delicioso. Agora receba seu convidado na ala í­ntima...

- Mentiroso você não é não - ela ri num riso algo tenso - Disse que era safado e agora prova na prática... - agora ela ri descontraí­da...


Apanha meu membro, que pinga de molhado dela:


- Põe devagar, mas põe tudo!...


Assim é feito. Seguimos o ritual que sempre deve preceder uma boa relação anal. Mas a excitação intensa da forma como tudo ocorre nos facilita muito. Logo estou todo dentro da sua entrada mais proibida, enquanto minhas mãos se dividem entre seus seios e a entrada quente e úmida anteriormente visitada. Sinto o quanto é grande o esforço dela em conter-se, transformando gemidos e gritos de prazer em suspiros que não possam ser ouvidos lá dentro.


Nossa ousadia é finalmente recompensada com um orgasmo extremo, absoluto...


Just in time! Tivemos o tempo exato de nos recompor segundos antes que pessoas se aproximassem. Entre elas suas colegas de dança.


Ela me apresenta, inventa algo como se eu fosse primo de sei lá quem. Ouço-as conversarem, mas não as palavras, como se estas fossem em uma lí­ngua estranha. Fico apenas olhando para ela. Para o brilho todo especial que seu rosto tem agora. Para os olhos verdes que emitem faí­scas...


Nos despedimos pouco depois. A custo achamos um canto discreto para que um longo beijo se desse.


Fica a promessa de uma nova vinda de seu grupo a São Paulo daqui a dois ou três meses. Dessa vez, vamos planejar cada detalhe. Com planos de contingência para fazer frente a qualquer imprevisto que surja...


Nada foi como tí­nhamos planejado tão avidamente. Tivemos pouco tempo para nós. Mas, meus caros, acreditem: foi intenso, muito intenso...


Saio do clube e caminho pela madrugada. Um raro céu limpo, sem nuvens, cheio de estrelas. Das árvores vem um perfume de damas-da-noite. Meus pés mal tocam o chão, meu corpo está quase tão leve quanto minha alma.


E esta, está feliz, muito feliz...


LOBO



Texto Publicado.

Direitos autorais reservados.

Proibidas sua reprodução, total ou parcial,

bem como sua cessão à terceiros,

exceto com autorização formal do autor.

Lei 5988 de 1973


*Publicado por LOBO no site climaxcontoseroticos.com em 18/03/15.


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